Esse blog não trata só de abusos, principalmente sexual. Há um segundo blog com os depoimentos. É claro que o tema é relevante, mas o blog trata de outros temas diversos, principalmente culturais.
terça-feira, 30 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Síndrome do Coração Partido / Texto postado por Elza Augusta de Oliveira
TENHO CERTEZA QUE FOI O QUE PROVOCOU O INFARTO CULMINANTE EM MEU PAI. DUROU SOMENTE CINCO MINUTOS ANTES DELE MORRER. NA SEMANA ANTERIOR ELE HAVIA REALIZADO OS EXAMES DE CORAÇÃO E O RESULTADO FOI ÓTIMO. ELE MORREU APÓS UMA EMOÇÃO POSITIVA...MAS A FAMÍLIA DELE ME ACUSOU DE SER A CULPADA...SEM VER QUE EU FUI A VÍTIMA DE UM PEDÓFILO E PSICOPATA...BYA ALBUQUERQUE.
Síndrome do Coração Partido é pouco conhecida até entre os médicos...
Pouco conhecida até entre médicos, a Síndrome do Coração Partido leva muita gente - especialmente mulheres a partir dos 55 anos - ao pronto-socorro com a certeza de estar sofrendo um infarto. O problema ocorre após uma pessoa passar por forte emoção, independente de ser positiva ou negativa.
Chamada oficialmente de cardiomiopatia de Takotsubo, a síndrome foi relatada pela primeira vez por médicos japoneses, no início dos anos 1990. Foi assim batizada graças à imagem do ventrículo esquerdo na sístole que, após o problema, se assemelhava a uma armadilha para capturar polvos (tako) em forma de pote (tsubo) muito comum no Japão.
"As mulheres estariam mais sujeitas à síndrome graças à maior sensibilidade. Porém, existem diferenças anatômicas e hormonais entre elas e os homens. Quando isso foi dito anos atrás, em oposição ao preceito de que as mulheres são o sexo forte, elas ficaram muito bravas", afirma o cardiologista Marcelo Sampaio, do Instituto Dante Pazzanese.
Guilherme de Menezes Succi, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, diz que a doença acomete quase que exclusivamente mulheres na fase pós-menopausa. "As causas exatas para isto ainda não estão claras, mas parece haver relação com a redução dos níveis de estrogênio na pós-menopausa e, consequentemente, do seu efeito protetor do endotélio, que é a camada interna das artérias".
Sem obstrução
Marcelo Sampaio explica que no infarto clássico as artérias fecham e coração não volta a funcionar. Na síndrome, a artéria não tem obstrução, o coração para, mas volta ao normal. "Os casos descritos aconteceram mais por estresse, pela emoção mesmo". Já Succi acrescenta que a síndrome deve-se à secreção anormal, em situações específicas, de adrenalina e noradrenalina, com efeitos deletérios no coração.
Os sintomas, porém, são os mesmos do infarto: dor no peito, queda de pressão, desmaio. Porém, na grande maioria dos casos, a pessoa vai melhorando e fica sem sequelas. "Elas sofrem com uma descarga de adrenalina e outros hormônios do estresse, que sobrecarregam o coração, atrapalhando seu funcionamento", afirma Sampaio.
Ele relata o caso de uma paciente: "Era uma mulher de 58 anos, que passou por uma separação, desenvolveu câncer, não tinha convívio social e se tornou melancólica. Chegou ao pronto-socorro com as características clássicas do infarto. Durante o cateterismo, as coronárias estavam normais, mas o músculo cardíaco alterado".
Relativamente nova
Sampaio alerta que os médicos, em geral, desconhecem a síndrome, por ela ser relativamente recente. "É preciso chamar a atenção da classe médica. Se um homem e uma mulher chegam com as mesmas características de infarto no PS, o homem é atendido antes, pois acreditam que a mulher não está tendo um infarto".
Já Succi comenta que a documentação no Brasil sobre a síndrome é falha por problemas de falta de registro adequado dos casos. Nos EUA estima-se haver cerca de 10.000 casos/ano. "Para se confirmar o diagnóstico é preciso descartar causas mais comuns de isquemia do coração, como o infarto por oclusão coronariana. Cada vez mais os médicos estão se familiarizando com este diagnóstico. A evolução geralmente é favorável, com recuperação completa da função cardíaca em cerca de seis a oito semanas".
Sampaio admite que, infelizmente, a cardiologia é machista e as mulheres são as que recebem o pior tratamento. "É necessário que seja feita uma campanha de utilidade pública voltada para a mulher, alertando-a a começar a fazer exames". Succi discorda: "Isto (o machismo) já foi verdade absoluta. Entretanto, cada vez mais as mulheres se aproximam dos homens na incidência de doenças cardiovasculares. Elas trabalham mais, fumam mais e têm mais estresse do que há 30 anos".
Fora isso, Sampaio diz que pesquisas mostram que mulheres raramente fazem check-up. Em 70% dos casos, são os homens que fazem exames, mas porque as empresas onde atuam os obrigam. "As mulheres precisam se conscientizar de que fazer exames como eletrocardiograma é necessário e se tiverem pressão alta, o ideal é procurar ajuda".
Características e prevenção
Sampaio diz que as características mais comuns de que se está tendo um infarto são, em 80% das vezes, dor no peito localizada, radiando para braços, pescoço, mandíbulas e até dentes. Além de tontura, falta de ar e desmaio. "A dor no peito pode ter 27 causas, uma só é por causa do coração. Porém, se sentir uma dor forte, progressiva, que não melhora, vá ao pronto-socorro o mais rápido possível".
Como a síndrome surge após a pessoa passar por forte emoção, não há como preveni-la. Ninguém está livre. O cardiologista lista algumas situações que influenciam o surgimento deste mal: brigas, separações, estados coléricos, grandes catástrofes, guerra, terremoto, passar por uma situação polêmica, estresse, angústia, enfim, passar por uma emoção muito forte.
"Na verdade, é mais o efeito que a própria ação. A prevenção seria blindar o organismo de situações extremas, canalizando o estresse. Aconselho a mulher a ter hobbies, fazer atividades de lazer. Pode ser voluntariado ou aulas de dança, por exemplo", finaliza Sampaio.
Succi completa: "As mulheres devem fazer visitas regulares ao médico, assumir hábitos saudáveis, controlar doenças crônicas, não fumar e beber com moderação. Isso sempre ajuda a proteger o coração contra qualquer tipo de agressão, induzida ou não por estresse".
Marcelo Sampaio explica que no infarto clássico as artérias fecham e coração não volta a funcionar. Na síndrome, a artéria não tem obstrução, o coração para, mas volta ao normal. "Os casos descritos aconteceram mais por estresse, pela emoção mesmo". Já Succi acrescenta que a síndrome deve-se à secreção anormal, em situações específicas, de adrenalina e noradrenalina, com efeitos deletérios no coração.
Os sintomas, porém, são os mesmos do infarto: dor no peito, queda de pressão, desmaio. Porém, na grande maioria dos casos, a pessoa vai melhorando e fica sem sequelas. "Elas sofrem com uma descarga de adrenalina e outros hormônios do estresse, que sobrecarregam o coração, atrapalhando seu funcionamento", afirma Sampaio.
Ele relata o caso de uma paciente: "Era uma mulher de 58 anos, que passou por uma separação, desenvolveu câncer, não tinha convívio social e se tornou melancólica. Chegou ao pronto-socorro com as características clássicas do infarto. Durante o cateterismo, as coronárias estavam normais, mas o músculo cardíaco alterado".
Relativamente nova
Sampaio alerta que os médicos, em geral, desconhecem a síndrome, por ela ser relativamente recente. "É preciso chamar a atenção da classe médica. Se um homem e uma mulher chegam com as mesmas características de infarto no PS, o homem é atendido antes, pois acreditam que a mulher não está tendo um infarto".
Já Succi comenta que a documentação no Brasil sobre a síndrome é falha por problemas de falta de registro adequado dos casos. Nos EUA estima-se haver cerca de 10.000 casos/ano. "Para se confirmar o diagnóstico é preciso descartar causas mais comuns de isquemia do coração, como o infarto por oclusão coronariana. Cada vez mais os médicos estão se familiarizando com este diagnóstico. A evolução geralmente é favorável, com recuperação completa da função cardíaca em cerca de seis a oito semanas".
Sampaio admite que, infelizmente, a cardiologia é machista e as mulheres são as que recebem o pior tratamento. "É necessário que seja feita uma campanha de utilidade pública voltada para a mulher, alertando-a a começar a fazer exames". Succi discorda: "Isto (o machismo) já foi verdade absoluta. Entretanto, cada vez mais as mulheres se aproximam dos homens na incidência de doenças cardiovasculares. Elas trabalham mais, fumam mais e têm mais estresse do que há 30 anos".
