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domingo, 24 de abril de 2011

Filme sobre Maria da Penha

Em 2006, o governo federal sancionou a lei nº 11.340, que pune com severidade praticantes de violência doméstica contra a mulher. De pronto, o texto foi batizado, informalmente, de "Lei Maria da Penha".
Maria da Penha Maia Fernandes é a biofarmacêutica que, durante duas décadas, lutou, na Justiça, pela condenação do ex-marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Vivero.
Acusado de tê-la atingido com um tiro nas costas, em 1983 --que acabaria por deixá-la paraplégica--, Vivero só foi preso em 2002, seis meses antes da prescrição do crime. Dos dez anos que deveria passar em cárcere, cumpriu dois.
A luta de Maria da Penha Fernandes para prendê-lo --que resultou, posteriormente, na criação da lei-- vai virar filme, a ser rodado no próximo ano, com direção de Cininha de Paula.
Iracema Chequer - 9.set.09/Folhapress
Maria da Penha Maia Fernandes durante visita a Salvador
Maria da Penha Maia Fernandes durante visita a Salvador
O projeto é da atriz Naura Schneider, que além de interpretar Maria da Penha, assina a produção. "Comprei os direitos [autorais] no ano passado", ela disse. "A história é interessante do ponto de vista cinematográfico."
Schneider explica: "A Maria da Penha tomou o tiro de bruços, enquanto dormia. Como ela não morreu, o marido foi à cozinha, cortou o ombro e forjou um assalto. Só que nada foi revirado na casa, ele não foi baleado."
A produtora diz que Maria da Penha Maia Fernandes ainda viveu mais dois anos ao lado de Vivero, até duvidar da versão dele.
O filme, autorizado a captar R$ 4,5 milhões por meio das leis de incentivo, deve ser lançado em 2012. A primeira versão do texto, escrito pelo americano Harold Apter (roteirista de "Jornada nas Estrelas"), já está pronta.
Também está confirmada no filme a atuação de José de Abreu. Schneider ainda está procurando um ator de origem hispânica para viver Marco Antonio Heredia Viveros. A produtora diz que não pretende mudar o nome do ex-marido da vítima: "No livro escrito por ela, ele é citado e nunca processou".
Será a segunda produção de Naura Schneider sobre o tema. Em 2010 ela lançou "Silêncio das Inocentes", um documentário sobre a história de Maria da Penha.
"Todos conhecem a Lei Maria da Penha, mas a história da vida dela é pouco conhecida", argumenta.


FELIZ PÁSCOA!!!


‎"Feliz Páscoa aos que tecem com o olhar o perfil da alma e, no silêncio dos toques, curam a pele de toda aspereza. E aos amantes tragados pelo ritmo incessante de trabalho, carentes de carícias, que postergam para o futuro o presente que nunca se dão.
Feliz Páscoa a quem acredita ser o ovo portador de vida, sem que a fé exija que o quebre, e aos incrédulos e a todos que jamais dobraram os joelhos diante do mistério divino."

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Força das Palavras

O ESPETÁCULO DA VIDA
Que você seja um grande empreendedor.
Quando empreender, não tenha medo de falhar.
Quando falhar, não tenha receio de chorar.
Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue.
Dê sempre uma nova chance para si mesmo.
Encontre um oásis em seu deserto.
Os perdedores vêem os raios.
Os vencedores vêem a chuva e
a oportunidade de cultivar.
Os perdedores paralisam-se
diante das perdas e dos fracassos.
Os vencedores começam tudo de novo.
Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo.
Não seja escravo dos seus pensamentos negativos.
Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção.
O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha.
Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.
Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo.
Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida.
Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão.
Ninguém é igual a você no palco da vida.
Você é um ser humano insubstituível.
Jamais desista das pessoas que ama.
Jamais desista de ser feliz.
Lute sempre pelos seus sonhos.
Seja profundamente apaixonado pela vida.
Pois a vida é um espectáculo imperdível
(Augusto Cury)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Como Definir Rumos Radicalmente Melhores Pra Sua Vida

novos rumos
Uma das piores pragas que podem existir na vida de qualquer um são as marcas que um passado triste pode deixar. Descobri isso enquanto interagia com as centenas de milhares de pessoas que frequentam as páginas da nossa rede no Facebook.
Se você sente um incômodo particularmente grande com certos eventos do seu passado e eles estão te impedindo de ter uma felicidade completa, essa aqui é uma boa conversa que eu gostaria de ter pessoalmente contigo. Sinta-a como um recado pessoal, de um amigo.

