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terça-feira, 24 de setembro de 2013

FORTE...DEPRIMENTE...PORÉM REAL.

Os monstros da minha casa: Desenhos de crianças retratando o abuso que sofreram

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Esses são os desenhos da exibição bizarra e comovente "os monstros da minha casa" que aconteceu em Outubro de 2010, na Espanha. Várias crianças que sofreram abusos sexuais fizeram esses desenhos acompanhados por especialistas, que interpretaram as imagens.

Andreu, 8 anos
Foi abusado pelo padrasto desde os 4 anos. No desenho ele representa ele mesmo em pânico, e dá atenção especial ao zíper da sua calça e os botões de sua camisa, que pra ele representam um símbolo de quando os atos sexuais iriam começar.

Fernando, 13 anos.
Ele foi abusado pelo seu pai desde cedo, e agora mora com a mãe, que conseguiu fazer ele se recuperar bem. Ele desenhou o pai como um demônio em um bar, bebendo cerveja e jogando em caça-níqueis. Os riscos saindo do demônio representam o cheiro de álcool. Fernando sente raiva quando mencionam o pai perto dele.

Elena, 6 anos.
Elena sofreu abusos sexuais do seu pai. Agora ela vive com a vó. No desenho, ela coloca sua avó e sua mãe bem grandes. Ela se sente protegida perto das duas. Ela também representa o seu pai transando com ela, bem pequeno, em cima das letras.

Miriam, 9 anos
Sofreu abuso psicológico. Sua mãe chegou na Espanha com 15 anos de idade e grávida dela. Ela era uma minoria racial por lá, e ela sofreu abusos dos colegas de classe por conta de sua etnia. Ela é a menor pessoa do desenho, que está envolvida com alguma coisa, representando sua solidão. No canto ela tinha escrito "me sinto sozinha" mas apagou porque tem vergonha disso.

David, 8 anos
Ele sofreu abuso sexual. No desenho, ele destaca os olhos e o pênis do agressor. Ele escreve também "marica" e "chupa-rolas". O agressor falava isso enquanto o estuprava.

Isabel, 8 anos
Foi abusada sexualmente pelo pai. No desenho ela retrata o momento do abuso. O pai colocou ela em uma cadeira pra penetrá-la por trás. Na parte superior da imagem, ela retrata o irmão mais novo dela, que ficou vendo tudo acontecer pela porta.

Joan, 8 anos.
No desenho ele coloca o cara que estupro ele numa gaiola, fechada com um cadeado, e a chave (no canto superior direito) protegida por espinhos, pra ninguém conseguir pegar.

Marina, 5 anos.
Era abusada pelo pai, que também obrigava ela a assistir filmes pornô. No desenho, ela retrata um dos filmes que ela assistiu. Ela disse ao especialista que nesses filmes as pessoas "ficavam peladas e faziam coisa feia".

Ester, 9 anos
Ela desenhou a posição que tinha que ficar quando o seu pai abusava dela.

Toni, 6 anos
O especialista pediu pra ele desenhar o cara que abusou dele. Ele disse "é um monstro". Destacou o pênis ejaculando.

Andrea, 10 anos
Representou como eram os abusos, onde ela tinha que tocar o pênis do cara, e ele tocava a vagina dela. Ela ficou com vergonha de responder as questões do psiquiatra, e aceitou escrever as respostas no desenho, por isso os "sims" e o não.

Victor, 7 anos
Ele era obrigado, aos 4 anos de idade, a fazer sexo oral no seu pai. A linha que sai da boca dele e vai até o pênis do pai representa a sua língua.

domingo, 22 de setembro de 2013

UM POUCO SOBRE A DEPRESSÃO / Psiconlinebrasil

A depressão é, atualmente, uma das doenças mais incapacitantes e que mais afasta os funcionários do trabalho.

Há alguns anos já é considerada como doença, pois além de seus sintomas característicos, ainda ocasiona efeitos colaterais bastante sérios tanto do ponto de vista médico como social.

A Depressão já atinge pessoas no mundo todo. Já existem estudos que comprovam a existência entre crianças, adolescentes e idosos.