Fora isso, Sampaio diz que pesquisas mostram que mulheres raramente fazem check-up. Em 70% dos casos, são os homens que fazem exames, mas porque as empresas onde atuam os obrigam. "As mulheres precisam se conscientizar de que fazer exames como eletrocardiograma é necessário e se tiverem pressão alta, o ideal é procurar ajuda".
Características e prevenção
Sampaio diz que as características mais comuns de que se está tendo um infarto são, em 80% das vezes, dor no peito localizada, radiando para braços, pescoço, mandíbulas e até dentes. Além de tontura, falta de ar e desmaio. "A dor no peito pode ter 27 causas, uma só é por causa do coração. Porém, se sentir uma dor forte, progressiva, que não melhora, vá ao pronto-socorro o mais rápido possível".
Como a síndrome surge após a pessoa passar por forte emoção, não há como preveni-la. Ninguém está livre. O cardiologista lista algumas situações que influenciam o surgimento deste mal: brigas, separações, estados coléricos, grandes catástrofes, guerra, terremoto, passar por uma situação polêmica, estresse, angústia, enfim, passar por uma emoção muito forte.
"Na verdade, é mais o efeito que a própria ação. A prevenção seria blindar o organismo de situações extremas, canalizando o estresse. Aconselho a mulher a ter hobbies, fazer atividades de lazer. Pode ser voluntariado ou aulas de dança, por exemplo", finaliza Sampaio.
Succi completa: "As mulheres devem fazer visitas regulares ao médico, assumir hábitos saudáveis, controlar doenças crônicas, não fumar e beber com moderação. Isso sempre ajuda a proteger o coração contra qualquer tipo de agressão, induzida ou não por estresse".
O problema surge após a pessoa passar por forte emoção, independente de ser positiva ou negativa
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Publicação do José Geraldo da Siva
Assassino de 17 anos não é criança
É preciso endurecer a punição do menor infrator
A capital paulista hoje é reflexo do que acontece na maioria das cidades do país: o medo tomou conta da população. Em pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo em janeiro deste ano, a insegurança foi citada por 91% da população como a principal preocupação.Conheço o problema da violência de perto. Em 2003, perdi uma filha de 16 anos, cruelmente assassinada por um menor com a mesma idade que a dela. O número de crimes cometidos por adolescentes vem crescendo ano a ano. Muito se fala sobre o assunto, mas nada de concreto foi feito.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, mostrou indignação com novos casos como a série de assaltos realizada pela gangue de Heliópolis formada por crianças de 9 a 14 anos e o assassinato do jovem Victor Hugo Deppman, no Belenzinho, cometido por um menor reincidente de então 17 anos, 11 meses e 27 dias.
Alckmin anunciou que encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei que torna o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) mais duro em relação a adolescentes envolvidos em casos de violência grave e reincidência.
Não defendo a redução da maioridade penal. Defendê-la aos 16 anos é caminhar na contramão da maioria das nações. Analisando a legislação penal de 57 países, a pesquisa "Crime Trends", realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), constatou que apenas 17% adotam idade menor a 18 anos como definição legal de adulto.
A Alemanha, que tinha baixado a idade penal, fez retornar a maioridade para 18 anos e criou uma sistemática diferenciada para o tratamento de infratores entre 18 e 21 anos. O Japão, ao se surpreender com um súbito aumento de criminalidade entre seus jovens, ampliou a maioridade penal para 20 anos, por entender que é com educação que se previne a violência.
Há dez anos, desde o assassinato da Liana, venho defendendo que os jovens devem ser responsabilizados e punidos por seus atos. Hoje, segundo estudos psicológicos e discussões comportamentais das quais fiz parte, a conclusão é que crianças de 12 anos são perfeitamente conscientes de suas atitudes e consequências. A lei existe para ser cumprida, e os infratores a partir dessa idade --considerada a mínima passível de internação, segundo o ECA-- devem ser encaminhados à Fundação Casa.
Deveriam ser oferecidas medidas socioeducativas e acompanhamento psicológico, de forma a recuperar o menor. Isso não acontece hoje, e frequentemente os jovens se tornam reincidentes.
A responsabilização após a prática de um crime deve começar pelo exame do jovem por uma junta psiquiátrica. Ela avaliará se ele tem consciência do ato praticado. Se tiver, o juiz, por meio de uma alteração legal e não constitucional, deve ter a possibilidade de emancipar esse menor para que ele seja julgado, iniciando o cumprimento da pena numa unidade prisional da Fundação Casa. Assim que completar a maioridade, deverá passar para o sistema prisional comum.
Não vejo o ECA de forma negativa. Ele veio colocar a criança e o adolescente como preocupação central da sociedade. Orientou a criação de políticas públicas em todas as esferas de governo. E estabeleceu o fim da aplicação de punições para adolescentes, tratados com medidas de proteção em caso de desvio de conduta.
Mas isso foi há 23 anos. Está na hora de uma revisão para atualizar alguns pontos, especialmente no que diz respeito aos crimes graves.
Quanto antes esses adolescentes e crianças entenderem que seus atos são intoleráveis, mais rápido eles poderão deixar o caminho do crime e se reintegrar à sociedade.
Até quando o ECA vai proteger os infratores?
A capital paulista hoje é reflexo do que acontece na maioria das cidades do país: o medo tomou conta da população. Em pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo em janeiro deste ano, a insegurança foi citada por 91% da população como a principal preocupação.Conheço o problema da violência de perto. Em 2003, perdi uma filha de 16 anos, cruelmente assassinada por um menor com a mesma idade que a dela. O número de crimes cometidos por adolescentes vem crescendo ano a ano. Muito se fala sobre o assunto, mas nada de concreto foi feito.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, mostrou indignação com novos casos como a série de assaltos realizada pela gangue de Heliópolis formada por crianças de 9 a 14 anos e o assassinato do jovem Victor Hugo Deppman, no Belenzinho, cometido por um menor reincidente de então 17 anos, 11 meses e 27 dias.
Alckmin anunciou que encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei que torna o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) mais duro em relação a adolescentes envolvidos em casos de violência grave e reincidência.
Não defendo a redução da maioridade penal. Defendê-la aos 16 anos é caminhar na contramão da maioria das nações. Analisando a legislação penal de 57 países, a pesquisa "Crime Trends", realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), constatou que apenas 17% adotam idade menor a 18 anos como definição legal de adulto.
A Alemanha, que tinha baixado a idade penal, fez retornar a maioridade para 18 anos e criou uma sistemática diferenciada para o tratamento de infratores entre 18 e 21 anos. O Japão, ao se surpreender com um súbito aumento de criminalidade entre seus jovens, ampliou a maioridade penal para 20 anos, por entender que é com educação que se previne a violência.
Há dez anos, desde o assassinato da Liana, venho defendendo que os jovens devem ser responsabilizados e punidos por seus atos. Hoje, segundo estudos psicológicos e discussões comportamentais das quais fiz parte, a conclusão é que crianças de 12 anos são perfeitamente conscientes de suas atitudes e consequências. A lei existe para ser cumprida, e os infratores a partir dessa idade --considerada a mínima passível de internação, segundo o ECA-- devem ser encaminhados à Fundação Casa.
Deveriam ser oferecidas medidas socioeducativas e acompanhamento psicológico, de forma a recuperar o menor. Isso não acontece hoje, e frequentemente os jovens se tornam reincidentes.
A responsabilização após a prática de um crime deve começar pelo exame do jovem por uma junta psiquiátrica. Ela avaliará se ele tem consciência do ato praticado. Se tiver, o juiz, por meio de uma alteração legal e não constitucional, deve ter a possibilidade de emancipar esse menor para que ele seja julgado, iniciando o cumprimento da pena numa unidade prisional da Fundação Casa. Assim que completar a maioridade, deverá passar para o sistema prisional comum.
Não vejo o ECA de forma negativa. Ele veio colocar a criança e o adolescente como preocupação central da sociedade. Orientou a criação de políticas públicas em todas as esferas de governo. E estabeleceu o fim da aplicação de punições para adolescentes, tratados com medidas de proteção em caso de desvio de conduta.
Mas isso foi há 23 anos. Está na hora de uma revisão para atualizar alguns pontos, especialmente no que diz respeito aos crimes graves.
Quanto antes esses adolescentes e crianças entenderem que seus atos são intoleráveis, mais rápido eles poderão deixar o caminho do crime e se reintegrar à sociedade.
Texto de ARI FRIEDENBACH, advogado, e vereador pelo PPS de São Paulo
Perfil do Estuprador / Elza Augusta (Extraído da comunidade Estupro é Crime Hediondo)
Intenção: sua intenção é agredir, ferir e humilhar.
