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sábado, 29 de março de 2014

Linchamento pros estupradores

José de Souza Martins escreve: A LEI DA MADEIRA
Num país em que a pseudocidadania não dá à mulher proteção contra o estupro, valores arcaicos a protegem, a seu modo, com a cultura da vingança e do castigo
Os ataques de homens a mulheres no metrô e nos trens da CPTM mostram quanto ainda estamos longe de reconhecer a mulher como ser de direitos iguais e universais. Os agressores foram, num caso, um universitário, desempregado, residente na periferia. No outro, um técnico de informática e um engenheiro, igualmente jovens, que fotografavam as partes íntimas das vítimas na escadaria do metrô. Colhiam material visual para usar na internet.
A Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) vem monitorando esse ativismo nas redes sociais. Uma página no Facebook, que se chama "Os Encoxadores" e estimula esse tipo de agressão contra passageiras de trem e metrô, tem mais de 12 mil seguidores. Trata-se, pois, de um movimento coletivo motivado por propósitos perversos e antissociais. Só neste ano, a Delpom já registrou 22 casos de ataques a mulheres em trens e estações, dos quais apenas um, o do universitário, foi classificado como estupro, sendo os demais definidos como importunação ofensiva ao pudor.
Dois dias antes da ocorrência na Estação da Luz houve uma tentativa de linchamento no outro extremo do País, em Boa Vista, Roraima. O sujeito arrastara para um matagal e tentara estuprar uma adolescente que fora levar a irmã à escola e voltava para casa. Ela escapou e pediu socorro, o que provocou o ajuntamento de vizinhos furiosos, que atacaram o estuprador a socos, pontapés e pauladas. Açulados pelas mulheres, os linchadores o despiram e lhe enfiaram um pedaço de madeira no ânus. Desmaiado, sangrando, foi amarrado e arrastado pelas ruas. Alguém filmou a ocorrência e colocou as imagens no YouTube, o que vem se tornando cada vez mais frequente.
A violência contra a mulher, longe de regredir, aumenta. Também modernizada, amplia-se na forma e no alcance, anula direitos lentamente conseguidos. Cada vez mais os agressores agem como se agredir as mulheres fosse um direito, como se a mulher fosse um ser de segunda categoria, mero objeto à disposição do homem. Os casos que vêm ocorrendo no metrô e na ferrovia envolvem como agressores pessoas da classe média, da qual amplo setor chega ao uso dos recursos e equipamentos do mundo moderno sem que sua mentalidade também tenha chegado lá, mesmo tendo curso superior. Chegaram à internet, mas não à civilização. São pessoas que têm uma relação patológica com os meios da modernidade.
Numa sociedade historicamente originária da cultura mutilante e repressiva da escravidão, que se disseminou para todo o conjunto das chamadas classes subalternas, e não só para elas, era de se esperar que a progressiva ampliação da liberdade civil e cidadã encontrasse um obstáculo no próprio novo suposto cidadão. Há muitas manifestações das consequências do desencontro entre o que se era e o que ainda não se é, apesar do progresso. A liberalidade dos tempos atuais, entendida como permissividade, como triunfo do mais forte ou do mais esperto e atrevido contra o mais frágil e simples, criou e difunde a curiosa concepção de que aqui as pessoas só têm direitos, nenhum dever.
O caso de Roraima, no outro extremo, contrasta com a benevolência liberalizante de classificar a agressão contra a mulher como mera importunação ofensiva ao pudor. Não se trata de adotar a lei do cão. O caso de Roraima e de numerosos outros semelhantes envolvendo o linchamento do agressor, documenta antropologicamente que a população, baseada no costume e na tradição, tem uma tolerância bem menor em relação a essa violência e adota extremo rigor no conceito de justiça com que a pune. Embora o índice de mortos e feridos em linchamentos em geral seja quase igual ao registrado em linchamentos motivados por estupro, o índice dos que escapam é de 8,2% num caso e de apenas 2,9% em outro, o que bem indica quanto o estupro é mais violentamente punido em comparação a outros motivos para linchar. É significativo que no caso de linchamentos de presos por estupro por outros presos o índice de mortos e feridos seja de 80%, dois terços dos quais de mortos. Mesmo os presos têm dificuldade em conviver com alguém que tenha praticado esse tipo de crime.
O estupro não é para a população apenas a consumação física da agressão sexual, mas também a violência simbólica do desrespeito. Muito mais grave do que para a classe média adventícia, cujos valores dominantes são os do mundo do consumo e não os do mundo da pessoa, o mundo das coisas e não o dos humanos. Os linchadores tendem a punir por igual tanto o estupro quanto o desrespeito. É que a mulher em nossa cultura tradicional é mais que o ser biológico. É também depositária da sacralidade da reprodução, o que a torna sexualmente intocável, a não ser nos ritos próprios do casamento e da procriação. O que não tira do vínculo sexual tudo aquilo que lhe é próprio e toda a alegria que é própria do amor. Portanto, num país em que a pseudocidadania, mais de discurso do que efetiva, ainda não conferiu à mulher toda proteção a que tem direito, os valores arcaicos da sociedade tradicional a protegem, a seu modo, na cultura da vingança e do castigo definitivo.
JOSÉ DE SOUZA MARTINS É SOCIÓLOGO, PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE FILOSOFIA DA USP E AUTOR, ENTRE OUTROS, DE A SOCIOLOGIA COMO AVENTURA
D'O Estado de São Paulo de 22/03/2014