O Motivo Pra Que Alguém Não Esqueça Do Passado É Um Só: Apego.

Se você quer viver uma vida plena de novos horizontes e rumos maravilhosos, não adianta reclamar das coisas que aconteceram. Essas memórias farão muito pouco para que você realmente saia de um estado péssimo. Quanto mais você se lembra de algo ruim, mais esse algo atropela suas condições psicológicas. Imagine-se com um caminhão passando por cima de você todos os dias? É isso que um trauma faz contigo.
Para se livrar de um passado assombroso, você precisa encontrar maneiras novas de pensar. Existem várias coisas que você pode fazer para se livrar de traumas. A maior parte delas visa um único alvo: dar-lhe o poder de nutrir uma mente elástica, capaz de pensar e sustentar o seu pensamento de maneiras diferentes.
Com essa capacidade “elástica”, você pode facilmente se livrar de condicionamentos mentais prejudiciais que a vida lhe trouxe, finalmente liberando-se do peso de nutrir um apego exagerado a algo que te faz mal. É uma espécie de ginástica, e é muito eficaz.

Tire O Foco Dos Seus Traumas

Não quero discutir traumas aqui. Quero discutir as sementes de sua nova vida. Ninguém é uma fotografia, somos pessoas e gosto de pensar em pessoas como processos em constante melhoria. Você é um ser humano, que pode se renovar todas as manhãs, desde que antesescolha fazê-lo. Pode não ser tão fácil quanto parece, mas é imperativo continuar tentando, todos os dias, incessantemente.
Você pode até acreditar que seja uma pessoa flexível e super aberta a novos pensamentos. Mas se as mesmas velhas emoções ruins continuam te nocauteando, aqui está uma bela verdade: você tem uma cabeça dura (ao menos em certos aspectos).
Deixe-me dizer uma coisa: a pior prisão que existe é aquela onde nós nos acreditamos livres. Não existe liberdade absoluta: nós estamos sempre presos aos nossos padrões de pensamento e julgamento. Liberdade e felicidade são sensações que você conquista segundo a sua própria idéia do que é ser livre ou feliz. Se você muda os seus parâmetros do que é ser livre ou feliz, você pode chegar mais próximo da sensação de felicidade ou liberdade.
A beleza (e também o perigo) dos seus pensamentos é que eles se auto-justificam. Você sempre acredita estar pensando de maneira certa, mesmo que esteja sofrendo muito com toda a sua certeza! Nós não nascemos com um “juiz isento” dentro da nossa cabeça. Mas é possível aprender maneiras de examinar e alterar nossos pensamentos. Milhares de novas técnicas pra isso aparecem todos os anos.

Um Teste Desafiador Pro Seu Próprio Juízo

Pense naquela certeza traumática maior dentro de você… Aquela, que te faz tão mal que quando você pensa dá até vontade de chorar, ou de ficar um dia inteiro em casa. Pode ser uma lembrança de alguém, ou uma coisa que você deixou de fazer, ou algo que deveria ter acontecido, ou ainda algo que não aconteceu do jeito que você esperava. Só tem um critério: essa certeza precisa fazer doer muito.
Que tipo de pensamento é esse senão um pensamento que te faz mal? Você quer continuar nutrindo pensamentos ruins? Quer continuar com o mesmo padrão louco de existência? Onde está a razão se ela não te faz bem em hipótese alguma? É racional pensar de maneira a fazer mal a si mesmo? É razoável isso? Que critérios você usa? Eles são bons o suficiente a ponto de te fazerem feliz, ou eles estão te levando pra baixo?
Se você percebe que os seus pensamentos estão te destruindo, você precisa aprender a reestruturá-los. Como você sabe, este é um dos objetivos deste blog. Porque eu acredito que haja formas superiores de amar. Muito superiores do que as que estamos acostumados. Eu busco estas formas, e eu sei que você também procura. Do contrário, você não estaria aqui.
Ao mesmo tempo, eu não posso dizer que você esteja errado em pensar da maneira que você pensa, porque cada um é único em seus julgamentos e motivações. Mas posso dizer que, se a sua verdade não te dá poder de mudança e manifestação, provavelmente não é a melhor possível. Se você sempre volta pra estaca zero com ela e sente necessidade REAL de mudar, você precisa se livrar desta verdade.