2) Causas que desencadeiam a ação de estupro: estresse, conflitos familiares, desemprego, imaturidade, além de distúrbios psíquicos e outros fatos que não justificam qualquer tipo de agressão. A lesão do lóbulo frontal (que parece estar mais relacionada com idosos) pode liberar a tara sexual, pois é ali que se localiza o comando racional que refreia o desejo sexual. Todas as pessoas têm desejos sexuais só que o controlam o que não acontece quando há essa lesão cerebral.
3) Desejo: seu desejo vai além de tratar a mulher como objeto de desejo sexual, mas ela é uma coisa que lhe pertence e com a qual ele pode fazer o que bem entender.
Abaixo segue um texto extraído do artigo Estupro provoca reações contraditórias, de Ana Calazans, publicado na página “Aqui Salvador” do jornal Correio da Bahia.
Perfil psicológico do estuprador:
O velho mito de que o estuprador é vitima de seus impulsos e incapaz de controlar sua sexualidade não se sustenta. De acordo com a casuística jurídica, o estuprador é, na maior parte das vezes, um cidadão bem integrado à sociedade e não é tido como pessoa violenta. As verdades sobre as motivações do ato talvez sejam tantas quantas sejam as sombras que habitam em cada homem, mas existem hipóteses que ajudam a formar um perfil psicológico mais ou menos consensual. Entre elas, a idéia de que o estuprador foi perseguido pela imagem de uma mãe dominadora, foi abusado na infância e de que normalmente é um homem conformista e conciliador que encontra poucas oportunidades de se impor socialmente. O estupro seria, segundo este raciocínio, uma espécie de confirmação de um sentimento íntimo de superioridade que não encontra vazão.
O fato de existirem muito poucos estudos de caso sob a ótica da psicologia pode explicar a manutenção de estereótipos. Com um trabalho único no país, o psicólogo José Aloísio Rezende, da Secretaria de Segurança do Estado de Sergipe, se dedica há cinco anos a desvendar os abismos inconscientes de estupradores confessos. Com uma casuística de 33 criminosos, o método de Aloísio consiste na aplicação inicial de uma bateria de testes para saber se eles têm inteligência normal.
O trabalho trouxe surpresas: "O nível de inteligência da maioria é normal ou acima do normal, sempre da média para a média superior", afirma. A convivência com estupradores fez com que Aloísio acumulasse não só certezas, mas dúvidas. "Não dá para saber com certeza o que leva homens a cometer este tipo de violência", avalia. Casos que analisou, como o do rapaz de 19 anos, casado e pai de um filho, que estuprou uma senhora de 84 anos contribuem para a sua perplexidade.
"O estereótipo do estuprador viril é um mito, a maioria pede para que a vítima faça felação para poder conseguir a ereção". Aloísio compartilha da idéia de que o estupro não é um ato sexual. "O homem não usa o pênis como um órgão de prazer, mas como veículo de poder e dominação", sustenta, acrescentando: "Alguns não se consideram agressores, mas agredidos". A experiência empírica do psicólogo desfaz estereótipos, como o de que o estuprador normalmente foi alguém que foi abusado na infância. "Isso não ocorre com a freqüência esperada".
Em sua prospecção diária, ele cataloga os mais variados motores e idiossincrasias para a violência. Alguns homens escolhem a mulher porque tem tatuagem, outros gostam de estuprar em frente a uma terceira pessoa, muitos se excitam com o pavor. Outro padrão: o estuprador e a vítima quase sempre mentem por conveniência e não demonstram sentimento de culpa. As conclusões de Aloísio casam com estudo da criminalista israelense Sarah Ben David. De 57 casos estudados por ela, apenas três estupradores demonstravam sentimento de culpa, eram também os únicos que enxergavam a vítima como uma pessoa. A "personificação" da vítima é apontada pelos psicólogos como um mecanismo de desarme da violência.
A psicologa TÉRCIA BARBALHO explica que o estuprador é um homem com sentimentos odiosos em relação as mulheres,inadequação e insegurança ao que se refere a sua performance sexual.ALÉM DISSO,pode apresentar desvios sexuais como sadismo ou anormalidades genéticas com tendência a agressividade.PORTANTO,DEVEMOS TOMAR ALGUNS CUIDADOS:
# CAMINHE EM TURMA,POIS ISSO DIFICULTA O ACESSO;
#SE PRECISAR SAIR CEDO DEMAIS DE CASA,COMBINE HORÁRIOS EM COMUM,COM ALGUÉM CONHECIDO.
#NÃO SE DISTRAÍA NA RUA,PRINCIPALMENTE COM CELULAR E MÚSICA,A DISTRAÇÃO NÃO PERMITE VC SABER SE ESTÁ SENDO SEGUIDA.
# SE FOR POSSÍVEL,EVITE PASSAR SOZINHA EM TERRENOS BALDIOS OU ABANDONADOS;
#NÃO MANTENHA CONTATO COM ESTRANHOS EM AMBIENTES ISOLADOS E DESCONHECIDOS;
#PROCURE EVITAR PONTOS DE ÔNIBUS OU RUAS SEM ILUMINAÇÃO;
#EVITE SAIR COM ESTRANHOS,É COMUM A MULHER CONFIAR NO HOMEM QUE "FICOU" EM ALGUMA FESTA,MAS MUITOS CASOS DE ESTUPRO SÃO COMETIDOS POR AMIGOS DE AMIGOS QUE FORAM APRESENTADOS;
#TOME CUIDADOS COM RELACIONAMENTOS DE INTERNET,MUITOS ESTUPRADORES ESTÃO ATRÁS DE UMA TELA FRIA DE COMPUTADOR;
#CASO ESTEJA SENDO SEGUIDA,OLHE BEM PARA O ROSTO DO INDIVÍDUO E LHE FAÇA UMA PERGUNTA,TIPO:QUE HORAS SÃO? O ESTUPRADOR TEM MEDO DE SER IDENTIFICADO E COM CERTEZA PERDERÁ O INTERESSE POR ESSA VÍTIMA.
2) Causas que desencadeiam a ação de estupro: estresse, conflitos familiares, desemprego, imaturidade, além de distúrbios psíquicos e outros fatos que não justificam qualquer tipo de agressão. A lesão do lóbulo frontal (que parece estar mais relacionada com idosos) pode liberar a tara sexual, pois é ali que se localiza o comando racional que refreia o desejo sexual. Todas as pessoas têm desejos sexuais só que o controlam o que não acontece quando há essa lesão cerebral.
3) Desejo: seu desejo vai além de tratar a mulher como objeto de desejo sexual, mas ela é uma coisa que lhe pertence e com a qual ele pode fazer o que bem entender.
Abaixo segue um texto extraído do artigo Estupro provoca reações contraditórias, de Ana Calazans, publicado na página “Aqui Salvador” do jornal Correio da Bahia.
Perfil psicológico do estuprador:
O velho mito de que o estuprador é vitima de seus impulsos e incapaz de controlar sua sexualidade não se sustenta. De acordo com a casuística jurídica, o estuprador é, na maior parte das vezes, um cidadão bem integrado à sociedade e não é tido como pessoa violenta. As verdades sobre as motivações do ato talvez sejam tantas quantas sejam as sombras que habitam em cada homem, mas existem hipóteses que ajudam a formar um perfil psicológico mais ou menos consensual. Entre elas, a idéia de que o estuprador foi perseguido pela imagem de uma mãe dominadora, foi abusado na infância e de que normalmente é um homem conformista e conciliador que encontra poucas oportunidades de se impor socialmente. O estupro seria, segundo este raciocínio, uma espécie de confirmação de um sentimento íntimo de superioridade que não encontra vazão.
O fato de existirem muito poucos estudos de caso sob a ótica da psicologia pode explicar a manutenção de estereótipos. Com um trabalho único no país, o psicólogo José Aloísio Rezende, da Secretaria de Segurança do Estado de Sergipe, se dedica há cinco anos a desvendar os abismos inconscientes de estupradores confessos. Com uma casuística de 33 criminosos, o método de Aloísio consiste na aplicação inicial de uma bateria de testes para saber se eles têm inteligência normal.
O trabalho trouxe surpresas: "O nível de inteligência da maioria é normal ou acima do normal, sempre da média para a média superior", afirma. A convivência com estupradores fez com que Aloísio acumulasse não só certezas, mas dúvidas. "Não dá para saber com certeza o que leva homens a cometer este tipo de violência", avalia. Casos que analisou, como o do rapaz de 19 anos, casado e pai de um filho, que estuprou uma senhora de 84 anos contribuem para a sua perplexidade.
