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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Tempo / Thiago Sogayar Bechara

Os tempos já passados são utopia?

Este início de poema é teu presente
que, já passado, num segundo verso,
volta a ser futuro novamente,
caso haja a intenção de ser relido.

O futuro deste verso
já é de volta teu presente agora!
Mas não se torna início de poema novamente...

Há seu fim, que ainda é meu futuro,
e desconheço!

Tu, se já leste o poema, sabes!
Mas eu, que ainda o faço,
perco a noção do tempo!

Temo reler poemas, como voltar ao passado.
Por isso, estes meus versos são futuro,
mesmo já escritos!
São outros tempos.


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