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domingo, 27 de junho de 2010

Africa do Sul, um país de estupradores?

Um país de estupradores?
A África do Sul reage à epidemia de violência sexual

RESUMO Colonialismo e apartheid fizeram da África do Sul recordista em crimes sexuais, com 75,6 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Após um período de negacionismo oficial e estigmatização, governo e sociedade reagem à epidemia, causada por uma conjunção de fatores sociais, políticos e culturais.

FÁBIO ZANINI
LAURA CAPRIGLIONE

"ELE SE LEMBRA, quando criança, de ler a palavra 'rape', estupro, em reportagens de jornal, tentando entender exatamente o que queria dizer, imaginando o que a letra p, sempre tão suave, estava fazendo no meio de uma palavra considerada tão horrenda que ninguém a falava em voz alta."
Assim como a letra p não parece se encaixar naquela palavra tão horrenda, o erudito David Lurie, professor de literatura que cai em desgraça, parece não se encaixar em seu país, dominado pela barbárie. Ele quer entender o que acontecera dias antes com sua filha Lucy, atacada por três homens no sítio em que vivia no interior da África do Sul.
Lurie é o personagem principal de "Desonra" (trad. José Rubens Siqueira, Companhia das Letras, 2000), o romance que deu ao sul-africano J.M. Coetzee (pronuncia-se "coutsía") seu segundo Booker Prize, o mais prestigioso das letras britânicas. O estupro da filha de Lurie simboliza ficcionalmente a onda de violência sexual que domina a África do Sul.
"Ele pensa em Byron", narra Coetzee, evocando o poeta romântico inglês da predileção de seu refinado personagem. "Entre as legiões de condessas e criadas em que Byron se enfiou havia sem dúvida aquelas que chamavam o ato de estupro. Mas sem dúvida nenhuma delas tinha por que temer terminar a sessão com a garganta cortada."

FORA DA FICÇÃO Mais de dez anos depois da publicação do romance de Coetzee, o temor de ser estuprada e terminar com a garganta cortada não é exatamente uma situação ficcional. A poucos dias do início da Copa do Mundo, a ministra sul-africana das Mulheres, Juventude e Pessoas com Deficiências, Noluthando Mayende-Sibiya, fez um discurso inflamado na Cidade do Cabo. O objetivo era um só: advertir que o governo não toleraria episódios de violência sexual durante o campeonato.
Militante histórica do partido de Nelson Mandela, o Congresso Nacional Africano (CNA), Mayende-Sibiya, anunciou uma série de medidas contra a violência sexual: iluminação e limpeza dos locais potencialmente perigosos, campanhas de vigilância comunitária, policiamento preventivo, e criação de centros para acolher e cuidar de vítimas.
Também foi anunciada a construção de um parque no local em que foi encontrado, em janeiro, o cadáver decomposto de Masego Kgomo, no distrito de Soshanguve, a 45 km de Pretória, a capital administrativa da África do Sul. A ministra prometeu uma estátua em homenagem a Masego.
Aos 10 anos, ela foi sequestrada, torturada, estuprada e assassinada por um grupo de jovens negros. Segundo a polícia, uma sangoma, curandeira tradicional, teria estimulado o ataque.

CAMPEÃO MUNDIAL Um relatório publicado pela ONU em 2002, com dados de 50 países, confere à África do Sul o vergonhoso título de campeão mundial de estupros. Logo depois vêm Canadá, EUA, Nova Zelândia e Suécia. É preciso cautela ao analisar esse tipo de dado: eles podem significar, por exemplo, que as mulheres desses países se sentem mais à vontade para dar parte na polícia. Os números sul-africanos, no entanto, são eloquentes.
Uma pesquisa patrocinada pelo próprio governo sul-africano mostrou que, em 2007, houve 75,6 estupros por grupo de 100 mil habitantes -cinco vezes o registrado na cidade de São Paulo. Nos 12 meses contados a partir de abril de 2008, foram mais de 70 mil queixas de crimes sexuais, aumento de 10,5% em relação ao período anterior.
Calcula-se que sejam muito mais, pois é comum que as vítimas de estupro se recusem a prestar queixa. Segundo a organização não-governamental Pessoas contra o Abuso de Mulheres, apenas um em cada nove estupros na África do Sul é denunciado à polícia. Entre eles, apenas 7% terminam em condenação.
Índices mais chocantes dão conta de um estupro a cada 30 segundos no país, ou 1,2 milhão de estupros por ano. Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, com base em entrevistas com 1.738 homens, aponta que um em cada quatro homens das Províncias de KwaZulu-Natal e do Cabo Oriental estaria envolvido em agressões sexuais, entendidas como sexo não consentido ou tentativa.