O Poder De Estudar Seus Próprios Pensamentos

Saber observar a si próprio e interromper de maneira adequada aqueles pensamentos que te destroem é imperativo para que sua qualidade de vida melhore.
A sua mente é condicionada pelas coisas que você faz sempre. Super-condicionada, porque a maior parte da sua vida são hábitos. E hábitos raramente nutrem maneiras diferentes de se pensar. Pode ser complicado mudar um hábito. Muito complicado mesmo. Ou então, pode ser fácil. Super fácil. Só depende de uma coisa: se você acredita que pode ou não mudar o seu hábito com o simples poder da sua escolha.
A maior parte das pessoas acha super difícil, porque é fato que vivemos em uma sociedade onde todos propagam a idéia de que hábitos são difíceis de mudar. Isso é coisa de senso comum. Segue aqui uma novidade, que não é tão novidade assim: o que você acredita acontece. Acompanhe a manada, e você vai chegar no mesmo lugar que ela chegou. Seja audacioso com suas idéias, e você vai chegar em lugares que ninguém nunca imaginou.
Enquanto na sua cabeça estiver impregnada a idéia de que “é difícil mudar”, a tendência será continuar na mesma. Você precisa aprender a negociar com seu próprio cérebro. Precisa aprender a especificar quais são os passos pra sua própria mudança, e executá-los. Pode não ser fácil no princípio, mas a habilidade de mudar pode ser aprendida, como qualquer outra na vida.

Para Plantar Seus Novos Rumos, Crie Novos Pensamentos

Faça-me o favor: se você sofre muito com eventos do seu passado, esqueça a idéia de que ele precisa te machucar emocionalmente. Quando você se pega imaginando coisas boas que poderiam ter acontecido e não aconteceram, a primeira reação é olhar para o seu presente e criar lamentações, só porque as coisas não são do jeito que você imaginou que poderiam ser. Isso é um processo de “quase insanidade”, um processo auto-destrutivo.
Interrompa, interrompa e interrompa a dor emocional. Pergunte-se: como eu posso lembrar destas coisas sem me machucar emocionalmente? Investigue a resposta. Corra atrás. Leia, converse, busque um profissional de humanas para te acompanhar no processo.
Quando você pensa sobre o que passou, é só fumaça que acontece dentro da sua cabeça, não existe nem nunca existiu. Ao mesmo tempo, existe, porque o seu cérebro não distingue muito bem o que é real do que não é. Pra deixar mais claro: quando você imagina ou lembra alguma coisa, você está aplicando um truque no seu cérebro, em que ele reage como se tudo estivesse acontecendo naquele momento.
Você precisa reverter esta equação. E para reverter tudo, vai precisar entender qual é o SEU padrão de assombração.
Eu sei que experiências trazem bagagem. Mas essa bagagem é conhecimento, e conhecimento não é peso, muito menos emocional. Pergunte-se o tempo todo quais são os motivos pelos quais você pode se sentir satisfeito pelo seu passado, e aí sim, você estará aplicando um princípio poderoso, que aumentará sua satisfação e, portanto, sua saúde.
O processo pode parecer bobo, mas quer saber? 99% das pessoas o conhecem mas nunca oaplicaram. Se você acha que isso é óbvio e mesmo assim mudar a sua perspectiva ainda complicado, por favor, visite-se com mais seriedade. Você merece.
Todos nós fomos presenteados com uma uma vida que tem o potencial de ser longa e plena, e ela começa através da conquista das nossas melhores emoções. Pra você, desejo uma vida excelente, cheia de potenciais.

PORQUÊ / São Reis


É exatamente esse grito que está preso na minha garganta e no meu coração...