Dentre os principais sintomas estão:
* Apatia intensa;
* Desinteresse por coisas banais e rotineiras;
* Cansaço inexplicável;
* Alterações no sono (insônia ou sono intenso);
* Alterações de apetite e peso;
* Dores diversas e sem relação nenhuma (dor de barriga, dor de cabeça, dores musculares, etc);
* Diminuição da libido.

Demora para que a pessoa assuma que precisa de ajuda pois normalmente não entende de onde vem os sintomas, podem pensar que são pontuais e passageiros, até perceber que se tratam de sintomas da depressão. O incomodo causado é tão grande que a pessoa passa a se afastar do convívio com os demais. Primeiro para evitar a exposição, evitar demonstrar seus sintomas e suas fraquezas, segundo pelo próprio desinteresse que se instala, fazendo com que passe a não se interessar mais pelas pessoas, pelos relacionamentos com amigos e familiares. É como um ciclo alternando momentos bons e ruins, por isso a pessoa que é acometida pela doença não entende os sintomas.

O pior impacto talvez seja na vida profissional. O stress no ambiente de trabalho intensifica os sintomas já instalados da Depressão e gera novos desconfortos, tais como:

* Sensação de incompetência generalizada e inutilidade;
* Baixa autoestima;
* Baixa produtividade;
* Desmotivação;
* Insegurança e indecisão;
* Dificuldade de concentração e raciocínio mais lento;
* Esquecimentos constantes;
* Pensamentos negativos;
* Culpa sem sentido;
* Sensação de fracasso;
* Desejo de morte e, muitas vezes suicídio.

A partir do momento que a pessoa assume que está doente, o próximo passo é buscar o tratamento adequado. Atualmente, há diversas formas de tratar a Depressão, dentre elas o tratamento medicamentoso e psicoterápico, alguns já falam também sobre métodos alternativos e tudo isso em conjunto com a prática de exercícios físicos. Uma forma não anula a outra. A pessoa que se compromete e se dedica ao seu tratamento, consegue resultados mais efetivos e rápidos. Inclusive a participação da família é imprescindível nesse processo de cura. É o momento de se fazer presente e ajudar a pessoa a se reerguer.

O principal é que a pessoa mantenha sua força de vontade para sair desse quadro tão comum no mundo atual.


Foto

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DISQUE 100 / FILHAS DO SILÊNCIO












OMISSÃO É CRIME...DISQUE 100!!




O abuso sexual de menores corresponde a qualquer ato sexual abusivo praticado contra uma criança ou adolescente. É uma forma de abuso infantil. Embora geralmente o abusador seja uma pessoa adulta, pode acontecer também de um adolescente abusar sexualmente de uma criança.




QUEM CALA...CONSENTE. DENUNCIE SEMPRE. DISQUE 100.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Combater o tabu para evitar o suicídio / HUMBERTO CORRÊA

Investir em estudos sobre o suicídio nos permitirá melhor compreendê-lo e preveni-lo. Lutar contra esse estigma salvará muitas vidas 
O suicídio é um tabu social, mas é também um problema de saúde pública --em escala global. 

Um milhão de pessoas se suicidam a cada ano em todo o mundo, o que representa uma morte a cada 1 minuto e 9 segundos. No Brasil, calcula-se que sejam pelo menos 9.000 óbitos por ano, 25 por dia --um número certamente subestimado. 

No nosso país, tivemos um aumento de 30% da mortalidade por suicídio entre jovens, principalmente homens, nas últimas duas décadas. São milhares de brasileiros que perdemos todos os anos. Mas muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas. 

Todos nós conhecemos alguém próximo que morreu por suicídio, ou fez uma tentativa grave. A despeito disso, não falamos no assunto, ou o fazemos à boca pequena. 

É um assunto proibido. Não temos grande cobertura por parte da mídia, que, na maioria dos casos, acredita, erroneamente, que abordar o assunto incentivaria suicídios. 

Não existem campanhas de saúde pública para tratar o tema. Nosso país, ao contrário de outros, ainda não tirou do papel sua estratégia nacional de prevenção ao suicídio. 