LENIÊNCIA OFICIAL Rachel Jewkes e Naeema Abrahams, pesquisadoras do Grupo de Gênero e Saúde do Conselho de Pesquisa Médica, em Pretória, tentam explicar por que, afinal, esse tipo de violência tornou-se uma epidemia na África do Sul.
Segundo elas, existe um caldo cultural permissivo -a polícia pouco prende, a Justiça pouco age e a sociedade ainda desconfia que a vítima deu margem para ter sido estuprada. As pesquisadoras também relatam rastros de corrupção na polícia: "Quando, apesar de tudo, as denúncias são feitas, não é raro a polícia, em troca de uns trocados, 'perder' documentos e laudos que comprovam o crime".
Em Gauteng, Província onde ficam Johannesburgo e Pretória, somente 17,1% das queixas de estupro resultam em julgamento -e apenas 6% em condenação. A leniência oficial termina por desencorajar novas denúncias, num círculo vicioso de impunidade.
É comum a própria polícia abandonar o caso, em geral, por deficiência na investigação. Em 78,4% das queixas, segundo o estudo "Tracking Justice" (Acompanhando a Justiça), feito a partir de boletins de ocorrência, o policial nem sequer pediu à vítima que descrevesse o agressor. Em 52,3% dos casos, o agressor jamais foi localizado.
Em entrevista à Folha, Bashir Hoosain, diretor-geral de Segurança e Proteção da Província do Cabo Oriental, admite que há problemas na coleta de provas e no trato com as vítimas. "Temos procurado aproximar a polícia da comunidade, trazendo pessoas para dentro das delegacias para debater conosco os problemas", diz ele. "O número de mulheres policiais também cresceu."

REAÇÃO ARMADA A alegada tolerância em relação ao crime, numa sociedade já violenta após décadas de regime colonial e apartheid, teria gerado uma cultura do estupro.
Qualquer turista em Johannesburgo se impressiona com as ameaçadoras placas fixadas na fachada das casas: invariavelmente, fala-se em "reação armada". O assalto a residências está entre os principais medos na cidade, e em 90% dos casos os bandidos aproveitam para estuprar as moradoras, segundo a polícia local.
A impressão de impunidade, dizem as pesquisadoras, também facilita o surgimento das gangues de jovens que estupram e matam, que ficaram tristemente famosas na Cidade do Cabo no final do século 20. Mais do que na vítima, o foco dos agressores está nos cúmplices. A observação do ato funciona como rito de iniciação à vida adulta.
Um diálogo entre David Lurie, o personagem de J.M. Coetzee, e sua filha, estuprada por dois homens e um jovem, sintetiza o funcionamento das gangues: "Um excitava o outro. Deve ser por isso que fazem juntos. Como cachorros em bando". O pai então pergunta: "E o terceiro, o rapaz?". Lucy responde: "Estava lá para aprender".
Assim como aconteceu com Lucy em "Desonra", grande parte dos estupros ocorre dentro de casa. Há dois anos, o estudo "Tracking Justice" mostrou que em 25% dos casos o responsável é parente, namorado ou ex-namorado da vítima. Casos como o de Letta Majas, 39, moradora da favela de Alexandra, em Johannesburgo, são comuns.
"Toda sexta, meu namorado ia direto do trabalho para o bar", conta ela. "Chegava em casa às 23h, querendo sexo. Um dia, eu recusei, porque não queria dividir a cama com um bêbado de cerveja. Ele respondeu que era porque eu estava saindo com outro homem. Me jogou contra uma parede, me chutou e me estuprou."
Em Johannesburgo, há dezenas de "casas seguras" para mulheres como Letta, que não podem voltar para casa -ou serão estupradas. Em Alexandra, a Bombani Safe House funciona atrás de muros altos e arame farpado. A preocupação é com a privacidade de suas "clientes". Mais do que um eufemismo, a nomenclatura é uma tentativa de reduzir o estigma da vítima.

CURANDEIRISMO Quando a epidemia de Aids explodiu na África do Sul, chegou-se a sugerir uma explicação "mágica": o surto de estupros de adolescentes seria ligado à crença de que o sexo com "virgens puras" poderia "limpar" o sangue de quem com elas se relacionasse. Rachel Jewkes e Naeema Abrahams têm uma explicação mais pragmática: "O mais provável é que os estupradores acreditem que, atacando uma virgem, tenham menos chances de contrair o vírus HIV".
Uma juíza que já atuou em vários casos baixou a voz para dizer à Folha em um restaurante de Johannesburgo: "Ninguém quer falar sobre isso, mas é terrível o envolvimento de curandeiros e curandeiras nesse tipo de crime. Ou praticam diretamente, ou pedem que outros o façam, a fim de aumentar seus supostos poderes". Segundo ela, o assunto virou tabu porque essas práticas religiosas pertencem à reclusa esfera da vida levada segundo os ditames tradicionais.
Até 2004, o então presidente sul-africano, Thabo Mbeki, da etnia xhosa, acusava de "racista" a estridência mundial a respeito da violência sexual no país. Em artigo publicado no site do Congresso Nacional Africano, ele escreveu: "Dizem que nossa herança africana na cultura, tradições e religiões faz de cada homem africano um potencial estuprador. É um ponto de vista que define todo o povo africano como selvagens bárbaros".
Mbeki investia contra a jornalista branca Charlene Smith -ex-militante antiapartheid, ela mesma estuprada em 1999 durante assalto a sua casa-, que escreveu no jornal "Sunday Independent" o artigo "O estupro tornou-se uma forma repugnante de vida em nossa terra".
Mbeki respondeu que, por trás das denúncias da epidemia de estupros na África do Sul, não existiria nada além da velha repetição dos estigmas que os colonizadores brancos e europeus sempre quiseram colar na pele negra. Segundo ele, o povo negro seria visto como um bando de "preguiçosos, mentirosos, de odor fétido, doentes, corruptos, violentos, amorais, sexualmente depravados, animalescos, selvagens -e estupradores".
A perigosa relação entre identidade nacional e barbárie já surgiu em outros contextos históricos e culturais. Depois do Holocausto, ainda há quem queira associar, por exemplo, os alemães a nazistas em potencial. Não há dúvida, porém, de que reuniram-se na Alemanha do Terceiro Reich condições específicas (algumas essencialmente culturais) que levaram o povo alemão à barbárie nazista. O que não significa afirmar que a barbárie esteja na identidade nacional alemã.
A ideia de "cada homem africano como um estuprador potencial" reaparece, com sinal invertido, no relatório "Qualquer um pode ser um estuprador", do Centro de Estudos da Violência e Reconciliação. O texto procura entender os fatores individuais, de relacionamento, comunitários e sociais que levam o país a se tornar campeão dos crimes sexuais.
Quando todos os fatores se conjugam, aí sim, "qualquer um pode se tornar um estuprador". Em qualquer país.

