As noites caiem no sentimento mais obscuro
e batem-me no rosto como uma tempestade
que se mistura dentro da alma numa nuvem
que desencadeia relâmpagos e trovões e me
deixam exangue,e esta vivência díaria com a
raiva de quem se sente injustiçada pela vida,
e eu nada posso modificar,a não ser conviver.
Pelo ar passeiam os amores antigos e novos
os que dizem ser e afinal,não se firmam por
medo ,receios antigos tempos difíceis grutas
da consciência já maculada por desventuras.
Na noite escura diviso a lua entre nuvens e só
lhe peço luz para encarcerar a obscuridade que
me pesa impiedosa e descubro o teu sorriso à
distância como um mar de esperança e incógnita..
Viver estes caminhos de pedras sem a luz é duro
árdua tarefa,e descobrir que estou mais só agora
entre a luz e a escuridão como rescaldo de guerra
do tempo célere e amargo que se deita aos pés e
abre uma cratera onde surge a memória do amor
enlutado,do que se ofereceu inteiro e desapareceu
sem palavras,por covardia por não ser de facto esse
amor,mas uma passagem breve árida desabitada..
Este sentimento tão despojado e perdido no espaço
passa vagaroso pela garganta como um despojo,um
açoite na alma que se consome desorientada à espera
da revelação de uma estrela mais forte que o Sol,mais
promissora que a Lua,mais real que uma fantasia só...
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