"O estereótipo do estuprador viril é um mito, a maioria pede para que a vítima faça felação para poder conseguir a ereção". Aloísio compartilha da idéia de que o estupro não é um ato sexual. "O homem não usa o pênis como um órgão de prazer, mas como veículo de poder e dominação", sustenta, acrescentando: "Alguns não se consideram agressores, mas agredidos". A experiência empírica do psicólogo desfaz estereótipos, como o de que o estuprador normalmente foi alguém que foi abusado na infância. "Isso não ocorre com a freqüência esperada".
Em sua prospecção diária, ele cataloga os mais variados motores e idiossincrasias para a violência. Alguns homens escolhem a mulher porque tem tatuagem, outros gostam de estuprar em frente a uma terceira pessoa, muitos se excitam com o pavor. Outro padrão: o estuprador e a vítima quase sempre mentem por conveniência e não demonstram sentimento de culpa. As conclusões de Aloísio casam com estudo da criminalista israelense Sarah Ben David. De 57 casos estudados por ela, apenas três estupradores demonstravam sentimento de culpa, eram também os únicos que enxergavam a vítima como uma pessoa. A "personificação" da vítima é apontada pelos psicólogos como um mecanismo de desarme da violência.
A psicologa TÉRCIA BARBALHO explica que o estuprador é um homem com sentimentos odiosos em relação as mulheres,inadequação e insegurança ao que se refere a sua performance sexual.ALÉM DISSO,pode apresentar desvios sexuais como sadismo ou anormalidades genéticas com tendência a agressividade.PORTANTO,DEVEMOS TOMAR ALGUNS CUIDADOS:
# CAMINHE EM TURMA,POIS ISSO DIFICULTA O ACESSO;
#SE PRECISAR SAIR CEDO DEMAIS DE CASA,COMBINE HORÁRIOS EM COMUM,COM ALGUÉM CONHECIDO.
#NÃO SE DISTRAÍA NA RUA,PRINCIPALMENTE COM CELULAR E MÚSICA,A DISTRAÇÃO NÃO PERMITE VC SABER SE ESTÁ SENDO SEGUIDA.
# SE FOR POSSÍVEL,EVITE PASSAR SOZINHA EM TERRENOS BALDIOS OU ABANDONADOS;
#NÃO MANTENHA CONTATO COM ESTRANHOS EM AMBIENTES ISOLADOS E DESCONHECIDOS;
#PROCURE EVITAR PONTOS DE ÔNIBUS OU RUAS SEM ILUMINAÇÃO;
#EVITE SAIR COM ESTRANHOS,É COMUM A MULHER CONFIAR NO HOMEM QUE "FICOU" EM ALGUMA FESTA,MAS MUITOS CASOS DE ESTUPRO SÃO COMETIDOS POR AMIGOS DE AMIGOS QUE FORAM APRESENTADOS;
#TOME CUIDADOS COM RELACIONAMENTOS DE INTERNET,MUITOS ESTUPRADORES ESTÃO ATRÁS DE UMA TELA FRIA DE COMPUTADOR;
#CASO ESTEJA SENDO SEGUIDA,OLHE BEM PARA O ROSTO DO INDIVÍDUO E LHE FAÇA UMA PERGUNTA,TIPO:QUE HORAS SÃO? O ESTUPRADOR TEM MEDO DE SER IDENTIFICADO E COM CERTEZA PERDERÁ O INTERESSE POR ESSA VÍTIMA.
VENTO / Jackson Antunes
Ventania lá fora
varre as folhas secas.
No varal, as roupas dançam,
tangidas pelo vento.
A lamparina quase se apaga.
Este vento frio, que faz doer os ossos,
sempre vem visitar meu sono
no rancho de taipa.
Vem falar de saudade,
de amores que se foram nas lonjuras
e ausências.
Este vento,
me traz uma canção de ninar
que mamãe cantava.
Há quanto tempo,
eu não sentia esta poesia do vento.
Esta poesia que é o vento.
Quando criança,
eu via as cores do vento.
Sentia o cheiro do vento.
Hoje,
adulto, racional,
quando o vento vem visitar meu sono,
fecho a janela e saio
resmungando.
Nem sei mais a cor do vento...
o cheiro do vento...
varre as folhas secas.
No varal, as roupas dançam,
tangidas pelo vento.
A lamparina quase se apaga.
Este vento frio, que faz doer os ossos,
sempre vem visitar meu sono
no rancho de taipa.
Vem falar de saudade,
de amores que se foram nas lonjuras
e ausências.
Este vento,
me traz uma canção de ninar
que mamãe cantava.
Há quanto tempo,
eu não sentia esta poesia do vento.
Esta poesia que é o vento.
Quando criança,
eu via as cores do vento.
Sentia o cheiro do vento.
Hoje,
adulto, racional,
quando o vento vem visitar meu sono,
fecho a janela e saio
resmungando.
Nem sei mais a cor do vento...
o cheiro do vento...
quarta-feira, 24 de abril de 2013
OS FILHOS DO DIVÓRCIO / Anna Paula Buchalla
A terapeuta americana afirma que a
separação dos pais faz muito mal às
crianças e deixa uma marca que elas
carregarão pelo resto da vida
Durante 25 anos, a terapeuta americana Judith S. Wallerstein ouviu os relatos das experiências de 131 filhos de pais separados. A maioria dos casos foi acompanhada da infância à idade adulta. Judith comparou as trajetórias de seus entrevistados com as de integrantes de famílias intactas e chegou à conclusão de que, ao contrário do que pregam os arautos da "nova família", o divórcio faz mal, sim, a crianças e jovens. Ser filho de um casal que se separou, segundo ela, é um problema que nunca cessa de existir. O resultado de seu trabalho está no livro The Unexpected Legacy of Divorce (A Inesperada Herança do Divórcio), em co-autoria com Julia M. Lewis e Sandra Blakeslee. Foram mais de 75.000 cópias vendidas desde o lançamento, em setembro. Envolta em polêmica, a obra ganhou destaque na imprensa americana e chegou a ser capa da revista Time. Aos 78 anos, casada há cinqüenta, três filhos e cinco netos, Judith Wallerstein é conferencista emérita da Universidade da Califórnia e uma crítica dura do que chama de "cultura do divórcio". "Casais que vivem uma situação conjugal morna deveriam considerar seriamente a possibilidade de continuar juntos pelo bem de seus filhos", diz ela, sem medo de chocar. Da cidade de Belvedere, nos arredores de San Francisco, onde mora, Judith Wallerstein deu a seguinte entrevista
ENTREVISTADOR- Como AFETA a separação dos pais a vida de uma criança?
ENTREVISTADO– De várias formas. A adolescência começa mais cedo para filhos de famílias que sofreram um processo de separação. No caso das meninas, a iniciação sexual costuma ocorrer antes do recomendável. Boa parte das crianças passa a ocupar-se dos problemas da mãe e, algumas vezes, dos conflitos do pai. Não raro, elas têm de desenvolver por conta própria seus conceitos de moralidade. Os mais velhos tendem a cuidar dos irmãos mais novos, como se fossem adultos. Está provado também que filhos de casais separados sofrem mais de depressão e apresentam mais dificuldade de aprendizado que os provenientes de famílias intactas.
ENTREVISTADOR– Mas há separações amigáveis e litigiosas. Não existe aí uma diferença?
ENTREVISTADO – Por mais que haja diferenças de caso para caso, a verdade é que não existe separação sem danos, perdas e tristeza. Em geral, o que ocorre é que um dos dois – o marido ou a mulher – quer o divórcio e o outro não. É ilusão imaginar um casal sentado calmamente à mesa da cozinha, mantendo uma conversa civilizada do tipo: "Cometemos um erro e devemos nos separar". Isso nunca, jamais acontece. E mais: as duas partes não encerram seus conflitos na Justiça. Sentimentos de amor e ódio não deixam de existir com a assinatura da papelada. Esse quadro de desgaste contínuo, não importa o grau, fere indelevelmente as crianças. É certo que há pais que tentam preservar ao máximo seus filhos do sofrimento de uma separação. Mas também é verdade que a decisão de "não brigar na frente das crianças" tem suas limitações. Evitar discussões não as protege dos efeitos de longo prazo do divórcio, que aparecem na vida adulta.
ENTREVISTADOR – Quais são esses efeitos?