NEGACIONISMO O então presidente Mbeki não negou apenas o problema do estupro. Sua mais famosa negação foi em relação à proliferação da Aids no país, que não passaria de invenção da indústria farmacêutica.
Citando uma tese do pesquisador americano Peter Duesberg, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e da Academia Nacional de Ciências dos EUA, ele sustentava que o vírus HIV não seria o causador da AIDS. A deficiência imunológica característica da doença seria uma decorrência da fome e dos problemas crônicos da saúde sul-africana -herança maldita do apartheid.
Em novembro de 2008, sem políticas de prevenção ou tratamento, a África do Sul bateu nos 365 mil mortos por Aids, 60% dos quais mulheres. Hoje, o vírus está no sangue de mais de 5 milhões de sul-africanos (a população é de 48 milhões).
O hospital Baragwanath, no bairro de Soweto, em Johannesburgo, é um gigante com mais de 4 mil leitos, considerado o maior da África. Lá, ainda não se atendem casos de estupro que não sejam acompanhados por lesões físicas graves: "O estupro é um problema menor para ser tratado aqui", disse o relações-públicas à reportagem da Folha, na semana passada. Muitos profissionais de saúde no país não veem a violência sexual como uma questão de saúde pública, embora ela acompanhe os índices de infecção por HIV.
Nas macas encostadas nas paredes de tijolinhos do pronto-socorro viam-se apenas pacientes negros -vários deles esqueléticos, com as feridas características dos doentes de Aids sem tratamento.

SURPRESA E, no entanto, quando este texto é escrito, já se passaram 12 dias do início da Copa do Mundo. Todas as nove cidades-sede receberam 220 mil torcedores e turistas, fluxo várias vezes maior do que o habitual. E não se ouviu falar em onda de estupros.
A enfermeira Smangele Zulu, funcionária da clínica Zolach, em Soweto, especializada em primeiros socorros, arrisca uma hipótese: "Realmente está mudando o tratamento dispensado ao agressor e à vítima nos casos de estupro -mais rigor para o predador, mais acolhimento para a vítima". "Smangele" significa "surpresa" na língua tribal.
As políticas negacionistas em relação à Aids e ao estupro sofreram o seu maior revés numa trapalhada do zulu Jacob Zuma, presidente do país e polígamo (com três mulheres, 20 filhos e algumas namoradas). Em 2005, quando era o vice-presidente de Mbeki, Zuma foi acusado de estuprar uma mulher de 31 anos, soropositiva e amiga de longa data de sua família. Levado aos tribunais, Zuma disse que, sim, tivera relações sexuais com a mulher, mas por iniciativa dela. Acabou absolvido em 2006.
No tribunal, o promotor quis saber se Zuma havia usado preservativo. "Não." Perguntou-se então se o acusado não tivera medo de contrair o vírus da Aids. "Não, não havia risco, porque tomei uma ducha logo depois."
As organizações de prevenção à Aids e as feministas não demoraram a acusar Zuma de "irresponsável". Mas, depois do caso, viu-se que a necessidade do uso de preservativos jamais tinha sido tão discutida na África do Sul como naquela época.
Na disputa pelo controle do Congresso Nacional Africano, um fragilizado Zuma, às voltas com denúncias de corrupção, concordou em fazer uma composição política original: entregou 43% dos ministérios a mulheres, para conseguir o apoio de mais da metade do eleitorado sul-africano. O resultado imediato da manobra foram mulheres em situação de muito mais poder do que jamais na história sul-africana. E o fim do negacionismo.