SENTIMENTO OBSCURO / Cassandra Alpoim In Amor Perplexo

As noites caiem no sentimento mais obscuro
e batem-me no rosto como uma tempestade
que se mistura dentro da alma numa nuvem
que desencadeia relâmpagos e trovões e me
deixam exangue,e esta vivência díaria com a
raiva de quem se sente injustiçada pela vida,
e eu nada posso modificar,a não ser conviver.
Pelo ar passeiam os amores antigos e novos
os que dizem ser e afinal,não se firmam por
medo ,receios antigos tempos difíceis grutas
da consciência já maculada por desventuras.

Na noite escura diviso a lua entre nuvens e só
lhe peço luz para encarcerar a obscuridade que
me pesa impiedosa e descubro o teu sorriso à
distância como um mar de esperança e incógnita..
Viver estes caminhos de pedras sem a luz é duro
árdua tarefa,e descobrir que estou mais só agora
entre a luz e a escuridão como rescaldo de guerra
do tempo célere e amargo que se deita aos pés e
abre uma cratera onde surge a memória do amor
enlutado,do que se ofereceu inteiro e desapareceu
sem palavras,por covardia por não ser de facto esse
amor,mas uma passagem breve árida desabitada..

Este sentimento tão despojado e perdido no espaço
passa vagaroso pela garganta como um despojo,um
açoite na alma que se consome desorientada à espera
da revelação de uma estrela mais forte que o Sol,mais
promissora que a Lua,mais real que uma fantasia só.
..

sábado, 22 de março de 2014

Americana é inocentada de morte filha de dois anos / Revista VEJA

Casey foi vítima de abuso sexual, praticado pelo seu pai, durante 4 anos. Uma das consequências do abuso é que por vítima ficar calada...guardando segredo...e escondendo emoções é que na fase adulta, perante um forte fato, a pessoa também não demonstra suas emoções, tentando viver a parte do fato. Eu mesma, diante de muitas desgraças, me mantive calma e serena por fora, porém devastada totalmente por dentro. Julgar é fácil...achar que o abuso sexual não é nada é fácil também. Difícil é analisar todos os fatos a partir de uma visão do abusado. Pois não é somente o corpo a sofrer a violência...mas o psicológico e os sentimentos também. Guardar em segredo uma violência destrói todo o nosso emocional e podemos aparentar aquilo que não somos...Bya Albuquerque.