ENTREVISTADO – A maioria dos filhos do divórcio – vamos chamá-los dessa forma – atribui à separação dos pais grande parte de seus insucessos nos relacionamentos. A imagem negativa do casamento leva muitos a fazer péssimas escolhas de parceiros ou a fugir de compromissos. Cerca de 40% não consegue casar-se quando atinge a idade adulta. Há um contingente enorme de homens e mulheres na faixa dos 30 anos que, traumatizados com a experiência de seus pais, vivem sozinhos. Isso não significa, evidentemente, que eles não valorizem o amor, a fidelidade e o companheirismo. Apenas têm dificuldade em lidar com seus sentimentos e traduzi-los na construção de uma vida a dois. O dado paradoxal é que, apesar de tudo, o desejo de um casamento duradouro permanece irremovível.
separação dos pais faz muito mal às
crianças e deixa uma marca que elas
carregarão pelo resto da vida
Durante 25 anos, a terapeuta americana Judith S. Wallerstein ouviu os relatos das experiências de 131 filhos de pais separados. A maioria dos casos foi acompanhada da infância à idade adulta. Judith comparou as trajetórias de seus entrevistados com as de integrantes de famílias intactas e chegou à conclusão de que, ao contrário do que pregam os arautos da "nova família", o divórcio faz mal, sim, a crianças e jovens. Ser filho de um casal que se separou, segundo ela, é um problema que nunca cessa de existir. O resultado de seu trabalho está no livro The Unexpected Legacy of Divorce (A Inesperada Herança do Divórcio), em co-autoria com Julia M. Lewis e Sandra Blakeslee. Foram mais de 75.000 cópias vendidas desde o lançamento, em setembro. Envolta em polêmica, a obra ganhou destaque na imprensa americana e chegou a ser capa da revista Time. Aos 78 anos, casada há cinqüenta, três filhos e cinco netos, Judith Wallerstein é conferencista emérita da Universidade da Califórnia e uma crítica dura do que chama de "cultura do divórcio". "Casais que vivem uma situação conjugal morna deveriam considerar seriamente a possibilidade de continuar juntos pelo bem de seus filhos", diz ela, sem medo de chocar. Da cidade de Belvedere, nos arredores de San Francisco, onde mora, Judith Wallerstein deu a seguinte entrevista
ENTREVISTADOR- Como AFETA a separação dos pais a vida de uma criança?
ENTREVISTADO– De várias formas. A adolescência começa mais cedo para filhos de famílias que sofreram um processo de separação. No caso das meninas, a iniciação sexual costuma ocorrer antes do recomendável. Boa parte das crianças passa a ocupar-se dos problemas da mãe e, algumas vezes, dos conflitos do pai. Não raro, elas têm de desenvolver por conta própria seus conceitos de moralidade. Os mais velhos tendem a cuidar dos irmãos mais novos, como se fossem adultos. Está provado também que filhos de casais separados sofrem mais de depressão e apresentam mais dificuldade de aprendizado que os provenientes de famílias intactas.
ENTREVISTADOR– Mas há separações amigáveis e litigiosas. Não existe aí uma diferença?
ENTREVISTADO – Por mais que haja diferenças de caso para caso, a verdade é que não existe separação sem danos, perdas e tristeza. Em geral, o que ocorre é que um dos dois – o marido ou a mulher – quer o divórcio e o outro não. É ilusão imaginar um casal sentado calmamente à mesa da cozinha, mantendo uma conversa civilizada do tipo: "Cometemos um erro e devemos nos separar". Isso nunca, jamais acontece. E mais: as duas partes não encerram seus conflitos na Justiça. Sentimentos de amor e ódio não deixam de existir com a assinatura da papelada. Esse quadro de desgaste contínuo, não importa o grau, fere indelevelmente as crianças. É certo que há pais que tentam preservar ao máximo seus filhos do sofrimento de uma separação. Mas também é verdade que a decisão de "não brigar na frente das crianças" tem suas limitações. Evitar discussões não as protege dos efeitos de longo prazo do divórcio, que aparecem na vida adulta.
ENTREVISTADOR – Quais são esses efeitos?
ENTREVISTADO – A maioria dos filhos do divórcio – vamos chamá-los dessa forma – atribui à separação dos pais grande parte de seus insucessos nos relacionamentos. A imagem negativa do casamento leva muitos a fazer péssimas escolhas de parceiros ou a fugir de compromissos. Cerca de 40% não consegue casar-se quando atinge a idade adulta. Há um contingente enorme de homens e mulheres na faixa dos 30 anos que, traumatizados com a experiência de seus pais, vivem sozinhos. Isso não significa, evidentemente, que eles não valorizem o amor, a fidelidade e o companheirismo. Apenas têm dificuldade em lidar com seus sentimentos e traduzi-los na construção de uma vida a dois. O dado paradoxal é que, apesar de tudo, o desejo de um casamento duradouro permanece irremovível.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Arquivos da ANA MARIA BRUNI
Maria da Penha Maia é uma brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com 60 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.
Conheça a História:
Em 1983, seu ex-marido, professor universitário, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou contra ela, e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Nove anos depois seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2002, hoje está livre.
O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará. Estava presente à cerimônia da sanção da lei junto aos demais ministros e representantes de movimentos feministas.
O nome da lei 11.340 - Lei Maria da Penha é uma homenagem a Maria da Penha Maia.
Conheça a História:
Em 1983, seu ex-marido, professor universitário, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou contra ela, e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Nove anos depois seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2002, hoje está livre.
O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará. Estava presente à cerimônia da sanção da lei junto aos demais ministros e representantes de movimentos feministas.
O nome da lei 11.340 - Lei Maria da Penha é uma homenagem a Maria da Penha Maia.
Cruz e Sousa, do livro Últimos Sonetos, 1905.
Longe de Tudo
E livres, livres desta vã matéria,
longe, nos claros astros peregrinos
que havemos de encontrar os dons divinos
e a grande paz, a grande paz sidérea.
Cá nesta humana e trágica miséria,
nestes surdos abismos assassinos
teremos de colher de atros destinos
a flor apodrecida e deletéria.
O baixo mundo que troveja e brama
só nos mostra a caveira e só a lama,
ah! só a lama e movimentos lassos...
Mas as almas irmãs, almas perfeitas,
hão de trocar, nas Regiões eleitas,
largos, profundos, imortais abraços!
longe, nos claros astros peregrinos
que havemos de encontrar os dons divinos
e a grande paz, a grande paz sidérea.
Cá nesta humana e trágica miséria,
nestes surdos abismos assassinos
teremos de colher de atros destinos
a flor apodrecida e deletéria.
O baixo mundo que troveja e brama
só nos mostra a caveira e só a lama,
ah! só a lama e movimentos lassos...
Mas as almas irmãs, almas perfeitas,
hão de trocar, nas Regiões eleitas,
largos, profundos, imortais abraços!
Pintura: by Andre Kohn
Garotos Adolescentes Sodomitas Abusadores de Crianças / Foco Cristão
Garotos Adolescentes Sodomitas são adolescentes do sexo masculino (mais comum na faixa dos 12 aos 14 anos de idade) que procuram sodomizar outras pessoas, especialmente outros garotos mais novos, para satisfazer os seus desejos sexuais. E é ai que mora o perigo!
Muitas vezes esses garotos adolescentes sodomitas não se restringem a querer sodomizar outros adolescentes e buscam sodomizar crianças, devido a oportunidade que têm e a própria fragilidade da crianças de ter pouca (ou nenhuma) resistência a um abuso. Em geral, esses sodomitas, primeiro, induzem as crianças ao ato sexual usando a desculpa de ser apenas uma “brincadeira”, depois pedem segredo ou mesmo ameaçam diretamente as crianças abusadas para não contarem a ninguém. As crianças abusadas nessas “brincadeiras” costumam estar na faixa de 5 a 9 anos, onde elas têm o seu primeiro contato homossexual e são condicionadas ao homossexualismo (homossexualidade).
O adolescente sodomita tente a abusar de uma criança sempre que houver a oportunidade de estar sozinho com ela, fazendo da criança sua “mulherzinha”. Desse modo é feito o condicionamento da criança pré-púbere ao homossexualismo. Apesar de estar imatura sexualmente (por ser criança pré-púbere), ela está desenvolvimento o seu lado sentimental (se preparando para puberdade, onde ocorre o desenvolvimento sexual e a sexualidade amadurece) e tem o seu corpo sensível a estímulos (devido aos nervos do corpo). Com o contato homossexual contínuo, conexões cerebrais são feitas associando os estímulos de cunho homossexual à própria sexualidade imatura da criança. Assim, essa sexualidade amadurecerá de acordo com a nova orientação sexual estabelecida pelo condicionamento realizado.
Adolescentes, em virtude, de sua sexualidade aflorada, são potencialmente perigosos para as crianças pré-púberes. Por isso, pais e responsáveis não confiem seus filhos a qualquer adolescente.
Deve-se haver imediatamente a separação de crianças e adolescentes e a conscientização social de que adolescentes não são crianças. Muitos conservadores (e a própria sociedade) estão se deixando levar pela infantilização da adolescência, o que está abrindo caminho para mais abusos de adolescentes contra crianças pré-púberes, abusos esses que são os principais produtores de homossexuais.
