MITO: A pornografia infantil é como a pornografia adulta e é inócua.
REALIDADE: Uma diferença fundamental entre a pornografia adulta e infantil é que, na maior parte dos casos da pornografia adulta, há um grau de consentimento. Esse não é o caso da pornografia infantil, que deve ser considerada como um ato de abuso sexual, pelo fato de a criança não ser capaz de dar seu consentimento. Uma suposição que vai mais além é a de que a pornografia impede os abusos e as ofensas reais contra as vítimas. Não há evidências suficientes para apoiar essa teoria, pois muitos pedófilos passam do uso da pornografia infantil para o abuso real.
MITO: As crianças têm imaginação fértil e fantasiam muitas coisas, incluindo o abuso sexual.
REALIDADE: Apesar de as crianças realmente terem imaginação fértil e serem capazes de fantasiar muitas coisas, não significa que fantasiem o abuso sexual. A maioria das crianças não possui conhecimento nem percepção sexuais suficientes para ter o que são, em essência, fantasias sexuais adultas. A consequência dessa concepção errônea faz com que as pessoas não acreditem na criança, ignorando, portanto, a realidade do abuso sexual. Essas crenças também servem para deslocar a responsabilidade do abuso sexual do abusador para a criança.
MITO: O abuso sexual em crianças não causa danos à criança.
REALIDADE: Os pesquisadores encontraram evidências consideráveis de que o ASC pode causar danos significativos às crianças e que tem efeitos de curto e longo prazos. O perigo desse mito é que o ASC é minimizado em termos de danos e males para a criança. O pedófilo acredita que pratica amor e não abuso.
A criança é aliciada por seu abusador para se comportar da maneira que ele quer e, por ser impotente e indefesa perante o abuso, obedece por medo das consequências que podem advir se ela não concordar. Muitas crianças se resignam ao abuso sexual porque não têm meios de escapar e sobrevivem aos abusos sexuais pela obediência e dissociação, esperando que o suplício acabe tão logo quanto possível.
O impacto do abuso sexual varia de criança para criança, dependendo da idade que ocorre, do relacionamento com o abusador, da duração e da frequência do abuso e do tipo da atividade sexual, o que faz com que as crianças demonstrem uma gama de sinais e sintomas. Como quase sempre os abusadores fazem com que as crianças jurem segredo sobre o ASC, elas podem tentar comunicá-lo de formas não verbais.
Esse blog não trata só de abusos, principalmente sexual. Há um segundo blog com os depoimentos. É claro que o tema é relevante, mas o blog trata de outros temas diversos, principalmente culturais.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Discussões do Livro / Parte II
ASC = abuso sexual em crianças
Os mitos e a realidade do abuso sexual em crianças (apenas alguns...)
MITO: O ASC não é tão comum quanto as pessoas pensam.
REALIDADE: O ASC está, sem dúvida, mais difundido do que as pessoas percebem. Acredita-se que o ASC ocorre em geral com uma entre quatro garotas e com um entre seis garotos. O ASC é algo sistemático e que pode algumas vezes durar por muitos anos.
MITO: O ASC ocorre apenas em certas comunidades / culturas / classes.
REALIDADE: O abuso sexual em crianças ocorre em todas as culturas, comunidades e classes. O ASC não acontece só com outros, pode acontecer com qualquer criança em qualquer lugar. Somos atraídos pela falsa idéia de segurança de que nossas crianças estão fora de perigo.
MITO: O ASC é desculpado pela Bíblia.
REALIDADE: A Bíblia está sujeita a todo tipo de interpretações. Abusadores podem utilizar essas interpretações para fornecer uma desculpa para abusar sexualmente de crianças. A Bíblia, porém, exige a proteção das crianças e o banimento de atos sexuais imorais.
MITO: O ASC ocorre apenas em famílias desestruturadas.
REALIDADE: Famílias não abusam sexualmente das crianças; os Indivíduos é que o fazem. O ASC pode ocorrer em qualquer família.