Porquê
Tenho de ser cinza e amarga
Se posso ser arco-iris e feliz?
Porquê
Tenho de viver com a decepção
Se posso viver partilhando?
Porquê
Me contentar com a metade
Se sinto poder alcançar o todo?
Porquê
Me preocupar com quem não me quer
Se há tanta gente me querendo?
Porquê
Complicar a vida
Se posso simplificá-la?
Porquê
viver amarrada a dogmas
Só porque a sociedade assim o entende?
Porquê
viver de sobras
Quando posso ter mais?
Porquê
Não posso tentar meu voo de liberdade
E tentar ser feliz?
Porque não posso rasgar os céus
Planando de felicidade?
Porquê
Tenho de continuar perdoando quem me ofende?
Porquê
Tenho de continuar fingindo o que não sou nem sinto?
Porquê?
Porquê?
Acho que vou ter fazer algo a respeito...
Porque
Quero ser pássaro rasgando os céus
Quero voar livre sem pressas nem controlo
Quero ser simples, directa
Quero poder escolher entre ser magoada e ser feliz
Quero poder olhar nos olhos de alguém sem medo nem pressões
Sendo assim simples,
sem medos,
sendo apenas eu..
Sendo apenas um arco-íris num dia de tempestade...

domingo, 17 de abril de 2011

O mal da vergonha...

Uma vergonha especifica vive na criança interior de todos nós

por Maria De Fatima Jacinto, domingo, 17 de abril de 2011 às 17:23
Um senso difuso de vergonha de nós mesmos, uma sensação de que não temos valor ou merecimento. Uma vergonha especifica vive na criança interior de todos nós, e deriva da época em que descobrimos chocados, que nossos pais e o nosso mundo não eram perfeitos. 
A criança tem uma grande necessidade de acreditar que seus pais são perfeitos, já que eles são tudo o que a separa do caos ou da morte. Quando a criança descobre que não é amada perfeitamente ou é até maltratada, ela supõe que a culpa deve ser sua, porque normalmente não conhece a intimidade de outras famílias para fazer uma comparação. 
A criança, então fica profundamente envergonhada da sua característica, seja qual for que merece – como ela erradamente acredita- ser castigada ou abandonada. Na época em que a criança em crescimento entende que os pais e outros adultos são imperfeitos e têm problemas, a vergonha já criou profundas raízes, a auto-estima já foi danificada. 
Sabemos agora que esse processo ocorre em casos de abuso infantil. A criança geralmente é incapaz de perceber a verdadeira origem do comportamento destrutivo das pessoas, que também são seus protetores e guardiões, e, portanto conclui que é a culpada pelo mal que lhe é feito, seja ele qual for. Criando defesas para não ser magoada outra vez, e abrigando uma vergonha secreta cada vez maior, a criança acha muito difícil expor a verdade.
Precisamos “perceber que o sentimento de culpa nada mais é do que a rejeição do estado em que você se encontra neste momento, indicando que você não esta disposto a aceitar a si mesmo como é agora.” Todo o crescimento começa com a aceitação do que é verdadeiro agora o nosso respeito, incluindo nossas emoções e nossos comportamentos irracionais e limitadores, e as imagens subjacentes que determinam essa forma desorientada e travada de reagir à vida. A imagem nasce da crença dualista ta de que alguns aspectos da vida são inseguros e que é preciso defender-se deles. A criança que um dia fomos passou por uma decepção e uma dor especifica e fez uma generalização sobre a vida com base nessa experiência peculiar.
Cada um de nós reage às experiências negativas da infância de modo muito diferente, de acordo com a predisposição. Algumas experiências infantis realmente colocam em risco o bem estar físico mental e emocional da criança. Um fato como o divorcia dos pais pode ser sentido como muito mais devastador do que de fato é.
A criança pensa em termos gerais e absolutos. Essas conclusões ajudam-na a tentar entender e, portanto, são uma forma de defesa para ela não ser arrasada pelas experiências dolorosas. O adulto, com um ego mais forte, é capaz de abrir-se as suposições inconsciente sobre a vida e investigar mais minuciosamente essas generalizações. Ele procurar localizar as experiências pessoais verdadeiras e especificas que deram origem ás imagens. E depois, com seu ego mais forte, pode reviver e assimilar a dor não sentida da infância que está por trás da falsa generalização.
As imagens podem ser simples generalizações. Com base nas experiências tidas com um pai cruel, concluímos: “Todos os homens são cruéis”. Com base nas muitas brigas familiares por causa de dinheiro, concluímos: “O dinheiro só traz problemas.”
“Sempre que fazemos generalizações, em especial em relação a alguém com quem mantemos um relacionamento intimo, do tipo “os homens sempre”-ou” Os homens nunca “- ou ainda “Você sempre”-ou “Você nunca”- estamos no território das imagens de infância, e não estamos reagindo de fato á situação atual. Estamos vendo o presente através das generalizações feitas com base em experiências infelizes do passado, que usamos para nos defender da dor da situação atual.
Precisamos entrar na cabeça da criança interior para entender como essas falsas crenças se consolidaram como base de nossas reações emocionais aos outros, mesmo que nossa inteligência adulta nos diga que essas conclusões, racionalmente, não tem sentido.