Quando um assunto é tabu, não o discutimos abertamente, não estudamos, não pesquisamos. Jogamos para debaixo do tapete. 

De onde surgiu esse estigma, esse tabu? O suicídio existe desde que existe o ser humano. Temos relatos de suicídios nas mais antigas e variadas culturas. Na nossa cultura, ocidental cristã, o suicídio se transformou pouco a pouco em uma questão problemática. 

Santo Agostinho, ao ser nomeado bispo de Hippo, foi confrontado com a igreja donástica, um movimento depois considerado herético que venerava como santas as pessoas que se jogavam de alturas para atingir o céu. 

Para enfrentá-los, santo Agostinho, no "Cidade de Deus", vai dar nova abordagem ao sexto mandamento --"não matarás"-- com uma especificação: "Nem a outro nem a si próprio". Essa visão ganha força, e o suicídio se transforma não apenas em pecado, mas no pior dos pecados, a grande sina. 

Por exemplo, o suicida não teria direito às honras fúnebres, não poderia ser enterrado em cemitério cristão. Quem tentasse suicídio seria excomungado. Essa visão impregnou corações e mentes. 

Nos vários Estados nacionais que vão surgindo na Europa, os códigos penais previam punição ao suicida --por exemplo, pelo confisco dos bens, ou esquartejando o corpo do suicida. Quem tentasse suicídio poderia ser preso e, paradoxalmente, até condenado à morte. 

Hoje, a maioria dos Estados não criminaliza mais o suicídio, embora alguns poucos, infelizmente, ainda o façam. 

Sabemos hoje que praticamente 100% dos suicidas têm um transtorno psiquiátrico que muitas vezes não fora, entretanto, diagnosticado ou corretamente tratado. O sofrimento causado pela doença psiquiátrica e outros fatores podem levar a pessoa a pensar em se matar. 

Identificar rapidamente pessoas com transtornos psiquiátricos, principalmente depressão, pessoas que falam em se matar, e sugerir a elas um tratamento adequado, o mais rapidamente possível, é algo que todos podemos fazer. Pressionar o poder público para estabelecer campanhas e estratégias de prevenção, com segmento de todas as pessoas que fizerem tentativas graves de suicídio, todos nós devemos fazer. Investir em mais estudos e pesquisas sobre o tema nos permitirá melhor compreendê-lo e prevenir o ato. 

Discutir o assunto à luz do dia é nossa obrigação. Lutar contra esse estigma, contra esse tabu, salvará muitas vidas. 

Daí a importância de se instituir, a partir deste ano, a data 10 de setembro como dia mundial de prevenção ao suicídio, o que foi feito muito acertadamente pela Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (Iasp) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). 
HUMBERTO CORRÊA, 45, é presidente da Comissão de Estudos e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria e representante no Brasil da Associação Internacional de Prevenção do Suicídio 


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/128310-combater-o-tabu-para-evitar-o-suicidio.shtml

SEJA VOLUNTÁRIO OU INVOLUNTÁRIO...BYA




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Criança de 8 anos é forçada a se casar com homem de 40 e morre com hemorragia interna na noite de núpcias / Fonte: Daily Mail

ISSO JÁ NÃO É MAIS QUESTÃO CULTURAL E, SIM, UMA BARBÁRIE IMENSA E FALTA DE RESPEITO TOTAL COM A INFÂNCIA...BYA.


Prática é comum na região do Iêmen – Ativistas pedem a prisão do noivo.


Uma criança de oito anos de idade morreu com hemorragia interna durante sua noite de núpcias depois de ser forçada a se casar com um homem de 40 anos. A garota, identificada apenas como Rawan, morreu na região tribal de Hardh, no noroeste do Iêmen (fronteira com a Arábia Saudita).

Ativistas estão acusando o noivo, pedindo para que a Justiça tome providências sobre o caso. Eles acreditam que a prisão ajudaria a acabar com esta prática que possibilita meninas muito novas se casarem com homens mais velhos na região.

A prática de casamento entre crianças e homens adultos é muito difundida no Iêmen e tem atraído a atenção de grupos de direitos humanos internacionais que buscam pressionar o governo para proibir este tipo de casamento.