MITO: O abuso sexual em crianças está aumentando.
REALIDADE: O ASC existe há séculos. Ainda que muito do ASC permaneça oculto, é provável que seja menos oculto hoje do que no passado.
MITO : Estranhos abusam sexualmente das crianças.
REALIDADE: A pesquisa atual mostra que, em aproximadamente 87% dos casos, o abusador é alguém conhecido da criança e que tem a confiança dela.
MITO: Apenas homens homossexuais abusam dos garotos.
REALIDADE: Homens tanto heterossexuais como homossexuais ou bissexuais abusam das crianças. Na realidade, a maioria dos abusadores são heterossexuais.
MITO: Mulheres não abusam sexualmente das crianças.
REALIDADE: A pesquisa sugere que aproximadamente 20% a 25% dos ASC são perpetradas por mulheres.
MITO: O abuso sexual é sempre violento.
REALIDADE: O ASC pode ser violento, mas a maneira pela qual é infligido não necessariamente envolve algum tipo de violência física. A maior parte dos ASC envolve engodo, manipulação e "lavagem cerebral" sutil da criança. De início, muitos pedófilos demonstram pela criança atenção, afeição e "amor" extra-especiais e, então, a chantagem para garantir que ela se submeta ao abuso sexual e permaneça quieta, o que é feito pela remoção do amor e da atenção ou pela recompensa da criança com agrados ou presentes. Alguns pedófilos garantem o silêncio da criança com ameaças contra ela, seus pais, irmãos ou animais de estimação.
MITO: Não há abuso sexual se a criança consentiu.
REALIDADE: A criança não é capaz de saber do que ela está participando, nem as consequencias do seu comportamento e, como tal, não é capaz de dar consentimento. Uma criança não está totalmente consciente da sua sexualidade ou do sexo e de todas as suas complexidades. Em geral, a criança não tem escolha, a não ser consentir com o abuso sexual. Isso é submissão, não consentimento.
Continua...
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Discussões do Livro / Parte I
Comecei a ler o livro "Abuso Sexual em Crianças" de Christiane Sanderson. O objetivo do livro é fortalecer Pais e Professores para proteger crianças contra Abusos Sexuais e Pedofilia. Fala sobre o desenvolvimento sexual da criança abusada; o impacto do abuso sexual em crianças; sinais e sintomas de abuso sexual em crianças; entre outras coisas...
"É obrigação dos adultos manter as crianças longe dos perigos, mas isso só é possível se eles tiverem informações suficientes para avaliar quando uma criança está em perigo." (Tink Palmer, Oficial de Normas e Práticas da Barnardo / Maior instituição de caridade voltada para crianças do Reino Unido).
"A melhor maneira de manter seu filho seguro é educar a si mesmo quanto ao abuso sexual em crianças. Se eu soubesse mais sobre os sinais de alerta, talvez pudesse ter impedido minha filha de ter sido abusada sexualmente". (Mãe de uma criança de 5 anos abusada sexualmente).
"O abuso sexual em crianças pode ser violento, mas a maneira pela qual é infligido não envolve violência nenhuma. A maioria dos abusos sexuais implica uma lavagem cerebral sutil da criança, que é recompensada com agrados ou com mais amor e atenção ou, ainda, subornada para se manter quieta". (Survivors Swindon, organização de auxílio a adultos sobreviventes ao abuso sexual quando crianças).
O livro fornece também endereços eletrônicos e contatos úteis para informações e denúncias...
"É obrigação dos adultos manter as crianças longe dos perigos, mas isso só é possível se eles tiverem informações suficientes para avaliar quando uma criança está em perigo." (Tink Palmer, Oficial de Normas e Práticas da Barnardo / Maior instituição de caridade voltada para crianças do Reino Unido).
"A melhor maneira de manter seu filho seguro é educar a si mesmo quanto ao abuso sexual em crianças. Se eu soubesse mais sobre os sinais de alerta, talvez pudesse ter impedido minha filha de ter sido abusada sexualmente". (Mãe de uma criança de 5 anos abusada sexualmente).