Muitas vezes nos envergonhamos da criança que vive em nós. Podemos já não se lembrar dos processos de raciocínio infantis, e podemos ter esquecido há muito as experiências ou impressões que levaram a essas conclusões erradas. Mas a sensação de vergonha permanece.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Violência Sexual Infantil - Trabalho de Diagnóstico de Aprendizagem - P...



ESSE É O RESUMO DO QUE VIVENCIEI, UM VÍDEO CHOCANTE, TRISTE, PORÉM REAL. MUITOS NOS JULGAM, ACHANDO QUE O ABUSO PODE E DEVE SER ESQUECIDO...REZO PARA QUE ESSA PESSOAS JAMAIS PASSEM POR ESSA VIOLÊNCIA...

Homofobia: Uma história de superação!


Aos 12 anos, em pleno alto verão do Rio de janeiro, a carioca Jô ia de calça comprida e blusa de manga comprida para a escola. Queria esconder as cicatrizes deixadas pela surra da mãe. "Sapatão!",  gritava. Jô diz que apanhava por ser gay, sem ainda entender o significado da palavra. Chegou a ser internada num hospício, de onde conseguiu fugir. A mãe a encontrou e a acusou de "delinquente". A denúncia lhe rendeu uma temporada numa casa de detenção. "Vi coisas lá que não desejo a ninguém", diz. Aos 16 anos, foi estuprada por um homem que dizia que "iria dar um jeito nela". Jô engravidou do estuprador e seu filho hoje está com 25 anos. Depois morou um ano na rua. Tudo passou. A funcionária pública, aos 43 anos, afirma que  sua história é de superação. Diz ter encontrado s paz na Igreja Contemporânea, uma congregação evangélica que aceita homossexuais. "Usei cada pedra atirada para construir meu castelo."

Fonte: Revista Época, nº 668 - pág.99

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma matéria interessante e esclarecedora!!!


Violência contra a mulherPDFImprimirE-mail
Escrito por São Carlos em Foco   
Qui, 07 de Abril de 2011 10:24

“A violência contra as mulheres é

 uma manifestação de relações de poder
 historicamente desiguais entre homens e 
mulheres que conduziram à dominação e à 
discriminação contra as mulheres pelos homens
 e impedem o pleno avanço das mulheres...”

Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as 

Mulheres,Resolução da Assembléia Geral das 
Nações Unidas, dezembro de 1993.
A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos
 (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as
 mulheres como uma violação aos direitos humanos. 
Desde então, os governos dos países-membros da ONU
 e as organizações da sociedade civil têm trabalhado
 para a eliminação desse tipo de violência, que já é
 reconhecido também como um grave problema de 
saúde pública.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),

 “as conseqüências do abuso são profundas, indo além da saúde
 e da felicidade individual e afetando o bem-estar de 
comunidades inteiras.”

De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente 

ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito
 é a violência e que os homens são mais fortes e superiores
 às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos,
 namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens 
acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e 

ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam
 a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a
 maneira como a sociedade dá mais valor ao papel
 masculino, o que por sua vez se reflete na forma
 de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são
 incentivados a valorizar a agressividade, a força física, 
a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive
 os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, 
delicadeza, sedução, submissão, dependência, 
sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas

 sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil
 dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha
 ou dependem emocionalmente ou financeiramente do
 agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que,
 no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não
 falam nada por causa dos filhos, porque têm medo
 de apanhar ainda mais ou porque não querem
 prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado
 socialmente. E ainda tem também aquela idéia do
 “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha.

 Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher
 da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga
 próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de
 mulheres que recorrem à polícia é ainda menor.
 Isso acontece principalmente no caso de ameaça
 com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou 
cortes e ameaças aos filhos.

O que pode ser feito?

As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer

 delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias
 Especializadas de Atendimento à Mulher, também chamadas
 de Delegacias da Mulher (DDM).

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas

 Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos 
Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de 
mulheres.

Como funciona a denúncia

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante

 contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver,
 ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar
 que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) 
está em risco, ela pode também procurar ajuda em
 serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias
 em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar
 afastados do agressor.

Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar

 ou não de um advogado para entrar com uma ação na
 Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear
 um advogado ou advogada para defendê-la.

Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar

 a ação adiante.

Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização

 pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a
 Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação
 de Danos.

Violência contra idosos, crianças e mulheres negras

 - além das Delegacias da Mulher, a Delegacia de Proteção
 ao Idoso também podem atender as mulheres que sofreram
 violência, sejam elas idosas ou não-brancas, homossexuais
 ou de qualquer outro grupo que é considerado uma
 “minoria”. No caso da violência contra meninas, pode-se 
recorrer também às Delegacias de Proteção à Criança e
 ao Adolescente.

Tipos de violência

Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou 

omissão - de discriminação, agressão ou coerção, 
ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que
 cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento
 físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico
 ou perda patrimonial.
 Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como
 privados.

Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher,

 sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer
 outra condição, produto de um sistema social que subordina o 
sexo feminino.

Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente

 doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade
 ou coabitação.

Violência familiar - violência que acontece dentro da 

família, ou seja, nas relações entre os membros da
 comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco
 natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra,
 padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo
 ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more
 na mesma casa).

Violência física - ação ou omissão que coloque em risco

 ou cause dano à integridade física de uma pessoa.

Violência institucional - tipo de violência motivada por 

desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) 
predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se
 formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações 
privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes 
grupos que constituem essas sociedades.

Violência intrafamiliar/violência doméstica - acontece

 dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é 
praticada por um membro da família que viva com a vítima.
 As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e 
psicológico, a negligência e o abandono.

Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou

 injuriar a honra ou a reputação da mulher.

Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, 

perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, 
documentos pessoais, bens e valores.

Violência psicológica - ação ou omissão destinada a 

degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças
 e decisões de outra pessoa por meio de intimidação,
 manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, 
isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo
 à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao
 desenvolvimento pessoal.

Violência sexual - ação que obriga uma pessoa a manter 

contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras
 relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção,
 chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer
 outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal.
 Considera-se como violência sexual também o fato de o
 agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos
 com terceiros.

Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual 

pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com
 ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro,
 o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.

Fases da violência doméstica

As fases da situação de violência doméstica compõem um

 ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de
 meses ou anos.

Primeiro, vem à fase da tensão, que vai se acumulando e se 

manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, 
muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, 
com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada. 
O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés,
 ou às vezes usa objetos, como garrafa, pau, ferro e outros.
 Depois, é a vez da fase da reconciliação, em que o agressor
 pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge
 que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, 
traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não 
vai mais voltar a acontecer.

É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior 

violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra 
que, ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas 
vezes termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o 
assassinato da mulher.

Homens e a violência contra a mulher

A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação 

tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a 
resolução de conflitos”.

Os papéis ensinados desde a infância fazem com que 

meninos e meninas aprendam a lidar com a emoção de
 maneira diversa. Os meninos são ensinados a reprimir as 
manifestações de algumas formas de emoção, como amor, 
afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como raiva, 
agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas 
que muitas vezes acabam representando uma licença para 
atos violentos.

Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre 

masculinidade e violência através da biologia e da genética.
 Além da constituição física mais forte que a das mulheres,
 atribui-se a uma mutação genética a capacidade de 
manifestar extremos de brutalidade e até sadismo.

Outros estudos mostraram que, para alguns homens,

 ser cruel é sinônimo de virilidade, força, poder e status.
 “Para alguns, a prática de atos cruéis é a única forma de
 se impor como homem”, afirma a antropóloga Alba Zaluar,
 do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade
 Estadual do Rio de Janeiro.