Como a região é muito pobre, as famílias acabam cedendo a “noiva” em troca de milhares de dólares. Mais de 25% das mulheres da região se casam antes dos 15 anos, segundo relatório publicado em 2010 pelo Ministério de Assuntos Sociais.

Certa vez o Iêmen definiu a idade de 15 anos como mínima para o casamento, mas o Parlamento anulou essa lei na década de 1990, dizendo que os pais deveriam decidir quando a filha poderia se casar.

Leia mais em: http://www.techmestre.com/crianca-de-8-anos-e-forcada-a-se-casar-com-homem-de-40-e-morre-com-hemorragia-interna-na-noite-de-nupcias.html#ixzz2eUXeSCmz

Criança de 8 anos é forçada a se casar com homem de 40 e morre com hemorragia interna na noite de núpcias

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PSICOPATAS: Síndrome do Narciso Maligno Narcisismo Maligno / Ana Maria Bruni

Muitas vezes é extremamente difícil fazer o diagnóstico da psicopatia, quando a situação clínica não está claramente definida. Por isso Otto Kernberg faz um diagnóstico diferencial entre três tipos de ocorrências anti-sociais:
1) A Síndrome do Narcisismo Maligno, representando o Psicopata cuja eventual causa da sociopatia seria fruto do meio e de elementos psicodinâmicos. Aqui a conduta anti-social tem origem no Narcisismo Maligno, há incapacidade em estabelecer relações que não sejam exploradoras, não existe capacidade de identificar valores morais, não existe capacidade de compromisso com os outros e não há sentimentos de culpa;

2) A Estrutura Anti-Social Propriamente Dita. Aqui o quadro é basiacamente o mesmo da anterior, ou seja, também se manifestam condutas anti-sociais mas não há o fenômeno do Narcisismo Maligno. Há também incapacidade de relações não exploradoras, incapacidade de identificação dos valores morais, incapacidade de compromisso com outros e incapacidade de sentimentos de culpa.

3) A Personalidade Narcisística com Conduta Anti-social. Além da conduta anti-social existe uma estrutura narcisística. Não há Narcisismo Maligno, há igualmente incapacidade de relações não exploradoras, incapacidade de identificar valores morais, incapacidade de compromisso com os outros, porém, existe capacidade de sentimento de culpa (Kernberg, 1988).

Principais Sintomas

1. - Encanto superficial e manipulação
Nem todos psicopatas são encantadores, mas é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência social.
Através do encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada. Talvez seja esse processo de coisificação a chave para compreendermos a absoluta falta de sentimentos do psicopata para com seus semelhantes ou para com os sentimentos de seu semelhante. Transformando seu semelhante numa coisa, ela deixa de ser seu semelhante.
O encanto, a sedução e a manipulação são fenômenos que se sucedem no psicopata. Partindo do princípio de que não se pode manipular alguém que não se deixe manipular, só será possível manipular alguém se esse alguém foi antes seduzido.

2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.
Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.
O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.
Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.
É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, à seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

3. - Ausência de Sentimentos Afetuosos
Desde criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou sensibilidade por nada e mantém-se normalmente indiferente aos sentimentos alheios.
Os laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista emocional.

4. - Amoralidade
Os psicopatas são portadores de grande insensibilidade moral, faltando-lhes totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.

5. - Impulsividade
Também por debilidade do Superego e por insensibilidade moral, o psicopata não tem freios eficientes à sua impulsividade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas, unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer brutalidades, crueldades e crimes.
Essa impulsividade reflete também um baixo limiar de tolerância às frustrações, refletindo-se na desproporção entre os estímulos e as respostas, ou seja, respondendo de forma exagerada diante de estímulos mínimos e triviais. Por outro lado, os defeitos de caráter costumam fazer com que o psicopata demonstre uma absoluta falta de reação frente a estímulos importantes.
6. - Incorregibilidade
Dificilmente ou nunca o psicopata aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da correção. Podem dissimular, como dissemos, durante algum tempo seu caráter torpe e anti-social, entretanto, na primeira oportunidade voltam à tona com as falcatruas de praxe.