Matéria de 05/07/11

A americana Casey Anthony foi inocentada nesta terça-feira da acusação de matar sua filha de dois anos em 2008 em Orlando, na Flórida. O júri formado por sete mulheres e cinco homens chegou ao veredicto após 11 horas de deliberação em um julgamento que se arrastou por mais de seis semanas e mobilizou a opinião pública. Dos sete crimes atribuídos pela promotoria a Casey, os jurados só a condenaram por quatro acusações, todas ligadas a falsos testemunhos à polícia. 
Casey Anthony, de 25 anos, se declarou o tempo todo inocente das acusações. Ela nega ter machucado sua filha ou atrapalhado as investigações da polícia. Durante o julgamento, aparentou nervosismo e foi vista mordendo os lábios enquanto esperava o veredicto. Ao ouvi-lo, chorou.
Acusação - A teoria da acusação era a de que Casey usou clorofórmio para anestesiar a criança e lhe vedou o nariz e a boca com uma fita adesiva para sufocá-la. Depois, a mãe teria enrolado o corpo da menina em um cobertor e o deixado no porta-malas de seu carro durante alguns dias antes de jogá-lo num matagal próximo à casa de seus pais, avós da criança.
Ainda que tenha contado com uma equipe de 50 investigadores, que recolheram 400 pistas no local onde Caylee foi encontrada, a promotoria não conseguiu comprovar a sua tese, nem havia testemunha que a ligasse diretamente ao crime. O próprio promotor, Bruce Poston, admitiu mais tarde que as evidências contra Casey eram circunstanciais e que não havia provas suficientes que explicassem a morte de Caylee, já que o corpo da menina estava em um estado avançado de decomposição quando foi encontrado.
Orlando Sentinel/Getty Images
Caylee Anthony
Caylee Anthony, 2 anos
Indiferença - Os promotores também apontaram o comportamento suspeito de Casey durante os 31 dias de desaparecimento de sua filha. De acordo com testemunhos, ela não parecia abalada pelo sumiço de Caylee e mudou-se para a casa de seu então namorado, Tony Lazzaro. Ela também teria ido a boates em Orlando, feito uma tatuagem com a inscrição “Bella Vita” (“bela vida”, em italiano) e até teria participado de um concurso de beleza. O seu ex-namorado e outros amigos disseram que Casey não mencionou a ninguém que sua filha estava desaparecida, não pediu ajuda e sequer pareceu ansiosa ou triste durante esses 31 dias.
Defesa - Já a defesa diz que a criança não foi assassinada, mas encontrada afogada na piscina da casa dos avós em 16 de junho de 2008, último dia em que foi vista. Em seu argumento, a defesa responsabiliza o pai de Casey, George Anthony, que, segundo os advogados, teria entrado em pânico e ajudado a esconder o cadáver. George chegou a chorar ao falar de uma tentativa sua de suicídio em 2009, pouco após a descoberta do corpo de Caylee.
Pena - Na próxima quinta-feira, Casey receberá a sentença pelos crimes ligados ao falso testemunho à polícia. A pena será de no máximo quatro anos de cadeia, e alguns analistas acreditam que ela nem será sentenciada à prisão. Se fosse condenada pelo homicídio premeditado da filha, Casey podia pegar prisão perpétua e até pena de morte.
Repercussão - Permeado de pontos obscuros e versões divergentes, o caso chocou os Estados Unidos e dominou o noticiário. Milhares de pessoas tentaram acompanhar a audiência no tribunal. Os americanos mais curiosos até acamparam nos arredores do tribunal para tentar conseguir assentos no tribunal - chegando a se engalfinhar para assistir ao capítulo final do drama da família Anthony. O caso já provocava uma forte repercussão desde o início do julgamento, há seis semanas. Os telejornais da Flórida mudaram sua grade de programação para poder divulgar novas informações sobre o desenrolar da história ao vivo. Os grandes jornais dos Estados Unidos também acompanharam de perto o caso, que, com esse final surpreendente, ganhou as manchetes da maioria deles.
O filme pode ser visto no Telecine...está à disposição no NOW.



sábado, 15 de março de 2014

TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO / DRAUZIO VARELLA

PRINCIPAL CONSEQUÊNCIA DO ABUSO SEXUAL...BYA.


O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando se recorda do fato, ele revive o episódio, como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais.
Aproximadamente entre 15% e 20% das pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas em casos de violência urbana, agressão física, abuso sexual, terrorismo, tortura, assalto, sequestro, acidentes, guerra, catástrofes naturais ou provocadas, desenvolvem esse tipo de transtorno. No entanto, a maioria só procura ajuda dois anos depois das primeiras crises.
Recente pesquisa desenvolvida pela UNIFESP (Universidade Federal do Estado de São Paulo) e por outras universidades brasileiras, em parceria com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, levantou a hipótese de a causa do transtorno estar no desequilíbrio dos níveis de cortisol ou na redução de 8% a 10% do córtex pré-frontal e do hipocampo, áreas localizadas no cérebro.
Sintomas
Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para aparecer. Eles costumam ser agrupados em três categorias:
a) Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos;
b) Esquiva e isolamento social:  a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;
c) Hiperexcitabilidade psíquica e  psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.
É comum o paciente desenvolver comorbidades associadas ao TEPT.
Diagnóstico
O DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças) estabeleceram os critérios para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático.
O primeiro requisito é identificar o evento traumático (agente estressor), que tenha representado ameaça à vida do portador do distúrbio ou de uma pessoa querida e perante o qual se sentiu impotente para esboçar qualquer reação. Os outros levam em conta os sintomas característicos do TEPT.
Tratamento
São opções de tratamento a terapia cognitivocomportamental e a indicação de medicamentos ansiolíticos, quando necessários.
Recomendações
* Preste atenção: o número de diagnósticos de transtorno do estresse pós-traumático tem aumentado nas últimas décadas. Procure assistência médica, se apresentar sintomas que possam ser atribuídos a esse distúrbio da ansiedade;
* Lembre-se de que a ocorrência de um agente estressor não significa que a pessoa vai desenvolver TEPT: algumas são mais vulneráveis e predispostas;
* Não subestime os sintomas do transtorno em crianças e
idosos depois de terem vivenciado situações traumáticas.