A maioria dos garotos adolescentes sodomitas não pedófilos (porque não sentem atração sexual primária por crianças pré-púberes), porém são os maiores abusadores de crianças pré-púberes, devida a sua falta de escrúpulos (principalmente), a facilidade que têm de convencê-las e de encontrá-las (devida, principalmente, à pseudo-ingenuidade que muitos pais atribuem a um adolescente).
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Miudezas que são Grandezas...II
A Dor / Bya Albuquerque
Menina sentada à beira da praia...pensando e pensando
Tão pequena...tão madura
Tão desesperada e com tantas esperanças
O passado começando a pesar e o futuro brilhando à frente...
Moça sentada à beira da praia...pensando e sonhando
Sonhando com o futuro que ainda brilha...pensando no passado que a atormenta
Tão jovem, tão triste...e já perdendo as esperanças
O passado invadiu o presente e ameaça o futuro...
Mulher sentada à beira da praia...chorando e chorando
Sem o presente e sem o futuro...apenas o passado lhe pesando na mente e coração
Mulher num corpo de menina...menina num corpo de mulher
O futuro ficou no passado e o presente não existe mais...
Menina sentada à beira da praia...pensando e pensando
Tão pequena...tão madura
Tão desesperada e com tantas esperanças
O passado começando a pesar e o futuro brilhando à frente...
Moça sentada à beira da praia...pensando e sonhando
Sonhando com o futuro que ainda brilha...pensando no passado que a atormenta
Tão jovem, tão triste...e já perdendo as esperanças
O passado invadiu o presente e ameaça o futuro...
Mulher sentada à beira da praia...chorando e chorando
Sem o presente e sem o futuro...apenas o passado lhe pesando na mente e coração
Mulher num corpo de menina...menina num corpo de mulher
O futuro ficou no passado e o presente não existe mais...
Miudezas que são Grandezas...I
"Quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer o meu coração arrepiar mais frequentemente de ternura diante de cada beleza revista ou inaugurada. Quero sair por aí de mãos dadas com a criança que me habita, sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte. Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos, mesmo àqueles muito antigos, que, apesar do tempo, souberam conservar o seu viço. Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza. Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas. Das alegrias que começam a florir dentro da gente."
(Ana Jácomo)
(Ana Jácomo)
domingo, 14 de abril de 2013
Saúde Emocional / Bya Albuquerque
Cada vez mais as pessoas adoecem emocionalmente. O adoecer emocional somatiza para o físico. Quem fica doente emocionalmente, também adoece fisicamente e, muitas vezes, mentalmente. Depressão, ansiedade, angústia, insônia são causados e causadores de muitos males. E os males que as causam, na maioria das vezes, são o descaso, a omissão e a agressão verbal.
Não é preciso muito para corrigir isso, para enriquecer o nosso dia a dia. Mas, quase sempre, buscamos a química dos remédios, relegando a química do amor ao segundo plano. Uma palavra agradável, um sorriso, atenção para com o próximo são bálsamo para a nossa alma. Interessar-se um pouco mais por nossos companheiros talvez resolvesse várias pendências. Palavras bondosas, de estímulo, são pílulas que curam. Basta tão pouco para tornar o dia mais aprazível e amenizar os males emocionais...É só olhar para dentro de si mesmo e buscar o seu melhor. E, com isso, tornar menos árduo o seu dia, prosperar o seu humor. Contagiar aos outros...Invés de tomar um comprimido e lamentar-se, olhe ao redor. Sorria, ajude, se interesse pelo semelhante. Tenha tempo para o próximo e o tempo se incumbirá de suavizar os seus males pessoais. É como uma corrente...um elo está interligado ao outro. Basta tão pouco...para fazer muito!!!
TUDO DEPENDE DE MIM! / Charles Chaplin
Hoje levantei cedo pensando no
que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo...
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro...
ou me sentir encorajado para administrar
minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde...
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por
não terem me dado tudo o que eu queria....
ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar....
ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa...
ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos...
ou me entusiasmar com a possibilidade
de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei,
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
para ser o que eu quiser. E aqui estou eu,
o escultor que pode dar forma.
” Tudo depende só de mim."
que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo...
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro...
ou me sentir encorajado para administrar
minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde...
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por
não terem me dado tudo o que eu queria....
ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar....
ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa...
ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos...
ou me entusiasmar com a possibilidade
de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei,
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
para ser o que eu quiser. E aqui estou eu,
o escultor que pode dar forma.
” Tudo depende só de mim."
Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2011 e com 13 indicações ao César Awards 2012, o drama POLISSIA mostra o cotidiano dos policiais da BPM (Brigada de Proteção ao Menor, de Paris), que é composto por confissões de abuso infantil, prisões de menores infratores; mas também pela pausa na hora do almoço quando se desabafa sobre as crises no casamento. É composto de interrogatórios com pais suspeitos de abuso, depoimentos de crianças, desvios de sexualidade em adolescentes; mas também pela solidariedade entre os colegas e ataques de riso incontrolável em momentos impensáveis. Sabendo que o pior existe, mas seguindo em frente apesar disso. Como esses policiais conseguem encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e a realidade à qual são confrontados todo dia? Fred, o mais passional dos policiais do grupo, terá problemas para aceitar o olhar analítico de Melissa, uma fotógrafa enviada pelo Ministério para documentar a Brigada.
Mundo Paralelo / Bya Albuquerque
Enquanto eu me "escondi" do mundo, digerindo o meu drama, eu nunca havia visto, entrado em alguma comunidade que abordava abuso sexual.
Ao abrir o meu blog e orkut, procurei as comunidades e fiquei horrorizada com o mundo paralelo que encontrei. Histórias de arrepiar. Pessoas se "afogando" em depressão e, muitas delas, em auto piedade. Pessoas que passam a vida somente focando o acontecido e deixando de viver, se abandonando. É muito, muito triste e degradante. Cada história é cada história. Alguns, como eu, lutaram, casaram, montaram sua família e tentam, de alguma maneira, sobreviver, apesar das doenças e da depressão. Outros, simplesmente pararam no tempo e vivem focadas no passado. No geral, todos nós temos uma coisa em comum: a tortura emocional, a vergonha e a depressão. Só que não podemos viver para sempre num mundo paralelo. É preciso voltar ao mundo real e lutar. Não podemos mudar o passado e não é sentindo pena de si mesmo que construiremos o futuro. O mundo paralelo nunca deixará de existir. É o mundo da violência, do abuso, das drogas, da rejeição. E não podemos deixar que as pessoas o esqueçam. Devemos sim mostrar às pessoas que é possível sair dele. Nunca abaixar a cabeça e aceitar certas situações. Sempre tentar mostrar o nosso lado forte e batalhador.
Nunca, na minha vida, pensei que fosse encontrar situações tão degradantes, tão horripilantes. E são essas situações que me instigam a lutar não só por mim, mas por essas pessoas. E mostrar a elas que a vida tem momentos bons e que, por mais dolorido que é, somos pessoas "especiais", que estamos aqui para mudar algo, para ajudar e ensinar, e que mesmo na dor, há esperança.
Escrevi esse texto há quatro anos. É triste perceber que quase nada mudou. Sim, a pedofilia virou o assunto do momento...porém o que predomina é o grande trabalho de poucos e muita politicagem e aproveitamento pessoal de muitos. Ainda prevalece a omissão social...falta de solidariedade...e um imenso tabu. As vítimas mais velhas continuam sem ajuda e tentam sozinhas ajudar aos outros abusados. Somente as celebridades ganham notoriedade com o assunto...e o que fazem??? Os pobres coitados, que não possuem meios, viram notícias sensacionalistas, que são esquecidas no dia seguinte... Por isso, a grande maioria vítima de abusos, seja lá qual for, continua no mundo paralelo. Muitos tentando sair...mas poucos conseguindo voltar a viver e, não apenas, sobreviver!!! A omissão da sociedade, a falta de solidariedade, a rejeição os empurram de volta para esse mundo de sofrimento e muita dor. É preciso se conscientizar que a vítima pode virar o algoz e que NINGUÉM está a salvo de uma violência...
Ao abrir o meu blog e orkut, procurei as comunidades e fiquei horrorizada com o mundo paralelo que encontrei. Histórias de arrepiar. Pessoas se "afogando" em depressão e, muitas delas, em auto piedade. Pessoas que passam a vida somente focando o acontecido e deixando de viver, se abandonando. É muito, muito triste e degradante. Cada história é cada história. Alguns, como eu, lutaram, casaram, montaram sua família e tentam, de alguma maneira, sobreviver, apesar das doenças e da depressão. Outros, simplesmente pararam no tempo e vivem focadas no passado. No geral, todos nós temos uma coisa em comum: a tortura emocional, a vergonha e a depressão. Só que não podemos viver para sempre num mundo paralelo. É preciso voltar ao mundo real e lutar. Não podemos mudar o passado e não é sentindo pena de si mesmo que construiremos o futuro. O mundo paralelo nunca deixará de existir. É o mundo da violência, do abuso, das drogas, da rejeição. E não podemos deixar que as pessoas o esqueçam. Devemos sim mostrar às pessoas que é possível sair dele. Nunca abaixar a cabeça e aceitar certas situações. Sempre tentar mostrar o nosso lado forte e batalhador.