7. - Falta de Adaptação Social
Já nos primeiros contatos sociais o psicopata, desde criança, manifesta uma certa crueldade e tendência a atividades delituosas. A adaptação social também fica comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo e egoísmo, características estas percebidas pelos demais e responsável pelas dificuldades de sociabilidade.Mesmo no meio familiar o psicopata tem dificuldades de adaptação. Durante o período escolar tornam-se detestáveis tanto pelos professores quanto pelos colegas, embora possam dissimular seu caráter sociopático durante algum tempo. Nos empregos a inconstância é a característica principal.


http://psicopatasss.blogspot.com.br/2009/06/sindrome-do-narciso-maligno.html




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Tempo / Thiago Sogayar Bechara

Os tempos já passados são utopia?

Este início de poema é teu presente
que, já passado, num segundo verso,
volta a ser futuro novamente,
caso haja a intenção de ser relido.

O futuro deste verso
já é de volta teu presente agora!
Mas não se torna início de poema novamente...

Há seu fim, que ainda é meu futuro,
e desconheço!

Tu, se já leste o poema, sabes!
Mas eu, que ainda o faço,
perco a noção do tempo!

Temo reler poemas, como voltar ao passado.
Por isso, estes meus versos são futuro,
mesmo já escritos!
São outros tempos.


Estamos expostos! / Mirian Giannella

EXPOSTOS AO RISCO
As consequências dos abusos na infância e o estresse pós-traumático
Milhares de crianças por todo o mundo são vítimas de incesto, de abusos físicos e sexuais e do tráfico para fins de exploração sexual. 
As conseqüências para as vítimas são desastrosas, afetando toda a vida desses sujeitos colocados em lugar de objetos passivos ao serviço deles. Sem saída senão a morte, obrigados a vender seu corpo por micharia, a se drogar para aceitar a degradação. Desvalorizados, desmoralizados, humilhados, destituídos da dignidade humana, escravizados, imobilizados, o que lhes dá lucro, portanto prazer. 
Há milênios eles usam de estratégias perversas para expropriar os irmãos de seus direitos inalienáveis, portanto, há ruptura de contrato social, dos códigos de ética por parte daqueles que deveriam nos proteger! Sociedade criminosa! Todos omissos confundindo a vítima com o criminoso, para a punição das vítimas. Esta é a estratégia deste jogo perverso em que eles sempre ganham contra indefesos. 
Estamos expostos ao risco, ameaçados de morte por quem deveria nos proteger! Não se tem a quem apelar?
Os sintomas do estresse pós-traumático
Tal ruptura intencional é que reitera o estado de estresse pós-traumático que captura a vítima indignada com a desmoralização constante e a recusa da aceitação dos fatos. Não há reparação? Depois dos abusos, o cinismo da sociedade, a omissão, a ignorância. Crianças como presas indefesas do tráfico de todo tipo. 
A vítima fica em estado de estupefação, fica siderada, com o trauma atuando no pano de fundo, o que causa dissociação, divisão da psique, paralisia, anestesia, alternando com fases maníacas, de excitação. Possível bipolaridade entre mania e depressão, gerada pela psicopatia ambiente.
O trauma fica se repetindo e toma a forma de sonhos, pesadelos, ansiedade, reações exageradas e até violentas em sua defesa e, às vezes, a necessidade compulsiva da evocação dos fatos traumáticos. 
Deve-se compreender que o dano fica pedindo reparação. 
Lembranças dolorosas retornam e aniquilam a auto-estima do sujeito, com depressão, idéias de suicídio, problemas na vida sexual com ausência de prazer denotam a interdição à vida causada pela ameaça de morte que o trauma significa. 
A criança que teve seu corpo violado, fica arrombada, aberta a novas agressões, expondo-se à situações de risco. A vítima fica com o agressor dentro dela, fica identificada com o agressor, o seu desejo se torna o desejo dele, fica dominada, presa na armadilha enquanto objeto passivo, não consegue se desvencilhar. O agressor age por ela, a boicota, a agride, a manipula. Ela fica constrangida em um corpo que não lhe pertence mais. 
Por isto, a vítima deve ser tratada e não deixada no abandono e negligência, todos se fazendo de surdos, destituindo-a da sua verdade, da verdade da sua história. A ferida pede tratamento para cicatrizar, o buraco deve ser cheio de amor e carinho para fechar. As artes são um bom caminho para a expressão das dores e feridas profundas, que significam sua morte em vida.
Um caminho para as vítimas
A vítima precisa se separar do agressor de qualquer forma, de todas as formas, separação tanto no simbólico, quanto no imaginário, como no real. As representações simbólicas fazem efeito de separação, colocam distância, assim escrever, desenhar e vivenciar através das terapias e teatro catártico são caminhos. 
É preciso ouvir e sancionar o que a vítima, muitas vezes, criança sem os elementos para compreender o vivido, relata do que sente. 
É preciso dizer à vítima que ela tem o direito de se defender, de dizer não, direito ao desejo e de escolher o seu projeto de futuro! A gente não nasce sabendo, mas tem uma noção, ainda não nomeada, e a realidade confunde. É preciso nomear os direitos. Precisa que a vítima comece a se defender e para isto basta ela saber que tem direitos! Aí começa a se separar a vítima do criminoso. 
A omissão de todos é muito grave
É de importância capital para a vítima que se nomeie o crime e o criminoso e que a interdição seja colocada sobre o ato.
A interdição que deveria recair sobre o ato imundo do abusador recai sobre todos os atos da vítima que fica com seu ser paralisado, fica ela interditada. Para a vítima existe sempre o antes e o depois do trauma. 
Ao denunciar, testemunhar, relatar a vítima se desinterdita e volta à vida, basta acompanhar e orientar, pois a sociedade é feita para encobrir a tirania, e é preciso vencer muitas barreiras da opressão ambiente. 
É preciso dizer que o ato foi imundo, indevido, que foi invasão de privacidade, desrespeito, que o abusador não tinha esse direito, que todos devem proteger os indefesos, que as relações devem ser consentidas e não com adolescentes e crianças, seres em desenvolvimento. 
Propiciar um lugar de sujeito ativo à vítima dando-lhe possibilidade de expressão e ouvindo-a, sancionar a sua verdade. 