"O abuso sexual em crianças pode ser violento, mas a maneira pela qual é infligido não envolve violência nenhuma. A maioria dos abusos sexuais implica uma lavagem cerebral sutil da criança, que é recompensada com agrados ou com mais amor e atenção ou, ainda, subornada para se manter quieta". (Survivors Swindon, organização de auxílio a adultos sobreviventes ao abuso sexual quando crianças).
O livro fornece também endereços eletrônicos e contatos úteis para informações e denúncias...
domingo, 19 de setembro de 2010
Sakineh e a política externa brasileira
A iraniana Sakineh Ashtiani corre o risco de ser executada brevemente, em um ato de flagrante barbárie, com o qual não se pode compactuar
A opressão das mulheres é um problema mundial. O bloco ocidental do globo, porém, avançou nas diretrizes traçadas pelos direitos humanos e está aprendendo, devagar e firmemente, a respeitar a população feminina e a reconhecer-lhe direitos iguais aos dos homens.
No Brasil, temos leis que protegem a mulher da violência doméstica e, para isso, contamos com os serviços das delegacias de defesa da mulher e das varas especiais de violência doméstica, instituídas pela Lei Maria da Penha.
Embora ainda exista muita agressão à mulher em nosso país, nada se compara à violência estatal que está em curso no Irã.
Sakineh Ashtiani, mulher iraniana de 42 anos, assim como muitas outras antes dela, encontra-se no corredor da morte.
Seu crime, confessado mediante tortura, foi ter mantido relações sexuais fora do casamento. Ela estava separada do marido, quando encontrou outro homem que se tornou seu namorado.
Por essa conduta, considerada adultério pela sharia (lei islâmica), foi presa, torturada e condenada à morte. Posteriormente, acrescentaram-lhe mais uma acusação, que ela nega: ter assassinado seu ex-marido, em coautoria.
Há poucos dias, mais uma punição: 99 chibatadas por ter sido exibida na TV uma fotografia sua sem os trajes tradicionais da mulher muçulmana. Mesmo tendo ficado esclarecido, logo em seguida, que a foto não era dela, Sakineh continuou condenada ao açoite.
Todos esses "crimes" foram-lhe atribuídos sem um julgamento justo, sem o devido processo legal. O advogado de Sakineh está foragido, por ter sido ameaçado de morte. Acabou renunciando ao mandato e não a defende mais.
O filho dela, Sajad Qaderzadeh, foi interrogado pela polícia e ameaçado após ter dado entrevista a jornais estrangeiros, conforme informou a Anistia Internacional.
Ainda segundo a mesma organização de defesa dos direitos humanos, no ano passado foram executadas 388 pessoas no Irã, sendo 14 em ato público e pelo menos uma apedrejada. Um dos maiores índices de execução do mundo.
Sakineh corre o risco de ser executada brevemente, em ato de flagrante barbárie. A comunidade internacional vem intercedendo a seu favor. O Brasil ofereceu a ela asilo político, as organizações de direitos humanos pedem que ela seja poupada, mas as autoridades iranianas não parecem se sensibilizar com tais apelos.
Antes desses fatos, o presidente Lula foi mostrado em fotografias ao lado do presidente Ahmadinejad, ambos sorrindo e revelando ao mundo as relações de amizade entre os dois países. Apesar disso, não parece que a aproximação com o Irã esteja trazendo ganhos econômicos significativos ao nosso país.
O momento exige, de nossa parte, posição firme em defesa dos direitos humanos e postura mais crítica com relação a países que executam cruelmente mulheres e homossexuais, pelo simples fato de serem mulheres e homossexuais.
Nossa Constituição Federal proíbe toda e qualquer forma de discriminação, consagrando ampla proteção aos direitos da cidadania.
Não podemos contrariar nossas próprias leis e ignorar violações gravíssimas, mesmo que cometidas por outros países.