ESTUPRO = ARMA DE GUERRA / ALDO PEREIRA

Estratégia do estupro

Verdade que o estupro já não pesa tanto como incentivo militar. Menos disciplinadas, guerrilhas e milícias o cometem sistematicamente
Como a Terra Prometida já fosse habitada, Moisés ordenou prévia limpeza étnica como Javé exigira, mas recomendou: "Matem todas as crianças do sexo masculino e todas as mulheres que tiveram relações sexuais com homens. Deixem vivas apenas as meninas que não tiveram relações sexuais com homens, e elas pertencerão a vocês." (Números 31:17-18, "Bíblia da CNBB")
Impossível avaliar a motivação sexual em conflitos armados. Perspectiva de estupro como extensão da pilhagem deve ter facilitado muito recrutamento militar, sobretudo de mercenários sem os quais nem Roma nem Alexandre teriam criado impérios. Eurípides (c. 484-406 a.C.) dramatizou em "As Troianas" como a pilhagem de Troia abrangeu partilha de filhas e viúvas de guerreiros troianos. Lenda, sim, mas inspirada em modelos históricos e pré-históricos: quem se vangloria da própria linhagem deve temperar o orgulho com esta certeza: em perspectiva milenar, todos nós descendemos de estupradores.
Verdade que estupros já não pesam tanto como incentivo militar. Mais comum hoje é que forças armadas os proíbam e punam (embora em geral com escandalosa leniência, como nos denunciados estupros de refugiadas cometidos por militares da ONU). Menos disciplinadas, guerrilhas e milícias cometem estupro sistemático em alta escala.
Foi assim na guerra de partição da ex-Iugoslávia e tem sido no banditismo endêmico que na África se mascara como guerras civis e conflitos tribais. Estímulo incidental dissimulado: comércio de armas, controle de minas (diamantes, ouro) e outros secretos interesses extracontinentais.
Estupro estratégico não se confunde com prática oportunista como a dos estupros de dezenas de manifestantes em recentes distúrbios do Egito. A estratégia se caracteriza quando inspirada por ódio. Na invasão e subsequente ocupação da Alemanha, soldados soviéticos que violavam alemãs (estimativas vão de 100 mil a 2 milhões de vítimas) racionalizavam a brutalidade como vingança das atrocidades nazistas na URSS.
Ódio étnico conjuga animalidade com interesse político de forçar emigração ou destruir coesão familiar. Embora injusto, em muitas sociedades o estigma de estuprada causa repúdio de esposas e desqualifica solteiras para o casamento. Na ex-Iugoslávia, sérvios que violavam muçulmanas bósnias confinadas em "campos de estupro" buscavam satisfação adicional de engravidá-las com "mestiços". Em 1994, motivação semelhante agravou em Ruanda o genocídio de tútsis por hútus. Número estimativo de estupradas: entre 250 mil e meio milhão.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estimou haver ocorrido na República Democrática do Congo, apenas em 2009, 130-140 mil estupros, um terço das vítimas crianças, e 13% das quais com menos de 10 anos. Segundo o "American Journal of Public Health", entre 2006 e 2007 o número de estupros na RDC passou de 400 mil. A Anistia Internacional já denunciou que na Colômbia todas as facções da guerra civil praticam "estupro punitivo".
O jornal francês "Le Monde" qualificou suposta prática de estupro sistemático como "arma de destruição em massa" do governo sírio. A reputação de credibilidade de "Le Monde" decerto valida como plausíveis os horrores relatados. Mas, unilateral e hiperbólica, a denúncia parece engajada na campanha de desinformação em favor dos mercenários que a Arábia Saudita paga para desestabilizar a Síria. Afinal, estupro é também tema quente de propaganda.
Texto de ALDO PEREIRA, 81, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha
Da Folha de São Paulo de 11/03/2014

Novo Depoimento...