Nunca, na minha vida, pensei que fosse encontrar situações tão degradantes, tão horripilantes. E são essas situações que me instigam a lutar não só por mim, mas por essas pessoas. E mostrar a elas que a vida tem momentos bons e que, por mais dolorido que é, somos pessoas "especiais", que estamos aqui para mudar algo, para ajudar e ensinar, e que mesmo na dor, há esperança.
Escrevi esse texto há quatro anos. É triste perceber que quase nada mudou. Sim, a pedofilia virou o assunto do momento...porém o que predomina é o grande trabalho de poucos e muita politicagem e aproveitamento pessoal de muitos. Ainda prevalece a omissão social...falta de solidariedade...e um imenso tabu. As vítimas mais velhas continuam sem ajuda e tentam sozinhas ajudar aos outros abusados. Somente as celebridades ganham notoriedade com o assunto...e o que fazem??? Os pobres coitados, que não possuem meios, viram notícias sensacionalistas, que são esquecidas no dia seguinte... Por isso, a grande maioria vítima de abusos, seja lá qual for, continua no mundo paralelo. Muitos tentando sair...mas poucos conseguindo voltar a viver e, não apenas, sobreviver!!! A omissão da sociedade, a falta de solidariedade, a rejeição os empurram de volta para esse mundo de sofrimento e muita dor. É preciso se conscientizar que a vítima pode virar o algoz e que NINGUÉM está a salvo de uma violência...
sexta-feira, 12 de abril de 2013
ADMIRO DEMASIADAMENTE ESSA MULHER / Maria Inês Oliveira
Estupro em zonas de guerra é evitável, diz Angelina Jolie a ministros do G8
A atriz Angelina Jolie disse nesta quinta-feira que o estupro em zonas de guerra é passível de ser evitado e fez um apelo aos ministros de Relações Exteriores de alguns dos países mais poderosos do mundo a impulsionar os esforços para levar criminosos sexuais de guerra à Justiça.
Falando em Londres depois de uma reunião com ministros do G8, incluindo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, a atriz afirmou que o mundo precisa fazer mais para evitar tais crimes.
"Centenas de milhares de mulheres e crianças foram agredidas sexualmente, torturadas ou forçadas à escravidão sexual nas guerras de nossa geração", disse Jolie aos oito ministros e a representante especial das Nações Unidas sobre violência sexual em conflitos, Hawa Zainab Bangura.
"Hoje eu acredito que suas vozes são ouvidas e que finalmente temos alguma esperança para oferecer a elas", completou Jolie, que é embaixadora da boa vontade do alto comissariado da ONU para os refugiados.
Chanceleres do G8 concordaram em fazer um clamor para aumentar os esforços em busca de justiça para as vítimas de abuso, incluindo 35,5 milhões de dólares em financiamento para esforços de prevenção e de resposta.
"Estupro em zonas de guerra não é inevitável", disse Jolie. "Esta violência pode ser evitada, e deve ser confrontada."
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a incidência de estupro em conflitos desde Ruanda até a Bósnia-Herzegovina foi uma das injustiças mais negligenciadas do mundo.
"Sabemos que um grande número de vítimas de violência sexual é de crianças: muitas vezes as crianças são muito jovens e, por vezes, bebês", disse Hague. "Sabemos que esta violência inflige sofrimento inimaginável, destrói famílias e comunidades."
A atriz Angelina Jolie disse nesta quinta-feira que o estupro em zonas de guerra é passível de ser evitado e fez um apelo aos ministros de Relações Exteriores de alguns dos países mais poderosos do mundo a impulsionar os esforços para levar criminosos sexuais de guerra à Justiça.
Falando em Londres depois de uma reunião com ministros do G8, incluindo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, a atriz afirmou que o mundo precisa fazer mais para evitar tais crimes.
"Centenas de milhares de mulheres e crianças foram agredidas sexualmente, torturadas ou forçadas à escravidão sexual nas guerras de nossa geração", disse Jolie aos oito ministros e a representante especial das Nações Unidas sobre violência sexual em conflitos, Hawa Zainab Bangura.
"Hoje eu acredito que suas vozes são ouvidas e que finalmente temos alguma esperança para oferecer a elas", completou Jolie, que é embaixadora da boa vontade do alto comissariado da ONU para os refugiados.
Chanceleres do G8 concordaram em fazer um clamor para aumentar os esforços em busca de justiça para as vítimas de abuso, incluindo 35,5 milhões de dólares em financiamento para esforços de prevenção e de resposta.
"Estupro em zonas de guerra não é inevitável", disse Jolie. "Esta violência pode ser evitada, e deve ser confrontada."
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a incidência de estupro em conflitos desde Ruanda até a Bósnia-Herzegovina foi uma das injustiças mais negligenciadas do mundo.
"Sabemos que um grande número de vítimas de violência sexual é de crianças: muitas vezes as crianças são muito jovens e, por vezes, bebês", disse Hague. "Sabemos que esta violência inflige sofrimento inimaginável, destrói famílias e comunidades."
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Síndrome de Burnout
http://www.nepas.org.br/ abcs/v36n3/36abcs140.pdf
http://pt.wikipedia.org/ wiki/Síndrome_de_burnout
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.
Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.
Recomendações
* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.
http://pt.wikipedia.org/
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.
Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.
Recomendações
* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.
Adolescente comete suicídio após colegas divulgarem foto dela sendo estuprada.
Rehtaeh Parsons, uma adolescente canadense, cometeu suicídio em Halifax, no Estado da Nova Escócia, após sofrer bullying por mais de um ano e meio em decorrência de um estupro que sofreu quando tinha 15 anos, que ficou público após a divulgação de uma foto do ocorrido, tirada pelos agressores. A imagem se tornou um viral e agravou os problemas psicológicos que a garota desenvolveu após o trauma. Ela tinha 17 anos e morreu no hospital, após tentar se enforcar em casa na última quinta (04).
Segundo a rede de TV CNN, a família afirmou que Rehtaeh demonstrou tendências suicidas desde que a foto da violência circulou entre colegas de escolas através de e-mails e mensagens de textos. Segundo Leah Parsons, mãe da jovem, ela mudou de escola, fez análise, mas o estado psicológico da filha piorou depois que uma investigação sobre seu estupro foi encerrada sem penas para os quatro envolvidos.
No facebook, a mãe da adolescente criou uma página em homenagem à jovem e postou: “Rehtaeh nos deixou hoje porque quatro garotos acharam que estuprar uma garota de 15 anos não teria problema e distribuir uma foto que arruinou seu espírito e reputação seria divertido. Todo o bullying e perturbação ocasionou isso. Depois, a Justiça também falhou com ela. Essas são as pessoas que me tiraram minha linda garota”.
O porta voz da polícia de Halifax, Scott MacRae, justificou o encerramento de caso na falta de evidências para que alguém fosse punido pelo suposto estupro. As autoridades confirmaram, porém, que uma foto da garota fazendo sexo com um dos quatro acusados circulou entre celulares e computadores, o que faria com que, mesmo se o ato fosse consensual, as imagens seriam consideradas pornografia infantil, mas mesmo para esse fato não houve pena.
Fonte: http://news.nationalpost.com/
http://brasiliaempauta.com.br/
www.ibtimes.com
Postado por Vítor Soares.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Coração Quebrado / Bya Albuquerque
Em nove meses tive meu segundo princípio de infarto. Altamente doloroso e desagradável. Senti os sintomas, mas como da primeira vez, não dei muita atenção e demorei a procurar socorro. Esse fato poderia ter me custado a vida.
Esse é o maldito legado do meu pai. Não bastou me violentar sexualmente e emocionalmente...não bastou privar-me das melhores coisas que a adolescência e a juventude podem oferecer...não bastou todas as calúnias e atos dignos de um psicopata que separou-me totalmente da família e de outras pessoas que eu apreciava. Deixou-me também a saúde física precária, influenciada pela falta de saúde emocional (depressão e stress pós traumático). Meu corpo e minha alma foram brutalmente e cruelmente violados...mutilados. Já sitei várias consequências do abuso sofrido por mim nesse blog. Nenhum deles é tão letal como a incerteza se amanhã estarei em pé...cuidando de mim e dos meus filhos...fazer a faculdade de psicologia...trabalhar...simplesmente viver.