REAÇÃO O enterro da menina Masego Kgomo, em 16 de janeiro, contou com a presença da ministra da Mulher, Noluthando Mayende-Sibiya, da vice-ministra do Desenvolvimento Econômico, Gwen Mahlangu Nkabinde, do secretário da Província de Gauteng para a Segurança da Comunidade, Khabisi Mosunkutu, e da prefeita da cidade de Tshwane, Gwen Ramokgopa.
No cemitério Zandfontein, logo depois do popular Solly Moholo cantar uma canção gospel, seguida de hinos religiosos entoados pelo coral da escola onde Masego estudava, o secretário Mosunkutu repreendeu a comunidade. "Por que as pessoas que viram a menina gritar não fizeram nada?", perguntou ele. "Como é possível que o dono do bar aonde os agressores levaram uma menina de 10 anos não tenha percebido nada de errado?"
A mudança veio quando Mosunkutu condenou os assassinatos relacionados ao curandeirismo: "Tem gente se escondendo atrás da nossa cultura para perpetrar atos criminosos. Precisamos deixar claro que a nossa cultura não tem nada a ver com pedaços de corpos humanos para rituais 'muti'", disse ele, referindo-se a "trabalhos" religiosos. "Isso não passa de criminalidade."
Corando, a prefeita de Tshwane, Gwen Ramokgopa, disse que é necessária a colaboração dos curandeiros tradicionais "corretos", para que sejam extirpados aqueles que cometem crimes em nome dos rituais "muti".
Não faltam tentativas canhestras de resolver o problema, como a campanha oficial "Masturbe-se, Não Estupre!", lançada em 2007, ou a "camisinha antiestupro", curioso invento da médica Sonnet Ehlers. O apetrecho é dotado de pequenas lâminas que supostamente ferem o agressor e inviabilizam a conclusão do ato - embora sua eficácia ainda esteja longe de ter sido comprovada.
O que está claro é que há uma reação institucional. Em junho de 2009, Mayende-Sibiya fez questão de levar sua solidariedade à família de Nadine Jantjies, menina de 7 anos que foi violentada e morta pelo tio, Manfred Swartz, que confessou o crime.
Na ocasião, a ministra Mayende-Sibiya disse: "Trago a mensagem de que este governo não tolerará mais crimes de violência sexual. E que trabalharemos para que a Justiça se faça da forma mais rápida possível."

"Um relatório publicado pela ONU em 2002, com dados de 50 países, confere à África do Sul o vergonhoso título de campeão mundial de estupros. Logo depois vêm Canadá, EUA, Nova Zelândia e Suécia"


Da Folha de São Paulo de 27/06/10

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Texto do José Geraldo / Espancamento

Na última quarta- feira, dia 16 de junho de 2010, uma criança de apenas 8 (oitos) anos foi espancada pelo padrasto Salvaterra, cidade da ilha de Marajó, no Pará.

A criança só não sofreu mais agressão porque os vizinhos denunciaram no quartel da policia ...
Depois foram até o conselho tutelar e eles disseram que nada podiam fazer.
Já o delegado de polícia falou que aquilo que o padrasto cometeu foi apenas uma correção na crianças.
Mas os vizinhos acham um absurdo pois ficaram marcas evidentes que a criança foi mesmo espancada.
A quem recorrer neste caso já que as autoridade locais nada fazem?
Não podemos deixar que aconteça algo pior!


.POR FAVOR, participem das denúncias que estão nas comunidades de SALVATERRA e na cmn COTNRA VIOLÊNCIA À CRIANÇA.


.Os links das denúncias são estes:


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=1417483&tid=5484350431565515831


.


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=547191&tid=5486285997751211993&na=4


.


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=2477859&tid=5486284709261023193&start=1

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O Preconceito / Miriã Soares

Preconceito "racial"/étnico - Porquê?



O teu cristo é judeu,


Tua máquina é japonesa,


Tua pizza é italiana,


Tua democracia é grega,


Teu café é brasileiro,


Teus números são árabes,


Tuas feições são latinas (...)


e tu chama o teu vizinho de estrangeiro


(Carlo Giuliani)


É um absurdo em pleno século XXI, ainda se debater racismo, ter campanha de concientização... Ninguém pode ser julgado por suas origens, porque não é a cor de uma pele e outros fatores externos que define a inteligência, o caráter ou os sentimentos de determinadas pessoas. O que mostra realmente quem é alguém, são as atitudes, o comportamento, a personalidade, e não as características físicas.
As pessoas sabem sim quem é negro e quem é branco. Só se esquecem quando é hora de usufruir dos mesmos direitos. (Maria Aparecida Silva Bento, diretora do CEERT)
"O preconceito é o filho da ignorância. " ( William Hazlitt )
"Não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris".(Ulisses Tavares).
" Tristes tempos os nossos! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"(Albert Einstein).
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra".(Bob Marley).