NÃO DEIXEM DE LER O DEPOIMENTO DA ALICE NO BLOG DE DEPOIMENTOS!!! BYA

sexta-feira, 14 de março de 2014

Poema da Claudia Salles...

Existem momentos;
que precisamos fazer nosso silêncio.
Para tecer nossos sentimentos.
Criar laços...
Rever cada lembrança
Crer em cada esperança.
Direcionar nossos passos.
Fortalecer o coração.
Deixar que passe toda a dor.
Que nos toque cada emoção.
Para que possamos ser novamente.
A alma que vê encantos.
Consola os prantos.
E sorri, semeando docemente...


Poema do Fernando Pessoa...

"Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê, quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo é do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem, diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li o que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."


quinta-feira, 6 de março de 2014

A violência doméstica contra crianças e adolescentes! / Paulo Novaes Silva

Formas de Violência

A violência doméstica contra crianças e adolescente pode se manifestar de diversas maneiras além da agressão física. Assim, é comum a violência através de ameaças, humilhações e outras formas que afetam psicologicamente as crianças e adolescentes.

Outra forma constante de violência é a omissão: alguns pais deixam de fornecer os cuidados necessários ao crescimento de seus filhos, que passam a sofrer privações essenciais à sua formação, como falta de carinho, de limpeza e, até mesmo, de alimentação adequada. Vale ressaltar que nem sempre essa omissão é decorrente da situação de pobreza em que a família vive.

Uma das maneiras mais perversas de violência contra a criança e o adolescente é o abuso sexual. Mais comum do que se acredita, ele acarreta fortes traumas nessas pessoas.



SAL GROSSO / Postagem da Rosangela Ribeiro

SAL GROSSO ... VALE A PENA LER... "E você pensou que era só misticismo? É não, veja!" SAL GROSSO CIENTIFICAMENTE PROVADO SAL GROSSO - ONDA VIOLETA Quem diria! O Sal grosso tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta! Interessante!!! Por isso que funciona... Aproveitem! Os Poderes do Sal Grosso O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes. Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado, e deixar a casa a salvo de energias nefastas. O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas. Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos Visto ao microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados. As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias, já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura. A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação. A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado. Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos). Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas: Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja. Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada. A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa. Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário. Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra. Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver. No Japão, o sal é considerado poderoso purificador. Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora. Símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade. Use esse poderoso aliado! É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético! Modo de tomar o banho de sal grosso Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha. Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo. Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias. Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante. O famoso banho de assento, com água morna e bicarbonato de sódio, é excelente para a higiene íntima, pois evita infecções. Mas no banho, o único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado. Uma opção que agrada muitas pessoas é colocar um punhado de sal dentro de uma meia, e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha. Não são aconselháveis banhos frequentes com o sal. Dê preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro. Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso. • Fisiológicos: Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus. Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades. Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações. Ajuda a aliviar artrite e reumatismo Ajuda a aliviar a dor lombar crônica Benefícios estéticos: Tira as impurezas da pele Alivia irritações da pele como psoríase /eczema. Alivia comichão, ardor e picadas. Suaviza e amacia a pele• Incentiva a pele se renovar. Ajuda a curar as cicatrizes. Restaura o equilíbrio a umidade da pele. Ocupacional: Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna Alivia a tensão nas mãos e punhos. Ajuda a aliviar lesões ocorridas nas práticas esportivas. Psicofísica: Proporciona um relaxamento profundo Ajuda a aliviar o estresse e tensão.