Da Folha de São Paulo de 18/09/10
Texto de LUIZA NAGIB ELUF, procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e autora de "A Paixão no Banco dos Réus", entre outros livros, é candidata a deputada federal (PV-SP). Foi secretária nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça (governo Fernando Henrique Cardoso).
No Brasil, temos leis que protegem a mulher da violência doméstica e, para isso, contamos com os serviços das delegacias de defesa da mulher e das varas especiais de violência doméstica, instituídas pela Lei Maria da Penha.
Embora ainda exista muita agressão à mulher em nosso país, nada se compara à violência estatal que está em curso no Irã.
Sakineh Ashtiani, mulher iraniana de 42 anos, assim como muitas outras antes dela, encontra-se no corredor da morte.
Seu crime, confessado mediante tortura, foi ter mantido relações sexuais fora do casamento. Ela estava separada do marido, quando encontrou outro homem que se tornou seu namorado.
Por essa conduta, considerada adultério pela sharia (lei islâmica), foi presa, torturada e condenada à morte. Posteriormente, acrescentaram-lhe mais uma acusação, que ela nega: ter assassinado seu ex-marido, em coautoria.
Há poucos dias, mais uma punição: 99 chibatadas por ter sido exibida na TV uma fotografia sua sem os trajes tradicionais da mulher muçulmana. Mesmo tendo ficado esclarecido, logo em seguida, que a foto não era dela, Sakineh continuou condenada ao açoite.
Todos esses "crimes" foram-lhe atribuídos sem um julgamento justo, sem o devido processo legal. O advogado de Sakineh está foragido, por ter sido ameaçado de morte. Acabou renunciando ao mandato e não a defende mais.
O filho dela, Sajad Qaderzadeh, foi interrogado pela polícia e ameaçado após ter dado entrevista a jornais estrangeiros, conforme informou a Anistia Internacional.
Ainda segundo a mesma organização de defesa dos direitos humanos, no ano passado foram executadas 388 pessoas no Irã, sendo 14 em ato público e pelo menos uma apedrejada. Um dos maiores índices de execução do mundo.
Sakineh corre o risco de ser executada brevemente, em ato de flagrante barbárie. A comunidade internacional vem intercedendo a seu favor. O Brasil ofereceu a ela asilo político, as organizações de direitos humanos pedem que ela seja poupada, mas as autoridades iranianas não parecem se sensibilizar com tais apelos.
Antes desses fatos, o presidente Lula foi mostrado em fotografias ao lado do presidente Ahmadinejad, ambos sorrindo e revelando ao mundo as relações de amizade entre os dois países. Apesar disso, não parece que a aproximação com o Irã esteja trazendo ganhos econômicos significativos ao nosso país.
O momento exige, de nossa parte, posição firme em defesa dos direitos humanos e postura mais crítica com relação a países que executam cruelmente mulheres e homossexuais, pelo simples fato de serem mulheres e homossexuais.
Nossa Constituição Federal proíbe toda e qualquer forma de discriminação, consagrando ampla proteção aos direitos da cidadania.
Não podemos contrariar nossas próprias leis e ignorar violações gravíssimas, mesmo que cometidas por outros países.
Da Folha de São Paulo de 18/09/10
Texto de LUIZA NAGIB ELUF, procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e autora de "A Paixão no Banco dos Réus", entre outros livros, é candidata a deputada federal (PV-SP). Foi secretária nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça (governo Fernando Henrique Cardoso).
Terror
Após a abertura da página "Filhas do Silêncio" no facebook, tenho recebido muitas mensagens. A maior dúvida exteorizada é por que me submeti tanto tempo ao meu pai. Quando criança, ainda dá para entender...mas e depois? É difícil explicar, pois envolve vários tipos de sentimentos. Envolve terror (um medo profundo), impotência diante da situação (na época, não havia nenhum tipo de ajuda para esses casos), omissão e rejeição (não podia contar com a minha mãe) e uma forte chantagem emocional.
Desde pequena aprendi a sentir medo do meu pai. E ele impunha esse medo de uma maneira brutal...tiranizando...agredindo verbalmente e, principalmente, chantageando.
