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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Discussão do Livro / Parte III

MITO: A pornografia infantil é como a pornografia adulta e é inócua.
REALIDADE: Uma diferença fundamental entre a pornografia adulta e infantil é que, na maior parte dos casos da pornografia adulta, há um grau de consentimento. Esse não é o caso da pornografia infantil, que deve ser considerada como um ato de abuso sexual, pelo fato de a criança não ser capaz de dar seu consentimento. Uma suposição que vai mais além é a de que a pornografia impede os abusos e as ofensas reais contra as vítimas. Não há evidências suficientes para apoiar essa teoria, pois muitos pedófilos passam do uso da pornografia infantil para o abuso real.

MITO: As crianças têm imaginação fértil e fantasiam muitas coisas, incluindo o abuso sexual.
REALIDADE: Apesar de as crianças realmente terem imaginação fértil e serem capazes de fantasiar muitas coisas, não significa que fantasiem o abuso sexual. A maioria das crianças não possui conhecimento nem percepção sexuais suficientes para ter o que são, em essência, fantasias sexuais adultas. A consequência dessa concepção errônea faz com que as pessoas não acreditem na criança, ignorando, portanto, a realidade do abuso sexual. Essas crenças também servem para deslocar a responsabilidade do abuso sexual do abusador para a criança.

MITO: O abuso sexual em crianças não causa danos à criança.
REALIDADE: Os pesquisadores encontraram evidências consideráveis de que o ASC pode causar danos significativos às crianças e que tem efeitos de curto e longo prazos. O perigo desse mito é que o ASC é minimizado em termos de danos e males para a criança. O pedófilo acredita que pratica amor e não abuso.


A criança é aliciada por seu abusador para se comportar da maneira que ele quer e, por ser impotente e indefesa perante o abuso, obedece por medo das consequências que podem advir se ela não concordar. Muitas crianças se resignam ao abuso sexual porque não têm meios de escapar e sobrevivem aos abusos sexuais pela obediência e dissociação, esperando que o suplício acabe tão logo quanto possível.
O impacto do abuso sexual varia de criança para criança, dependendo da idade que ocorre, do relacionamento com o abusador, da duração e da frequência do abuso e do tipo da atividade sexual, o que faz com que as crianças demonstrem uma gama de sinais e sintomas. Como quase sempre os abusadores fazem com que as crianças jurem segredo sobre o ASC, elas podem tentar comunicá-lo de formas não verbais.

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