Foto: SAL GROSSO ... VALE A PENA LER... "E você pensou que era só misticismo? É não, veja!" SAL GROSSO CIENTIFICAMENTE PROVADO SAL GROSSO - ONDA VIOLETA Quem diria! O Sal grosso tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta! Interessante!!! Por isso que funciona... Aproveitem! Os Poderes do Sal Grosso O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes. Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado, e deixar a casa a salvo de energias nefastas. O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas. Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos Visto ao microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados. As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias, já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura. A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação. A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado. Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos). Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas: Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja. Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada. A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa. Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário. Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra. Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver. No Japão, o sal é considerado poderoso purificador. Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora. Símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade. Use esse poderoso aliado! É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético! Modo de tomar o banho de sal grosso Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha. Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo. Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias. Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante. O famoso banho de assento, com água morna e bicarbonato de sódio, é excelente para a higiene íntima, pois evita infecções. Mas no banho, o único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado. Uma opção que agrada muitas pessoas é colocar um punhado de sal dentro de uma meia, e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha. Não são aconselháveis banhos frequentes com o sal. Dê preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro. Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso. • Fisiológicos: Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus. Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades. Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações. Ajuda a aliviar artrite e reumatismo Ajuda a aliviar a dor lombar crônica Benefícios estéticos: Tira as impurezas da pele Alivia irritações da pele como psoríase /eczema. Alivia comichão, ardor e picadas. Suaviza e amacia a pele• Incentiva a pele se renovar. Ajuda a curar as cicatrizes. Restaura o equilíbrio a umidade da pele. Ocupacional: Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna Alivia a tensão nas mãos e punhos. Ajuda a aliviar lesões ocorridas nas práticas esportivas. Psicofísica: Proporciona um relaxamento profundo Ajuda a aliviar o estresse e tensão

sábado, 1 de março de 2014

COMO DAR UM NOVO SIGNIFICADO AOS ACONTECIMENTOS PASSADOS? / Miguel Lucas

Todos nós provavelmente temos alguns acontecimentos da nossa vida que gostaríamos de ultrapassar, mudar, esquecer ou tentar que não interferissem de forma negativa na nossa vida. Decidi escrever este artigo na sequência dos comentários expressos por parte dos leitores no artigo:Como libertar-se das angústias do passado. Percebi que algumas pessoas sentem a necessidade de aprender estratégias psicológicas que possam ajudá-las a perceber como dar um novo significado a alguns acontecimentos incomodativos e/ou traumáticos. As terapias, aconselhamentos ou programas de desenvolvimento pessoal, estabelecem uma forte relação com a aprendizagem. E, para aprender algo é necessário viver uma nova experiência ou dar um novo significado a algo que nos aconteceu ou que fizemos. Por outras palavras, é mudar algo.

NOVA INTERPRETAÇÃO DOS ACONTECIMENTOS

Na prática da Terapia Cognitivo-Comportamental conduz-se  a pessoa (cliente) a reviver os acontecimentos marcantes, perceber que tipo de emoções e sentimentos ficaram registados, e que impacto emocional teve e continua a ter no presente. Quando a pessoa consegue entender as reações que teve, porque teve, e quais as circunstâncias que contribuíram para o impacto emocional registado, fica numa posição vantajosa para reinterpretar e implementar um nova forma de olhar para os acontecimentos e interpretá-los à luz de nova informação e numa situação segura e controlada (o momento presente).
Todos nós só existimos no presente. Somos constantemente bombardeados com informações sensoriais  vindas do ambiente externo, e algumas do nosso ambiente interno (pensamentos e crenças). A fim de dar sentido a essas informações, filtramo-las e armazenamo-las como uma representação interna ou mapa mental (formas de olhar o mundo). Qualquer acontecimento que não está sendo experimentado no momento atual é uma memória.
Quando nos sentimos incomodados, nos sentimos paralisados ou angustiados  é a memória de eventos passados ​​que está causando um problema no presente. Especificamente, é a forma como a pessoa revive o evento passado durante o processo de lembrar que a angústia se faz sentir no presente. Por exemplo, algumas pessoas relatam que alguns eventos da infância ainda causam problemas associados aos maus momentos vividos, provocando autoestima diminuída na idade adulta.