Devo contar um pouco sobre ele. Homem extremamente culto e articulado. Bem apessoado, elegante. Viajado (conheceu mais de 65 países). Tocava piano, lia muito, conhecia a fundo praticamente todos os assuntos. Tudo girava em torno dele...todos giravam em torno dele. Era um homem para ser adorado ou odiado. Não havia meio termo...E a grande maioria simplesmente o adorava, o idolatrava. Como eu poderia chegar e contar? Quem iria acreditar? Até hoje sou considerada mentirosa e louca. Inclusive pela minha mãe.
Com certeza, psicólogos / psiquiatras explicam isso. Lembro,como se fosse hoje, que desde pequena distinguia os passos dele. Nunca errava. Eu podia estar no apartamento e ele na rua...Os finais de semana eram um tormento para mim. Ele sempre dava um jeito de tirar a minha mãe de casa e aí...Quase sempre eu queria sair junto, mas as ameaças vinham através de gestos. Frequentemente eu chorava de desespero, tentava sinalizar para a minha mãe, mas ela era impiedosa. Talvez, se eu tivesse tido uma MÃE, não teria chegado a tanto.
Quando comecei a me rebelar, com mais ou menos 19 anos, ele passou a me chantagear fortemente em relação a minha irmã. Chegou ao ponto de tentar molestá-la; ela me contou. Tudo o que eu sofri até aquele momento, tinha sido por ela. Seria tão fácil ir embora...mas e ela? Como poderia deixar que ele a molestasse (ela é 11 anos e meio mais nova que eu). O amor que sentia por minha irmã era incondicional. Hoje em dia ela não fala comigo, me despreza, considera que sou louca e mentirosa...que sou responsável pela morte dele (muitos acham isso).
Tudo o que eu aguentei foi por amor, para poupar a minha mãe e minha irmã e, principalmente, pelo terror que sentia do meu pai. A escolha foi minha e, com certeza, estou pagando muito caro por ela. Até hoje! O que dói mais não é a agressão física sofrida e, sim, a agressão verbal, que sofro desde adolescência e ainda sofro da minha mãe e de várias pessoas.Desprezo também.
Por vários anos rejeitei a idéia de ter filhos (apesar de sempre ter sido o meu maior sonho). Também não queria me casar. Hoje estou no 18° ano do meu casamento e temos dois filhos. E, se no passado fui imperfeita, sei que sou uma boa mãe. Mãe amiga e companheira. Liberal, mas criteriosa. E, o mais importante de tudo, amorosa!
A violência fica impugnada na gente por toda a vida. O tempo se incube do perdão, mas não de aceitação. É duro ouvir a minha mãe gritar que a culpa foi minha, que fui eu que permiti...quando na verdade busquei sua ajuda e tentei poupá-la. É duro, aos 43 anos, ainda sofrer descaso e rejeição da própria mãe...e da sociedade. Mas vou caminhando em frente. Caminhando e lutando. Lutando e tentando perdoar, aos outros e a mim mesma. Simplesmente tentando ficar em paz e ser feliz.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Saúde Emocional
Cada vez mais as pessoas adoecem emocionalmente. O adoecer emocional somatiza para o físico. Quem fica doente emocionalmente, também adoece fisicamente e, muitas vezes, mentalmente. Depressão, ansiedade, angústia, insônia são causados e causadores de muitos males. E os males que as causam, na maioria das vezes, são o descaso, a omissão e a agressão verbal.
