Todas nós temos alguns acontecimentos passado em nossa vida que gostaríamos muito de mudar, de esquecer, ou ao menos que eles não interferissem tanto em nossas decisões no presente. Desejamos ardentemente modificar nosso passado.
Quando visualizamos as reações que tivemos diante de certos acontecimentos nos envergonhamos tremendamente delas, e gostaríamos que essas lembranças dolorosas não nos incomodassem mais.
São situações que nos causam um impacto emocional tremendo, e não conseguimos muitas vezes entender como se inicio o processo dessas lembranças dolorosas que insistem em nos perseguir. São lembranças que nos incomoda, nos deixam paralisadas ou angustiadas, e que acabam por se transformarem em um serio problema em nossa vida.
Muitas vezes revivemos cenas de um passado remoto, como da nossa infância ou adolescência, cenas que nos angustiaram e que continuam a nos angustiar quando revivemos.
Esses maus momentos vividos e revividos diminuem nossa autoestima, nos mantendo presas a situações que não conseguimos experienciar emocionalmente.
São na verdade nossas emoções enterradas vivas, que estão voltando para nos assombrar. Quando não conseguimos experienciar uma emoção, escondemos, dentro de nós e procuramos esquecer o fato, acreditamos que assim nós estamos ‘enterrando” o assunto, ledo engano minha amiga. As emoções que enterramos vivas, permanecem vivas, e vão sempre voltar para nos assombrar nas horas mais improprias.
Em qualquer situação levemente parecida com a que gerou a emoção, nosso cérebro projeta automaticamente nossas experiências passadas e toda a carga emocional não experienciada volta a tona, em forma de diálogos internos mais ou menos assim: “Todo mundo está contra mim” “Não mereço ser amada”, “Não sou digna de confiança” (Essa sempre foi a minha predileta), “Tudo me conspira para me derrubar”, “Sou mesmo uma burra”, e por ai vai, poderia encher essa folha falando do que somos capazes de nos dizer para nos colocarmos para baixo.
Agora me responde sinceramente: Nós precisamos de inimigos para que? Somos tão perfeitas no papel de nossas próprias inimigas que podemos perfeitamente suplantar os de fora.
É a maneira como usamos as referências que temos a nosso respeito que vai determinar o que sentimos e acreditamos que somos. Bem eu adoro perguntas, acredito que são as perguntas que nos levam a encontrar nosso caminho. Então que tipo de referência você tem sobre quem você é?
Quais experiências em seu passado moldou a pessoa que você é hoje? Algumas de nós fomos estupradas, abusadas sexualmente, abandonadas, tivemos nosso lar desfeito, vivemos em uma situação de miséria absoluta em nossa infância. Isso acontece com muitas de nós sem nenhuma duvida. Mas cada pessoa que vivenciou está mesma experiência criou uma convicção especifica baseada na experiência.
Algumas de nós por ter tido essa experiência são convictas de que não vale a pena viver, e por isso não conseguem sair da depressão, tentam o suicídio, e tantas outras formas de destruir a própria vida, outras usam a mesma experiência para estudarem, expandir suas vidas, crescer e ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma situação.
A experiência foi à mesma. O que mudou então? Mudou a forma de olhar as mesmas referencias, é o que imaginamos na verdade é que é a nossa verdadeira referencia. E não o fato em si. Nossa imaginação é muito mais potente do que qualquer fato, do que a nossa força de vontade, isso vale tanto para nos apoiar como também para nos derrubar.
É nossa imaginação que desencadeia dentro de nós o senso de certeza, que projeta em nossa mente as limitações do nosso passado. Se você conseguir entender isso profundamente, sem nenhuma duvida, você estará apta a dar o pulo que irá modificar sua vida permanentemente.
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