Comentários desagradáveis, muito sutis, como se fosse em tom de brincadeira, mas atingem em cheio os pontos fracos e te diminuem, no seu íntimo. Devagar, as pequenas críticas vão minando o seu amor próprio, e acabam se tornando uma típica violência velada, chamada de assédio moral. Mesmo quando vem um elogio, em seguida, vem um comentário maldoso, que acaba destruindo o efeito positivo de cada palavra.
Se você sente isso na pele, não se iluda, é simassédio moral. É uma violência grave que afeta tanto quanto a violência física, ela te abala por dentro. Ela destrói o que você tem de mais precioso - sua autoconfiança e sua autoestima.
Com o passar do tempo, os defeitos e problemas apontados pelo agressor, aqui no caso, o marido ou namorado é tão intenso, que a vítima passa a acreditar que realmente não está bem e tem defeitos terríveis. A mulher vítima desse tipo de violência perde toda a sua identidade e passa a se enxergar pelos olhos do outro, e se sente sem valor. É uma violência velada, e difícil de ser percebida por alguém que não está muito próxima da vítima.
Para a psicóloga e psicoterapeuta reichiana, Frinéa Souza Brandão, coordenadora da Neurofocus Psicoterapias, do Rio de Janeiro, esse tipo de violência começa a se tornar uma forma de comunicação para o casal e pode virar um hábito. "O que ele quer é uma submissão total e mesmo que isso aconteça nunca fica satisfeito. As humilhações só aumentam não importando o que a companheira ou namorada faça. Em alguns momentos, ele diminui e aí é que mora o perigo, porque constrói-se a ilusão que as coisas vão melhorar e o relacionamento continuar bem".
Como não sentir a tortura da insegurança, e ânsia de agradar a quem se ama ou se deseja? E por que há homens que cometem esse tipo de assédio? Eles se sentem inferiores a essa mulher, ou incapazes de dominá-la e sentem-se acuados. A única arma de possuem contra a mulher é a força dos sentimentos, e das armadilhas em que eles prendem sua companheira. Com críticas inseridas em momentos-chave, eles buscam minar a sua segurança como pessoa e como mulher.
Pense nisso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário