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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Simples Assim... / Amarilis Adelio

Simples Assim...

Cantar a vida
como cantam os seresteiros
nas ruas, nas varandas, melodias
Apaixonados... apaixonados!
Simples assim...
Ai! como eu queria!

Viver a vida
como as crianças vivem
nas suas brincadeiras inocentes
Sorridentes... sorridentes!
Simples assim...
Ai! como eu queria!

Beber a vida
como os náufragos bebem
nas fontes água pura e cristalina
Jorrando...jorrando!
Simples assim!
Ai! Como eu queria!

Deixar a vida
como os rios a fluir
nas encostas dos caminhos
Caldalosos... caldalosos!
Simples assim!
Ai! Como eu queria!

Amar a vida
como amantes de novelas
que se entregam sem pudor nas telas
Ardentemente... ardentemente!
Simples assim!
Ai! Como eu queria!

Ai! como eu queria...
Cantar, 
viver,
beber,
deixar,
amar...
Simples assim!!!

2 comentários:

  1. Lindo poema e o meu desejo que a minha vida fosse assim. Não consigo aceitar a violência sexual infantil sofrida e vivo por viver somente. Queria sim casar, ter filhos, sentir prazer numa relação, mas não consigo amar um homem, dar pra ele meu corpo, me entregar emocionalmente; acho que poderia fazê-lo muito feliz, mas não consigo. Vivo apenas por viver , não tenho nenhuma esperança boa do futuro; já tentei o suicídio e sei que a qualquer momento posso tentar de novo; queria ser mãe, mas não consigo imaginar trazer uma criança a este mundo tão sórdido e temo que sofra abusos. Não tenho sonhos, não consigo ter amor por nada nem por ninguém. gostaria de ajuda, mas acredito que ninguém conseguiria curar minhas feridas. Deixei de acreditar em deus e o desprezo; não consigo ter amigos; saí da faculdade porque não conseguia me adequar; parecia uma estranha ali, sempre fui assim esquisita e hoje isso só piorou. Sou muito desejada, mas isso me irrita muitas vezes, como se eu fosse uma espécie de mulher maldita. Apesar de tudo, adoro sexo, mas nunca um homem conseguiu me dar prazer, só consigo sozinha. Sinto raiva de gostar e desejar ter sexo com um homem, pois o sexo me trouxe profundas dores.Eu vivo o tempo todo morta por dentro. É a primeira vez que falo sobre isso, estou em prantos e choro, mas não consigo falar pra ninguém pessoalmente; tenho 33 anos e sou muito infeliz com isso.

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  2. Eu sinto muito. Tenho momentos felizes...porém sinto-me também morta por dentro. É como se não tivesse mais nada para mim nessa vida...Bya.

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