RACISMO:É a crença na inferioridade nata dos membros de determinados grupos étnicos e raciais. Os racistas acreditam que a inteligência, a engenhosidade, a moralidade e outros traços valorizados são determinados biologicamente e, portanto, não podem ser mudados. O racismo leva ao pensamento ou/ou:ou você é um de nós ou é um deles.
Todo racista e preconceituoso é fraco de espírito tentando enfraquecer os mais fortes para que se tornem fracos iguais a eles. A maior parte dos racistas desconhecem sua formação genética, não conhecem a origem do próprio avô...
Somos todos da RAÇA HUMANA (Pelo dicionário, raça quer dizer origem,geração,ESPÉCIE.) e nossas almas tem uma cor universal, assim como o nosso sangue.
As pessoas de coração impuro que não acreditam na paz, na irmandade e no amor caem na desgraça de ver que uma ou outra etnia é a errada e deve ser caçada.
Preconceito é até mais cultural do que apenas a cor da pele (preconceito quer dizer conceito formado antecipadamente sem fundamento sério,PREJUÍZO, ERRO)... afinal, quantos povos na Europa têm preconceito um pelo outro, mas o fenótipo deles é idêntico?
E o preconceito com argentinos, japoneses, paraguaios, nativos, portugueses, norte-americanos, ciganos, judeus, árabes, etc? Vamos trabalhar em nós mesmo os nossos preconceitos!
Como não podemos mudar nosso passado, vamos tomar algumas atitudes para mudar o presente e o futuro. Evitemos atitudes, frases, piadas:

você foi assaltado por um negro... acha que todo negro é assaltante;


um árabe fez um atentado terrorista... todo árabe é terrorista;


" Das brancas quero sexo, dos brancos o dinheiro"[Mano Brown]


"cabelo ruim" ser sinônimo de cabelo crespo;


pensar que todo norte americano é igual ao Bush e todo alemão é igual ao Hitler;


“Preto de alma branca”. Desde quando alma tem cor?


“A coisa ficou preta”. Dá-se a entender de que tudo referente à cor preta é ruim.


“Que judiaria!” Vocês sabiam que este termo deriva da palavra judeu? Se deve à época da II Guerra.


''todo judeu é rico e pão duro"


''negro com sucesso só se for pagodeiro ou jogador de futebol''


''cuidado quando for negociar com um árabe''


"baiano é preguiçoso"


''tinha que ser argentino''


''todo nordestino é burro''


"tudo de ruim vem de Minas Gerais"


... e outras coisas que omitirei por que incitam a ira e indignação, e extrapolam todos limites da decência.


Preconceito: O mal do mundo? Ja foi vitima disso? Ja presenciou? Porque ele existe? E quais medidas você toma perante a esse problema?






http://mdiversidades.blogspot.com/2008/12/preconceito-racialtnico-porqu.html

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bulling

Já ouvimos muitas matérias de balas perdidas. Depois foram sobre desastres naturais. Logo após, sobre a violência sexual e pedofilia. E, agora, chegou a vez do bulling.
Bulling, nada menos que uma provocação, aquela coisa de colocar apelidos, de pegar o ponto fraco da pessoa, como sotaque, um defeito, um gosto, preferência por um time ou uma crença.
Antigamente nâo passava de "tiração de sarro", apelidos e, no máximo, humilhações. Hoje em dia virou um tipo de violência, um tipo de constrangimento, onde predominam as humilhações, violência física, psicológica e, até, a morte.
Nem sempre o assassino é quem pratica o bulling. Na maiora das vezes não é o agressor, e sim, a vítima.
O constrangimento violento faz a vítima acumular tanta raiva e mágoa, que ela não mede as consequências dos seus atos.
Posso citar alguns dos casos:
1. Meu marido, português, chegou ao Brasil com 12 anos e foi estudar num colégio eletista de Sâo Paulo. Desde início, por causa do sotaque, foi vítima de piadas, principalmente praticadas por dois colegas judeus. Como sempre foi paciente, aguentou ao máximo as humilhações, até que não deu mais. Resolveu o problema chegando nos dois, ficando em posição de sentido e proferindo a seguinte frase: " Hei Hitler!". Após esse episódio, foi finalmente deixado em paz. Fez isso por estar sob forte pressão psicológica, pois normalmente jamais teria discriminado alguém.
2. Eu, por vir de um país socialista / comunista, fui vítima durante quatro anos de uma professora de educação física, que dizia que odiava os comunistas. Ela era uma pessoa tão ignorante e era tão agressiva que, juntamente com o problema que eu tinha de conviver no meu dia a dia, precisei aguentar mais esse tipo de violência e discriminação, já que os meus pais não fizeram nada. Quase repeti por faltas na matéria...
3. Eu e o meu marido somos voluntários de um colégio estadual do bairro. Um dia chegando ao mesmo, deparamos com uma menina, alta e robusta, sangrando na cabeça. O agressor, por incrível que pareça, era um menino baixo e magro, que no ato de provocação sentiu tanta raiva, que conseguiu ser o mais forte e machucá-la, jogando uma carteira na cabeça dela. Os dois foram para o Conselho Tutelar. Por sorte, o menino não matou a colega, fato que poderia ter acontecido se tivesse pego no lugar mais sensível da cabeça.
4. Em maio, na cidade de Belo Horizonte, os pais de um menino foram obrigados pelo juiz a pagar oito mil reais ao colega do filho, que foi vítima de bulling praticado por esse menino.