Mirian Giannella é socióloga e psicanalista, coordenadora do
Observatório da Clínica
http://giannell.sites.uol.com.br/EGCdoB.htm
Blog Apoio às vítimas
http://apoioasvitimas.blogspot.com
Deixe seu testemunho!
apoioasvitimas@gmail.com

terça-feira, 3 de setembro de 2013

(Folha de S.Paulo) GAROTAS GAMERS RELATAM SER VÍTIMAS DE DISCRIMINAÇÃO SEXUAL / Anderson Leonardo

Ser mulher e consumidora de jogos eletrônicos não é tão simples como deveria ser. Insultos e ameaças movidos por discriminação sexual são comuns na vida de garotas gamers.

Para a designer de jogos Maíra Testa, 24, uma sociedade "machista" preserva a noção de que videogame é coisa de homem. "Eles ainda acham que não sabemos jogar, que não temos habilidade para isso."

O blog "Fat, Ugly or Slutty" (gorda, feia ou vagabunda, em tradução livre - http://fatuglyorslutty.com/) possui um registro extenso de ofensas sexistas reunidas por jogadoras pelo mundo. Os insultos vão de mensagens de texto pedindo-lhes para "retornarem à cozinha" a arquivos de áudio com conteúdo pornográfico e ameaças de morte e estupro.

Para escapar do assédio, algumas jogadoras evitam falar ao microfone durante uma partida on-line ou usar nomes de usuário que identifiquem seu gênero.

Denunciar os abusos para os administradores do jogo? "É muito difícil, porque normalmente também são caras que acham isso tudo normal", diz a jogadora Carolina Stary, 20. "Eles não veem isso como ofensa. Para eles, é engraçado."

A publicitária Danielle Cruz, 27, conta ter percebido uma vez que os homens costumavam abandonar os servidores do game de tiro "Left4Dead" em que ela entrava para jogar.