Violência e saúde (física e psicológica)

A violência contra a mulher, além de ser uma questão política, 

cultural, policial e jurídica, é também, e principalmente,
 um caso de saúde pública. Muitas mulheres adoecem a
 partir de situações de violência em casa.

Muitas das mulheres que recorrem aos serviços de saúde, com 

reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros 
problemas, vivem situações de violência dentro de suas
 próprias casas.

A ligação entre a violência contra a mulher e a sua saúde

 tem se tornado cada vez mais evidente, embora a maioria
 das mulheres não relate que viveu ou vive em situação de
 violência doméstica. Por isso é extremamente importante
 que os/as profissionais de saúde sejam treinadas/os para 
identificar, atender e tratar as pacientes que se apresentam
 com sintomas que podem estar relacionados a abuso e agressão.

Violência e saúde mental

A mulher não deve ser vista apenas como uma “vítima” da 

violência que foi provocada contra ela, mas como elemento 
integrante de uma relação com o agressor que ocorre em um 
contexto bastante complexo, que às vezes se transforma em uma 
espécie de jogo em que a “vítima” passa a ser “cúmplice”.

A mulher às vezes faz uma denúncia formal contra o 

agressor em uma delegacia especializada para, logo depois, 
retirar a queixa. Outras vezes, ela foge para uma
 casa-abrigo levando consigo as crianças por temer por
 suas vidas e, algum tempo depois, volta ao lar, para o
 convívio com o agressor. São situações que envolvem 
sentimentos, forças inconscientes, fantasias, traumas, 
desejos de construção e destruição, de vida e de morte.

O custo econômico da violência doméstica

Segundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano

 de Desenvolvimento:
  • Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado 
  • pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
  • A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável se ela 
  • sofre violência doméstica.
  • O estupro e a violência doméstica são causas importantes 
  • de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.
  • Na América Latina e Caribe, a violência doméstica atinge
  •  entre 25% a 50% das mulheres.
  • Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente ganha
  •  menos do que aquela que não vive em situação de violência.
  • No Canadá, um estudo estimou que os custos da violência 
  • contra as mulheres superam 1 bilhão de dólares canadenses
  •  por ano em serviços, incluindo polícia, sistema de justiça 
  • criminal, aconselhamento e capacitação.
  • Nos Estados Unidos, um levantamento estimou o custo com a 
  • violência contra as mulheres entre US$ 5 bilhões e US$ 10 
  • bilhões ao ano.
  • Segundo o Banco Mundial, nos países em desenvolvimento 
  • estima-se que entre 5% a 16% de anos de vida saudável
  •  são perdidos pelas mulheres em idade reprodutiva como
  •  resultado da violência doméstica.
  • Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento
  •  estimou que o custo total da violência doméstica oscila
  •  entre 1,6% e 2% do PIB de um país.

Violência sexual e DSTs/contracepção de emergência

A violência sexual expõe as mulheres e meninas ao risco de 

contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e de 
engravidar.

A violência e as ameaças à violência limitam a capacidade

 de negociar o sexo seguro. Além disso, estudos mostraram
 que a violência sexual na infância pode contribuir para
 aumentar as chances de um comportamento sexual de risco
 na adolescência e vida adulta.

Outra questão importante é que a revelação do status 

sorológico (estar com o HIV) para o parceiro ou outras
 pessoas também pode aumentar o risco de sofrer violência.

Cuidados após a violência sexual

Após a violência sexual a mulher (ou menina) pode contrair 

DSTs, como HIV/AIDS, ou engravidar. Para prevenir essas
 ocorrências, o Ministério da Saúde emitiu uma Norma
 Técnica (disponível no site do Cfemea, em pdf) para orientar
 os serviços de saúde sobre como atender as vítimas de
 violência sexual.

Mas, se mesmo assim ocorrer a gravidez, a mulher pode

 recorrer a um serviço de aborto previsto em lei em hospital
 público. É um direito incluído no Código Penal (artigo 128) 
e regulamentado pelo Ministério da Saúde.

Assédio sexual

O assédio sexual é um crime que acontece em uma relação de 

trabalho, quando alguém, por palavras ou atos com sentido 
sexual, incomoda uma pessoa usando o poder que tem por ser 
patrão, chefe, colega ou cliente.