Fora os outros casos, infelizmente com finais trágicos, que os jornais mostram quase que diariamente. Mas, se pararmos para pensar, por que há tantos assassinatos nos Estados Unidos? São as vítimas de bulling, que acumulam a raiva, o rancor durante anos, até extravasar tudo numa rajada de metralhadora.
Os pais precisam orientar sempre os filhos contra o preconceito, que é o grande causador desse mal. Mostrar que as diferenças existem, que é preciso aceitá-las e conviver normalmente com elas no dia a dia. Afinal, todos nós temos os nossos defeitos, os nossos gostos e desgostos.






Abraço

Dá um abraço?


De repente ,
deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço,
de proximidade ...
de amizade, sei lá !
Talvez um aconchego amigo e meigo,
que enfatize a vida e amenize as dores ...
que fale sobre os amores,
seja afetuoso e ao mesmo tempo forte ...

Deu vontade ,
de poder ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo
e preencha todo o espaço.
Mas que faça lembrar do carinho,
que surge devagarinho,
na magia da união dos corpos,
das auras,
sei lá!

Lembrar do calor das mãos,
acariciando as costas,
a dizerem : - Estou aqui !
Lembrar do enlaçar dos braços,
envolventes e seguros,
afirmando : - Estou com você !
Lembrar da transfusão de força,
ou até da suavidade do momento,
sei lá.

Então, pensei em como chamar esse abraço:
abraço poesia,
abraço força,
abraço união,
abraço suavidade,
abraço consolo e compreensão,
abraço segurança e justiça,
abraço verdade,
abraço cumplicidade ?

Mas o que importa é a magia desse abraço,
a fusão de energias que harmoniza,
integra o todo e se traduz no cosmos,
no tempo e no espaço...

Só sei que agora ,
deu vontade desse abraço.
Um abraço que desate os nós,
transformando-os em envolventes laços ...
Que sirva de "colo",
afastando toda e qualquer angústia...
Que desperte a lágrima de alegria e acalme o coração...

Um abraço que traduza a amizade,
o amor
e a emoção.
E para um abraço assim,
só consegui pensar em você .
Nessa sua energia,
nessa sua sensibilidade,
que sabe entender o porque
dessa minha vontade.

Pois então:

Dá logo esse abraço !!!

Autor Desconhecido

sábado, 12 de junho de 2010

Incesto é 'comum' e não é denunciado

Incesto é 'comum' e não é denunciado, dizem especialistas

G1 ouviu estudiosos sobre caso de jovem que teve 7 filhos do pai no MA.
Somente isolamento e falta de condições sociais não levam ao incesto.

Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo
Pescador é chamado de avó pelos 'filhos-netos' em PiedadePescador teve sete filhos com a própria filha
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do Maranhão)

Isolamento, falta de acesso à educação e condições sociais precárias. A soma de todos esses fatores poderia explicar o caso do pescador que teve sete filhos com a própria filha no povoado de Extremo, em Pinheiro (MA). No entanto, especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que tudo isso não justifica o abuso, mas colabora para que ele ocorra. Eles chegam a afirmar que em algumas regiões do interior do Brasil é um costume os homens iniciarem sexualmente as filhas.
O psiquiatra José Raimundo da Silva Lippi, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP), explica que somente o isolamento não leva a uma conduta incestuosa, mas a falta de contato com a sociedade colaborou para o incesto.
“Dentro de cada pai incestuoso, existe algo não resolvido, que o faz buscar a solução para seu desejo sexual com uma criança ou o próprio filho. Ele age ainda como uma pessoa primitiva em termos de desenvolvimento afetivo”, afirmou.
Dentro de cada pai incestuoso existe algo não resolvido, que o faz buscar a solução para seu desejo sexual com uma criança ou o próprio filho"
José Raimundo da Silva Lippi, psiquiatra
De acordo com o médico, o incesto não é uma questão biológica, mas psicológica e predominantemente cultural. Ele ressalta que há semelhanças entre o pescador brasileiro e o engenheiro austríaco, que também abusou e teve filhos com a filha, que era mantida em cárcere privado, apesar do nível socioeconômico dos dois ser bem diferente. O caso do austríaco veio à tona em abril de 2008.
“Todos nascemos instintivos, mas conforme vamos nos desenvolvendo, criamos estruturas que nos permitem interromper pensamentos que ocorrem. Não é proibido um pai ter desejo ao ver uma filha, mas o pai com desenvolvimento afetivo adequado tira o pensamento da cabeça e não concretiza o ato. Já o pai instintivo vê a filha como objeto sexual e não tem essa lei interior que o ajuda a conter esses impulsos. O lugar ermo pode ter dificultado o mecanismo de contenção interior, então ele se sentiu mais livre para isso, sem regras sociais que o impedissem”, disse.

