Nunca, na minha vida, estive tão presente na sociedade. Isso é devido a redes de relacionamento. Nunca, também, senti tanto apóio e solidariedade. Nesse momento, em que novamente passo por tormentos, isso é o bálsamo, a salvação...
Como sempre sofri de depressão e medo das pessoas, me fechei completamente. Passei a me relacionar com alguns somente, muitas vezes de forma supérfula. Quando abri o orkut, em dezembro do ano passado, fui invadida por pessoas e compreensão. Fato desconhecido para mim até então. A sensação é que, aos 42 anos, descobri o mundo...Fui ouvida, compreendida, apoiada. Através das comunidades, penetrei num mundo conhecido bem por mim. Mas não me foquei somente em desgraça. Descobri os debates sobre literatura, arte, países...Travei conhecimento com pessoas de várias áreas, línguas, profissões, histórias de vida...Enriqueci o meu mundo.
Na mesma época, abri o facebook. Não gostava do face, não sabia como usar. Com o tempo fui aprendendo. Hoje, ao todo (no meu face pessoal e no da Bya) tenho quase 1.700 amigos. Muitos deles em comum. Montei uma rede de conhecimento, de divulgação. Aprendi a compartilhar, a dividir. A ouvir, a protestar. Fiz amizades que pretendo solidificar, trazer além do virtual...Mas o melhor de tudo, foi aprender a compartilhar. Não só a minha história, como a dos outros.
É claro que o mundo virtual tem as suas desvantagens. A maior, é que num tempo determinado, é preciso apertar o botão de desligar...ficar off...e nesse instante o mundo real te invade imensamente...totalmente...e nada, nada suavemente. A outra desvantagem é o vício, a dependência. Passei por isso. Sei muito bem o que é sacrificar a vida pessoal em prol da vida virtual. Somente com muita disciplina e determinação é que consegui vencer essa dependência. E, com isso, fui descobrindo o mundo real. E fiquei maravilhada, pois descobri pessoas maravilhosas!
Outro dilema que o virtual trouxe foi o da Bya Albuquerque. Sempre afirmei e afirmo que a Bya não é fake...é pseudônimo. Pseudônimo esse que precisei usar logo no início, para me proteger, e aos meus filhos. Bya sou eu...eu sou a Bya. Não tem como separar, desvincular nós duas, pois somos uma só. Mas a Bya começou a pesar em mim. De repente, quis ser eu mesma, ser amada e compreendida por quem sou...É uma batalha que travo comigo mesma. O que fazer? "Matar" a Bya e me assumir? Continuar? Decidi deixar como está. A Bya ficou sendo uma referência para várias pessoas, não seria justo com elas. E, na verdade, nem comigo mesma. Pois foi através da Bya Albuquerque que cresci, emergi e revivi. Pena que com todo esse dilema, essa dúvida, acabei sacrificando o blog, a minha comunidade e, muitas amizades. Fatos que pretendo corrigir...
Só me resta agradecer a todas as pessoas, a todos os amigos, tanto virtuais como reais. Pelo carinho e paciência, pela amizade e compreensão. Muito obrigada! Que Deus vos abençoe sempre e vos traga muita paz e harmonia!
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