Imagino que muitos poderão considerar esse texto agressivo...escrito por uma pessoa extremamente revoltada. Porém não é assim. A revolta já passou faz muito tempo, mas tenho o direito de ficar brava SIM com toda essa situação. Muitos esquecem que sou a VÍTIMA...que nunca desejei isso para mim. E uma coisa que aprendi com a terapia que não devo sentir vergonha de todos esses fatos e que falar alivia e faz bem.
Vou citar alguns dos sintomas, para que outras mulheres não subestimem as dores ou o mal estar.
Os dois novos sintomas, que exatamente chamaram a minha atenção pelo fato de raramente senti-los foram: azia e dor nas costas.
Outros: suor intenso...enjoo e ânsia de vomito, chegando a vomitar tomando só água... uma fadiga intensa...dor no peito como se tivesse um bloco de concreto esmagando o mesmo... falta de ar... pontadas no coração... dor no braço esquerdo... formigamento nas mãos. Esses são também os sintomas (segundo o cardiologista) da Síndrome de Pânico, que graças a Deus não tenho e nunca tive.
Esse meu pequeno relato intenciona duas coisas: mostrar às pessoas como uma violência é brutal em todos os sentidos e que nós, mulheres, precisamos ficar alertas e atentas aos certos sintomas...nunca os subestimando.
Esse é o maldito legado do meu pai. Não bastou me violentar sexualmente e emocionalmente...não bastou privar-me das melhores coisas que a adolescência e a juventude podem oferecer...não bastou todas as calúnias e atos dignos de um psicopata que separou-me totalmente da família e de outras pessoas que eu apreciava. Deixou-me também a saúde física precária, influenciada pela falta de saúde emocional (depressão e stress pós traumático). Meu corpo e minha alma foram brutalmente e cruelmente violados...mutilados. Já sitei várias consequências do abuso sofrido por mim nesse blog. Nenhum deles é tão letal como a incerteza se amanhã estarei em pé...cuidando de mim e dos meus filhos...fazer a faculdade de psicologia...trabalhar...simplesmente viver.
Imagino que muitos poderão considerar esse texto agressivo...escrito por uma pessoa extremamente revoltada. Porém não é assim. A revolta já passou faz muito tempo, mas tenho o direito de ficar brava SIM com toda essa situação. Muitos esquecem que sou a VÍTIMA...que nunca desejei isso para mim. E uma coisa que aprendi com a terapia que não devo sentir vergonha de todos esses fatos e que falar alivia e faz bem.
Vou citar alguns dos sintomas, para que outras mulheres não subestimem as dores ou o mal estar.
Os dois novos sintomas, que exatamente chamaram a minha atenção pelo fato de raramente senti-los foram: azia e dor nas costas.
Outros: suor intenso...enjoo e ânsia de vomito, chegando a vomitar tomando só água... uma fadiga intensa...dor no peito como se tivesse um bloco de concreto esmagando o mesmo... falta de ar... pontadas no coração... dor no braço esquerdo... formigamento nas mãos. Esses são também os sintomas (segundo o cardiologista) da Síndrome de Pânico, que graças a Deus não tenho e nunca tive.
Esse meu pequeno relato intenciona duas coisas: mostrar às pessoas como uma violência é brutal em todos os sentidos e que nós, mulheres, precisamos ficar alertas e atentas aos certos sintomas...nunca os subestimando.
sábado, 6 de abril de 2013
Texto da Nilma Freitas
Foi então que o vento começou a soprar. Compreendi que viver é isto. Uma canoa que a vida nos empresta e só vale o quanto temos disposição para remar. Tenho medo que a minha termine num gemido afogado, por ter batido em uma rocha atormentada por lembranças que ela decidiu petrificar. Mas preferi acreditar que o temporal passaria largo e ao invés de se despedaçar eu a encontraria reluzente sobre as águas. Às vezes eu fico de pé dentro dela, gosto de olhar a travessia. Gosto de forçar o remo e sentir como é bonita a maneira como ela deixa tudo para trás. Olho para as margens e vejo o sol mergulhar no horizonte. Vejo as flores, os bosques, os prados, os jardins, as florestas e seus bichos correndo para os montes. Quero um mundo com o qual eu possa me emocionar. Quero ter a soberania de uma borboleta almirante e cessar fogo no entrecortar de minhas asas. Quero uma paisagem pela qual valha a pena lutar.
Sintomas do infarto feminino
Sintomas do infarto feminino
Mais de 200 mulheres morrem por dia por causa do infarto, problema que já mata seis vezes mais do que o câncer de mama
Texto: Lara Vendramini
O sexo feminino corresponde a 30% dos casos de infarto. “Ao comparar os casos entre jovens, o homem tem muito mais infarto. Porém, como a mulher vive mais, depois da menopausa elas apresentam até mais doenças do que eles. O homem adoece mais até a menopausa da mulher, depois ocorre um equilíbrio”, avalia o cardiologista Roberto Giraldez, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), da Universidade de São Paulo (USP).
Após a menopausa
Estatísticas revelam que o infarto ocorre duas a três vezes mais após a menopausa, quando se comparam mulheres de mesma idade. Sabe-se também que quanto mais jovem a mulher entra na menopausa, maiores os riscos de desenvolver as doenças cardiovasculares. Durante muitos anos acreditou-se que a patologia ocorria em decorrência da perda da proteção do estrógeno, hormônio produzido durante a vida fértil da mulher. “A parada de produção do estrógeno pelo ovário provoca alterações no perfil do colesterol, levando ao aumento do colesterol ruim (LDL) e dos triglicérides”, explica o cardiologista Fernando Abrão Adura, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André (SP). A crença da contribuição dos hormônios femininos para a doença ainda existe no meio médico, mas não é totalmente clara.
Seguindo essa linha de pensamento, a solução mais óbvia seria a reposição hormonal após a menopausa, porém isso mostrou-se paradoxalmente prejudicial. “Essa reposição após a menopausa tem uma tendência a aumentar os riscos da mulher ter doença do coração. Acredita-se que a proteção tem a ver com os hormônios, mas ainda não dá para saber exatamente como isso ocorre”, esclarece Giraldez.
Casos jovens
Não é só na maturidade que o sexo feminino deve se preocupar com o infarto. Atualmente, duas mulheres, de 20 a 39 anos, são internadas todos os dias vítimas do problema, estatística que tem assustado cardiologistas. Especialistas ressaltam que é nessa fase, dos 20 até cerca dos 40 anos, que a ala feminina mais produz e é cobrada, tanto dos filhos, parceiros e no ambiente de trabalho, em busca de um espaço no mercado. As principais vítimas estão submetidas, em geral, a estresse, alimentação inadequada, pouco sono, fumo, sobrepeso e sedentarismo. Em jornadas até mesmo triplas, no papel de mãe, dona de casa e profissional dedicada, a figura da mulher moderna parece se aproximar da mulher maravilha, com os compromissos sendo salvos, porém correndo risco de morte.
Em qualquer idade
Quem deseja fugir das estatísticas deve apostar na prevenção e mudança de hábitos. Uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, indica que o risco de infarto em mulheres fumantes é seis vezes maior do que nas não fumantes. A combinação de fumo com pílula anticoncepcional pode agravar o quadro. De acordo com estudo norte-americano, nesses casos, o risco da mulher sofrer um ataque cardíaco pode ser até 30 vezes maior. A explicação disso está na redução pelo cigarro do efeito protetor dos hormônios femininos contra o infarto. Por isso, é importante buscar ajuda de um ginecologista para escolher o método anticoncepcional ideal em cada caso. Evitar o estresse, melhorar a alimentação e realizar visitas regulares ao médico também entram na lista de tarefas anti-infarto.
De olho no sintomas
Mulheres não têm sinais que homens têm durante um infarto e a maior resistência feminina à dor pode mascarar o problema, o chamado infarto silencioso. A qualquer sinal de dor no peito ou sensação muito desagradável ou anormal, procure o hospital mais próximo.
5 principais sintomas de infarto
-Falta de ar
-Cansaço súbito
-Náuseas e vômito
-Dor nas costas. Costuma ser bem no meio das costas, mas pode ocorrer em qualquer parte da área. Fique atenta se sentir essa dor durante um exercício físico ou uma situação estressante, como discussão.
-Pressão na parte inferior do corpo, muitas vezes confundida com dor de estômago.
-Cansaço súbito
-Náuseas e vômito
-Dor nas costas. Costuma ser bem no meio das costas, mas pode ocorrer em qualquer parte da área. Fique atenta se sentir essa dor durante um exercício físico ou uma situação estressante, como discussão.
-Pressão na parte inferior do corpo, muitas vezes confundida com dor de estômago.
Consultoria: Roberto Giraldez, cardiologista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), da FMUSP; Fernando Abrão Adura, cardiologista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André (SP)
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
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