Vejo-me aqui
revirando meu baú
à procura do espelho,
em meio a panos velhos,
planos, cartas, palavras d’outrora,
retratos queridos, coloridos,
alguns esmaecidos...Tudo em vão!...
Hoje, não mais sinto
vínculo com o passado,
com aquele passado!...
Prostrei-me triste...
Mas, num riste,
deixei de lado
o passado gasto,
se posso ter um novo...
Exalta meu coração
o presente que dá
novo uso e valor
ao baú antigo!...
Meu baú é opinião
temperada pelo humor...
Inventa e guarda, sempre,
um presente inesperado...
São meus os ares seus!...
Se vibro ou regozijo...,
o baú é Dionísio!...
Se me inclino ao descalabro,
o baú é Minotauro...
Nele está meu labirinto
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