Pescador teve sete filhos com filha de 28 anos mantida em cárcere privado
Casa onde pescador vivia tem dois cômodos e fica afastada do Centro de Pinheiro (Foto:
Divulgação/Polícia Civil do Maranhão)

A cientista social Sandra Nascimento, pesquisadora do programa de Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), destaca que o pescador falou com naturalidade sobre o incesto após a prisão. “O fato de ele viver isolado, sem controle, contribuiu para o que aconteceu. Até pelas condições de miséria em que vivia, ele não tem dimensão social do horror que causou com o incesto. Talvez, ele tenha considerado que é algo natural para todos os homens, que desejam e têm as mulheres”, explicou.
Sandra também vê aspectos semelhantes entre os casos do Brasil e da Áustria. “Tanto no caso da Áustria quanto no brasileiro, há uma relação de poder muito forte. Existe a questão de querer dominar a filha, que é vista como propriedade. Eles quiseram possuir as meninas e subjugá-las aos seus domínios. Nós nos horrorizamos, porque, pelas normas, pai é proteção”, disse.
Existe a questão de querer dominar a filha, que é vista como propriedade"
Sandra Nascimento, cientista social
O antropólogo José Rogério Lopes, professor do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), concorda que o isolamento não é uma explicação. “Em quase todas as culturas é proibido ter relação dentro de um grupo íntimo de parentesco. Isso é importante, inclusive, para forçar as pessoas a buscar alternativas e constituir outras relações que ampliam o núcleo de convivência. O indivíduo não nasceu no isolamento, portanto, ele já tinha conhecimento dessa proibição, que foi estabelecida antes.”
De acordo com o antropólogo, o incesto não é aceito na maioria das culturas. “Os casos não são legitimados e, quando ocorrem, os indivíduos são penalizados. Agora, existem relatos de homens que não têm possibilidade de buscar uma companheira para estabelecer uma relação conjugal que seja fora da própria família. Isso faz com que, muitas vezes, sujeitos pratiquem atos incestuosos”, disse.
Em quase todas as culturas é proibido ter relação dentro de um grupo íntimo de parentesco"
José Rogério Lopes, antropólogo
Casos ocorrem com frequência
De acordo com Lippi, em algumas regiões do interior do Brasil, é um costume os homens iniciarem sexualmente as filhas. “Existe a idéia de que o pai sabe mais sobre as coisas do mundo. Em determinada região do Tocantins, por exemplo, há relatos de meninas que passam por isso, porque é algo visto como ‘obrigação de pai’.”

O médico conta que assim surgiram os filhos dos botos, que seriam, na verdade, fruto do relacionamento incestuoso entre pais e filhas. “Criou-se uma lenda para tirar a culpa dos pais e justificar a gravidez das jovens. Então, surgiu a história de que as crianças são filhas de um boto”, diz.
Sandra também relata que esse tipo de caso é comum no interior do Maranhão. “Pais dizem que eles vão ter as filhas primeiro, porque elas não serão de outro homem sem ser primeiro deles. É uma dominação de gênero. O homem quer ter a posse da mulher. A vítima se sente ameaçada e, ao mesmo tempo, não consegue reagir contra o próprio pai. Acontece muito, mas é algo que tem pouca visibilidade.”
Criou-se uma lenda para tirar a culpa dos pais e justificar a gravidez das jovens. Então, surgiu a história de que as crianças são filhas de um boto"
José Raimundo da Silva Lippi, psiquiatra
Lopes lembra que essas atitudes também são comuns na Região Amazônica. “É possível encontrar, entre a população ribeirinha, famílias em que os pais iniciam sexualmente as filhas. Não constituem família ou chegam a ter filhos com elas, mas ocorre a relação sexual”, diz.
Denúncias
O psiquiatra acredita que, quando situações como essa são descobertas, a população tem um incentivo maior para denunciar casos de abuso. “A tendência é que a comunidade não permita mais. Se isso chega à comunidade como algo proibido, então a cultura do local pode mudar”, diz.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Hoje, dia 07, faz exatamente um ano da minha "libertação". Foi quando eu participei de uma terapia em grupo e coloquei para fora toda a minha história, mágoa, medos, insegurança... Compartilhei o choro, o desespero, o pavor e o horror que havia vivido. Hoje, ainda estou me recuperando, mas muito mais forte. Hoje comemoro o fato de me valorizar mais como pessoa e como mulher. Abraços.
Essas são três mensagens que recebi, entre tantas outras (muitas...). Não dá para postar todas, mas agradeço do fundo do meu coração pela força, pelo carinho e pelo incentivo. Esse reconhecimento é mais poderoso que a luta em si, pois faz a gente ir em frente, não desistir... Muito obrigada a todos.

Marcello:

Não abandone a leveza dos seus gestos,
nem a suavidade de suas palavras.
Não deixe de colher rosas por medo dos espinhos,
nem de se emocionar ao receber um carinho.
Siga seu próprio modelo:
Simples como a natureza,doce como mel.
Acaricie os pensamentos de quem lembrar de você,
e adoce os lábios de quem pronunciar o seu nome.
E que o vento possa levar-lhe uma voz,
que diz que há um Anjo em algum lugar do Mundo
desejando que você esteja bem e feliz"
Que sua vida seja calma,
tranqüila e serena.
Que suas esperanças estejam
totalmente revigoradas,
prontas para um novo sonho!.
Que sua semana e
toda sua vida seja sempre:
Claro como a Luz do Sol
Brilhante como as estrelas
Livre como as borboletas
Especial como o Amor
Sereno e tranqüilo como
quem tem fé
Alegre e sincero como o
sorriso espontâneo de uma
criança.
Perfeito como a Natureza
Cheio de muita Luz.
 