"Comecei a usar o perfil do meu namorado e eles não saíam mais", conta. Na internet, descobriu que garotos planejavam esse tipo de boicote na presença de alguém do sexo oposto.

"Ridículo, não é? Devo jogar melhor que muitos deles ali", brinca.


http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/09/1334786-garotas-gamers-relatam-ser-vitimas-de-discriminacao-sexual.shtml

domingo, 1 de setembro de 2013

Filme grego sobre incesto e prostituição familiar choca e é vaiado em Veneza... / Brasil Sem Pedofilia

Ser vaiado em um festival de Cinema nem sempre é um mau sinal. "A Árvore da Vida", de Terrence Malick, foi brindado por vaias em Cannes e faturou a Palma de Ouro. O mesmo pode acontecer com o filme grego "Miss Violence", de Alexandros Avranas, apupado por alguns jornalistas em sua primeira sessão no Festival de Veneza, hoje.

Mas as razões para as vaias (os aplausos existiram em bom número) transitam mais no campo ético do que no estético em "Miss Violence". O drama é um pesado jogo de dominó sobre incesto e prostituição infantil que vai sendo derrubado até atingir quase o insuportável - o que deve ferir os sentimentos de boa parte do público.

"Miss Violence" começa de forma acachapante: no meio da festa por seu aniversário de 11 anos, a menina Angeliki (Chloe Bolota) pula sem a menor cerimônia da varanda do apartamento. O que vem a seguir é ainda mais estranho. A família parece pouco afetada pelo caso, chegando até mesmo a usá-lo para conseguir certos benefícios ou desculpas por comportamentos erráticos.

Sua mãe, Eleni (Eleni Roussinou), está mais preocupada com seu bebê de pai desconhecido, o avô (Themis Panou) só pensa na educação rígida, quase militar de seus netos pequenos, Alkmini (Kalliopi Zontanou) e Filippos (Konstantinos Athanasiades). A avó (Reni Pittaki) parece inerte a emoções. Apenas a menina do meio, a adolescente Myrto (Sissy Toumasi), parece sentir algo - talvez por ser apenas um pouco mais velha que a irmã morta.

Aos poucos, o véu de normalidade da família vai saindo da frente e a sujeira transborda mostrando como o avô, na verdade, é um gigolô, usando as netas - que podem ser filhas, já que fica explícito que há abuso sexual -, como prostitutas rasas e a mulher como saco de pancadas.

O filme choca mais pelo tratamento do velho em assuntos banais humilhantes do que em sequências gráficas que revelam seu segredo. Em determinado momento, ao ouvir que o neto seria um pouco agressivo na escola, ele obriga o menino a levar uma dezena de tapas da irmã sem reagir.

Alexandros Avranas traça um paralelo entre a família e a crise financeira da Grécia. Há doses fartas de críticas sociais, apesar do cineasta negar. "Não é uma metáfora, mas um símbolo de uma sociedade moderna doente. O filme tem um grande respeito pelos seres humanos, que parecem ser esquecidos numa crise que vai além da econômica, mas moral", conta o grego.
"Confesso que deixei tudo para trás, moral, política e preocupação social", completa o ator Themis Panou, aterrorizante no papel. "Construí meu personagem pensando em um homem que sente prazer em ter poder sobre as pessoas que ama."

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/filme-grego-sobre-incesto-e-prostituicao-familiar-choca-e-e_192560/



Pássaros / Mario Quintana - Antologia Poética

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti.


NOITE VAZIA... / Junior Muccillo

POEMA DO AMIGO JUNIOR.

Vento uivante... 
Ouço o barulho a penetrar 
Pelas frestas de minha janela 
Ao som de aquarela... 
Como uma canção de ninar. 
Adormecido... 
Vejo um mundo encantado, 
Um belo som apaixonado, 
É minha sereia a cantar; 
Mas não a vejo 
Não a sinto. 
Tento achá-la, não consigo. 
Ouço apenas as ondas fortes do mar, 
Em sua plenitude a balançar. 
Com o pulsar do meu coração, 
Vejo estrelas no céu, ilusão! 
Noite vazias, tempos iguais... 
Apenas um sonho! 
Magia... Nada mais