Segundo o Código Penal - artigo 216-A, incluído pela 

Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001 - o crime de assédio sexual 
prevê pena de detenção, de 1 a 2 anos.

Tráfico e exploração sexual de mulheres

No Brasil, a maioria das vítimas do tráfico de seres humanos

 são mulheres, que abastecem as redes internacionais de
 prostituição.

Em 2002, a Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e 

Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial 
(Pestraf) identificou que as vítimas brasileiras das redes 
internacionais de tráfico de seres humanos são, em sua maioria, 
adultas. Elas saem principalmente das cidades litorâneas 
(Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife e Fortaleza), mas há 
também casos nos estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e 
Pará. Os destinos principais são a Europa (com destaque
 para a Itália, Espanha e Portugal) e América Latina 
(Paraguai, Suriname, Venezuela e Republica Dominicana).

A Pestraf foi coordenada pela professora Lúcia Leal, da 

Universidade de Brasília (UnB), e serviu de ponto de partida 
para o trabalho pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
 (CPMI) do Congresso Nacional realizado em 2003 e 2004.

Fonte: Ministério da Justiça.

Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

O número de denúncias aumentou bastante nos últimos anos, 

devido a uma das principais ações de combate à violência
 sexual contra crianças e adolescentes: a divulgação do
 disque-denúncia (0800-99-0500), número do Sistema Nacional 
de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil, mantido
 pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção
 à Infância e Adolescência (Abrapia ).

Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual 

Infanto-Juvenil

Criado com o objetivo de implementar um conjunto articulado 

de ações e metas para assegurar a proteção integral à criança e
 ao adolescente em situação de risco de violência sexual, esse 
Plano aponta mecanismos e diretrizes para a viabilização da 
política de atendimento estabelecida no Estatuto da Criança
 e do Adolescente.

Para o acompanhamento da implantação e implementação

 das ações do Plano Nacional, foi criado o Fórum Nacional
 pelo Fim da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, 
que reúne organizações do governo e da sociedade que 
atuam na prevenção e no combate à violência sexual
 contra crianças e adolescentes.

Mais informações com o Cecria - Centro de Referência, 

Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes.

Violência contra as mulheres negras e indígenas

No Brasil, as mulheres negras e indígenas carregam 

uma pesada herança histórica de abuso e violência sexual, 
tendo sido por séculos tratadas como máquinas de trabalho
 e sexo, sem os direitos humanos básicos.

Hoje, as mulheres negras e indígenas sofrem uma dupla 

discriminação - a de gênero e a racial - acrescida de uma 
terceira, a de classe, por serem em sua maioria mulheres 
pobres.

Todos esses fatores aumentam a vulnerabilidade dessas

 mulheres, que muitas vezes enfrentam a violência não 
apenas fora, mas também dentro de suas casas.

Violência contra as lésbicas

O fato de ser lésbica torna as mulheres homossexuais ainda

 mais vulneráveis às diversas formas de violências cometidas
 contra as mulheres.

“As jovens que se descobrem lésbicas, e que vivem com 

seus pais, são as que mais sofrem violência. A família reprova
 a lesbianidade da filha e procura impor a heterossexualidade
 como normalização da prática sexual do indivíduo. Por
 serem destituídas de qualquer poder, os pais buscam sujeitar
 e controlar o corpo das filhas lésbicas, lançando mão de
 diferentes formas de violência, como os maus-tratos físicos
 e psicológicos. E não faltam acusações, ameaças e, inclusive,
 a expulsão de casa. As ocorrências de violência sempre têm
 o sentido de dominação: é o exercício do poder, utilizado
 como ferramenta de ensino, punição e controle.”

Violência contra as mulheres idosas

A discriminação contra a mulher começa na infância e

 vai até a velhice. Em alguns casos, começa até mesmo antes
 do nascimento, na seleção do sexo do embrião.

No caso da violência doméstica contra os idosos, a imensa 

maioria das vítimas são mulheres. Segundo Maria Antonia 
Gigliotti, aos 77 anos, presidente do Conselho Municipal do
 Idoso da cidade de São Paulo, isso “tem a ver com a lógica do 
sistema patriarcal, que considera que a mulher vale menos do 
que o homem, não importa a idade que ela tenha. Também
 conta o fator financeiro: as mulheres idosas são normalmente
 bem mais pobres do que os homens idosos”.