NOVA INFORMAÇÃO, NOVO SIGNIFICADO

Na minha prática profissional tenho vindo a ajudar a alterar a história individual de algumas pessoas, permitindo que elas  reavaliem e façam alterações na memória de eventos passados​​. Além disso, a pessoa é capaz de fazer uso dos recursos atuais e dos conhecimentos que tem agora, mas não tinha acesso no momento que o evento ocorreu. Então, não sendo possível mudar o que realmente aconteceu, é possível alterar o significado de eventos passados ​​e, portanto, o efeito que isso tem sobre o comportamento de um indivíduo. É possível voltar no tempo com o conhecimento que você agora tem, rever e dar um novo significado para o evento original.
Durante o processo de mudança de significado dos acontecimentos, a pessoa é suportada na revivência das experiências, primeiro num estado dissociado (desapegado) e numa segunda fase num estado associado, com o auxílio de uma âncora (emoções, sentimentos e significado)  de recurso emparelhado. A âncora é cuidadosamente escolhida e construída pela  pessoa (cliente). A âncora contém  recursos emocionais positivos que a pessoa sente que estavam faltando no momento dos acontecimentos (por exemplo, autoconfiança, compreensão, clareza, calma, pensamento funcional). De forma virtual é dada a oportunidade à pessoa  (cliente) para reviver de forma imaginada e poder interpretar novamente os comportamentos dos indivíduos envolvidos no evento. A pessoa é suportada para fazer alterações de significado no evento, para torná-lo como quer que seja, com o benefício dos recursos escolhidos. Outros passos são incluídos no processo, dependendo da natureza da memória problemática passada e necessidades específicas e objectivos da pessoa.
Na minha experiência, esta abordagem é muito eficaz. É, desta forma possível diminuir ou eliminar a dor emocional associada aos eventos traumáticos ou angustiantes do passado. Não há necessidade das pessoas sofrerem anos a fio, existe a possibilidade de evitar que as  suas memórias incapacitantes do passado continuem a infligir impacto negativo sobre a vida no presente. Esta abordagem psicológica pode ser usada para eliminar a dor e o sofrimento associado a eventos passados​​, como o bullying, abuso,  perdas e fobias.

ALGUNS ESCLARECIMENTOS

O que é o trauma psicológico? Um trauma é uma resposta emocional negativa, forte e persistente, a um evento passado, ou lembrança do mesmo.
Características do trauma:
  • Um trauma não é uma experiência em si mesmo. É uma resposta emocional a uma experiência. Se a resposta emocional é positiva, a experiência não é traumática, não importa o quão angustiante possam ter sido os detalhes sensoriais (Pense em todas as pessoas que pagam dinheiro para ter experiências perigosas e assustadores, como o rafting!).
  • Os traumas são aprendidas através de repetição e exagero de estímulos sensoriais.Imediatamente após uma experiência negativa, uma pessoa geralmente não fica traumatizada. É por isso que o tratamento que recebe imediatamente após a experiência pode mudar o seu resultado.
  • Os traumas variam de muito menor para maior, e de uma situação contextualizada para a generalização. Por exemplo, uma pessoa pode ter uma fobia de besouros, mas não a outros insetos  ou aranhas.
  • As causas de trauma psicológico variam. Eventos problemáticos óbvios que acontecem com adultos provocam respostas traumáticas conhecidas como, Transtorno de Stress Pós-Traumático. Outros traumas podem acontecer quando uma pessoa é muito jovem. Muitas vezes reprimidos ou esquecidos, esses traumas podem causar problemas difusos com nenhuma causa óbvia. E algumas pessoas ficam gravemente traumatizadas por um grande número de eventos aparentemente pequenos e insignificantes.
A. Um trauma é uma associação entre um evento sensorial e metainformação (são dados sobre outros dados) sobre esse evento. A metainformação inclui o significado do evento, e as respostas emocionais da pessoa. O cérebro armazena memórias sensoriais e significados separadamente. Esta separação permite que a pessoa altere a interpretação de um evento passado, dar-lhe um novo significado, e gerar uma nova resposta emocional. A remoção da metainformação muda a memória traumática para uma memória de um evento sensorial, sem o trauma.
B. Um trauma é uma sequência aprendida, que acaba associando a pessoa a uma forte emoção negativa. Geralmente a sequência é extremamente comprimida, de modo que o evento para além do seu significado associado e consequentes emoções são reproduzidos quase instantaneamente. Isto torna a experiência intensa e difícil para a pessoa, dificultando o desapego, alterar o gatilho que inicia a sequência, ou alterar a sequência, e as mudanças de resultado.

A MELHORIA É POSSÍVEL

Um trauma ou um acontecimento perturbador e condicionador de vida, pode ter vários graus de incómodo e não tem necessariamente de ser considerado um estigma ou uma catalogação pejorativa para a pessoa. Certamente terá sempre um determinado impacto na vida da pessoa, mas é  possível trabalhar num novo reenquadramento no sentido de que esse acontecimento e as memórias associadas deixem de perturbar e condicionar a vida de quem sofre. A melhoria é possível com o devido enquadramento.

acontecimentos passados