Não é preciso muito para corrigir isso, para enriquecer o nosso dia a dia. Mas, quase sempre, buscamos a química dos remédios, relegando a química do amor ao segundo plano. Uma palavra agradável, um sorriso, atenção para com o próximo são bálsamo para a nossa alma. Interessar-se um pouco mais por nossos companheiros talvez resolvesse várias pendências. Palavras bondosas, de estímulo, são pílulas que curam. Basta tão pouco para tornar o dia mais aprazível e amenizar os males emocionais...É só olhar para dentro de si mesmo e buscar o seu melhor. E, com isso, tornar menos árduo o seu dia, prosperar o seu humor. Contagiar aos outros...Invés de tomar um comprimido e lamentar-se, olhe ao redor. Sorria, ajude, se interesse pelo semelhante. Tenha tempo para o próximo e o tempo se incubirá de suavizar os seus males pessoais. É como uma corrente...um elo está interligado ao outro. Basta tão pouco...para fazer muito!!!
domingo, 12 de setembro de 2010
Solidariedade e Amizades Virtuais
Nunca, na minha vida, estive tão presente na sociedade. Isso é devido a redes de relacionamento. Nunca, também, senti tanto apóio e solidariedade. Nesse momento, em que novamente passo por tormentos, isso é o bálsamo, a salvação...
Como sempre sofri de depressão e medo das pessoas, me fechei completamente. Passei a me relacionar com alguns somente, muitas vezes de forma supérfula. Quando abri o orkut, em dezembro do ano passado, fui invadida por pessoas e compreensão. Fato desconhecido para mim até então. A sensação é que, aos 42 anos, descobri o mundo...Fui ouvida, compreendida, apoiada. Através das comunidades, penetrei num mundo conhecido bem por mim. Mas não me foquei somente em desgraça. Descobri os debates sobre literatura, arte, países...Travei conhecimento com pessoas de várias áreas, línguas, profissões, histórias de vida...Enriqueci o meu mundo.
Na mesma época, abri o facebook. Não gostava do face, não sabia como usar. Com o tempo fui aprendendo. Hoje, ao todo (no meu face pessoal e no da Bya) tenho quase 1.700 amigos. Muitos deles em comum. Montei uma rede de conhecimento, de divulgação. Aprendi a compartilhar, a dividir. A ouvir, a protestar. Fiz amizades que pretendo solidificar, trazer além do virtual...Mas o melhor de tudo, foi aprender a compartilhar. Não só a minha história, como a dos outros.
É claro que o mundo virtual tem as suas desvantagens. A maior, é que num tempo determinado, é preciso apertar o botão de desligar...ficar off...e nesse instante o mundo real te invade imensamente...totalmente...e nada, nada suavemente. A outra desvantagem é o vício, a dependência. Passei por isso. Sei muito bem o que é sacrificar a vida pessoal em prol da vida virtual. Somente com muita disciplina e determinação é que consegui vencer essa dependência. E, com isso, fui descobrindo o mundo real. E fiquei maravilhada, pois descobri pessoas maravilhosas!
Outro dilema que o virtual trouxe foi o da Bya Albuquerque. Sempre afirmei e afirmo que a Bya não é fake...é pseudônimo. Pseudônimo esse que precisei usar logo no início, para me proteger, e aos meus filhos. Bya sou eu...eu sou a Bya. Não tem como separar, desvincular nós duas, pois somos uma só. Mas a Bya começou a pesar em mim. De repente, quis ser eu mesma, ser amada e compreendida por quem sou...É uma batalha que travo comigo mesma. O que fazer? "Matar" a Bya e me assumir? Continuar? Decidi deixar como está. A Bya ficou sendo uma referência para várias pessoas, não seria justo com elas. E, na verdade, nem comigo mesma. Pois foi através da Bya Albuquerque que cresci, emergi e revivi. Pena que com todo esse dilema, essa dúvida, acabei sacrificando o blog, a minha comunidade e, muitas amizades. Fatos que pretendo corrigir...
Só me resta agradecer a todas as pessoas, a todos os amigos, tanto virtuais como reais. Pelo carinho e paciência, pela amizade e compreensão. Muito obrigada! Que Deus vos abençoe sempre e vos traga muita paz e harmonia!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Página no facebook
Com a ajuda do meu marido, criamos uma página no facebook intitulada "Filhas do Silencio". Juntamente com o blog e o orkut, dará continuação à luta contra qualquer tipo de violência.
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