 
Quem Me Robou...
 
Olá querida!!! Parabéns pela sua luta, e que seja grande o seu novo recomeço, porque a palavra para nós que passamos por isso tudo, e ninguém jamais nos ajudar e somente julgar é o recomeço de uma vida melhor e principalmente de nos valorizarmos como humano e mais ainda como mulher, não importa o que aconteceu o que importa é que jamais vão nos derrubar porque sempre existirá o recomeço, e somo forte o suficiente para isso.... Seja bem-vinda ao novo mundo... beijos
ps. Sua história é igual a minha...
 
 
Andre:
 
Se a felicidade já foi possível para você um dia,então, ser feliz agora também o é.Se a felicidade vai ser possível no futuro,também é possível ser feliz agora.Seja feliz com a pessoa que você é hoje.Não, você ainda não é quem gostaria de ser.Mesmo assim você tem todas as chances de setornar a pessoa que quer ser.Você gostaria de perder a aventura de alcançartodo seu potencial?Claro que não!Seja feliz por ter ainda muito a conquistar,pois é nesse processo que se experimenta a riqueza da vida.Se você ainda não tem certeza de qual caminhosua vida deve seguir,fique feliz por ter tantas possibilidades edivirta-se explorando-as.Se você está cheio de problemas e responsabilidades,fique feliz por ter a possibilidade de fazer diferente efortaleça-se ultrapassando os obstáculos.Nada pode impedir você de ser feliz.Ninguém pode afastar você da felicidade a não ser você mesmo.Seja feliz agora mesmo.

domingo, 6 de junho de 2010

Sexo e batina

Padres precisam casar; não é justo deixá-los passar a vida em abstinência. Mas como seria para um padre começar?

Pelo que os fatos têm demonstrado, a pedofilia é doença, e doença incurável. Não adianta achar que a solução é ser tratado por psicólogos. É totalmente irreal imaginar que em um país como o nosso, onde as prisões são jaulas tenebrosas e superpopulosas, um pedófilo vai ser "tratado" e se curar; tanto quanto é delírio pensar em monitorar os presos que saem para passar o Natal com a família, fazendo com que eles usem a pulseirinha que permite o seu rastreamento. Prepare-se: a licitação seria dispensada, as pulseirinhas custariam uma fortuna e pouco tempo depois estariam à venda nos camelôs da cidade, com o manual de instruções ensinando a como driblar a polícia.
Os padres têm sido muito acusados de pedofilia, ultimamente, mas pense um pouco: jogar num seminário um garoto de 16, 17 anos, com os hormônios explodindo, e pretender que ele se mantenha casto para o resto da vida -não, isso não pode dar certo. É contra a natureza, e como é mais difícil para os padres seduzir mulheres, já que não convivem com elas, acaba sobrando para os garotos. Um belo dia, muito tempo depois, um deles resolve contar o que aconteceu na penumbra de uma sacristia e vira um escândalo. E os casos de que nunca vamos saber, que devem ser milhares?
Os padres precisam casar; não é justo deixá-los passar a vida em abstinência. Mas como seria para um padre começar um namoro? Convida para um chopinho, leva a garota para dançar? E motel depois, pode?
Eu conheço uma moça que namorou um padre; tudo começou por telefone, e ela gostou tanto, mas tanto, que dizia, para quem quisesse ouvir, que nada como um padre que tivesse guardado a castidade durante anos para acalmar as tensões, digamos assim, de uma mulher solitária.
A única coisa que ela não me disse (e eu esqueci de perguntar) é se ele usava batina.

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Texto de Danuza Leão na Folha de São Paulo de 06/06/10

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Depende de Você / Marcelo Svoboda

" Depende de Você ""A paz que você reclama e tenta encontrar...depende de você.A compreensão que você reivindica a cada passo...depende de você. A bondade que você admira nas pessoas...e sonha possuir...depende de você.O diálogo, base de toda convivência...depende de você.A abertura que é o caminho para a renovação...depende de você.A realização que você julga essencial...depende de você.O amor que você quer encontrar no outro...depende de você.Pondere:Queixar-se ou produzir, atrapalhar ou servir,desprezar ou valorizar, revoltar-se ou colaborar,adoecer ou curar-se, rebaixar-se ou abrir-se, estacionar ou progredir é uma questão de escolha.""Depende de você".

Dica de Livro

A NATUREZA PEDE SOCORRO

PAULO ROBERTO ALVES DE CASTRO

O livro apresenta ideias e propostas para conter a destruição desenfreada da natureza e tambem os conflitos sociais os quais parecem não ter fim.
Quem quiser adquirir o mesmo, é só mandar um recado para mim ou para o Paulo. Obrigada.