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sábado, 13 de julho de 2013

Anorgasmia / Débora Carvalho Meldau

Anorgasmia, também conhecido como transtorno do orgasmo feminino ou disfunção orgástica, pode ser definido como um atraso ou ausência persistente recorrente do orgasmo feminino, caracterizado por ausência ou retardo após um período de excitação sexual adequada. Resumidamente, é uma falta de orgasmo durante o ato sexual.
A anorgasmia não deve ser considerada uma doença física ou algo do tipo. Não é considerado anorgasmia se a mulher é capaz de atingir o orgasmo por meio de automanipulação do clitóris. A freqüência desse transtorno é muito alta, sendo que acomete de 50% a 70% das mulheres, segundo pesquisas realizadas. Normalmente, a atitude de negar a anorgasmia é um modo de defesa para muitas mulheres. Essa atitude deve ser repensada, pois esse comportamento faz com que a mulher se prive de uma possibilidade de prazer. Além disso, esse transtorno pode resultar em consequências negativas: a mulher pode passar a ter aversão sexual devido à realização do ato sexual sem prazer, e sem atingir adequada lubrificação para o ato, pode haver dor durante a relação.
Dentre os diferentes fatores que causam a anorgasmia, predominam os aspectos psicossociais, a questão orgânica tem baixa relevância, computando aproximadamente 5% dos casos. Os aspectos psicossociais referem-se a falsas crendices, tabus, religião, falta de informação, estrutura de valores que supervalorizam a sexualidade e o desempenho sexual, medo de ser abandonada ou engravidar, experiências traumáticas, falta de intimidade com o próprio corpo e/ou com o parceiro, entre outros. Quanto aos fatores orgânicos destacam-se: algumas doenças, disfunções hormonais, uso abusivo de bebidas alcoólicas e/ou drogas psicoativas e dores durante a relação sexual. Outras causas dizem respeito a má-formação congênita que pode dificultar o acesso à vagina.
Uma mulher, ao identificar a falta de orgasmo durante o ato sexual, deve procurar um médico para investigar sua etiologia. Na persistência dos sintomas, após o encaminhamento e do possível tratamento indicado, levando-se em consideração que esse problema pode estar relacionado a fatores psicológicos, o tratamento indicado é um acompanhamento psicoterápico, que visa:
  • Eliminar as atitudes negativas e prejudiciais em torno da sexualidade em geral e sobre o orgasmo em particular;
  • Melhorar a relação através da comunicação entre os parceiros;
  • Programa de habilidades sexuais, que consiste em uma série de exercícios específicos para a disfunção.
Um tratamento muito eficaz é a fisioterapia ginecológica que trata a anorgasmia com um trabalho de fortalecimento do assoalho pélvico e ajuda a mulher na busca do autoconhecimento do corpo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anorgasmia
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?747
http://www.thiagodealmeida.com.br/site/files/pdf/Anorgasmia_feminina.pdf

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