Uma mulher estava caminhando. Não carregava bagagem material, somente ressentimentos, raiva, frustração, humilhação e vergonha. Numa das curvas ela sentou-se para descansar, pois a carga emocional pesava muito. Começou a pensar em como se livrar da negatividade...e tentou pensar em soluções...
Lembou-se de quantas vezes esteve errada, mas mesmo assim a vida sempre deu-lhe uma segunda chance. Então por que não perdoar? Refletiu muito sobre o tamanho e intensidade do perdão e se todos que a magoaram mereciam essa dádiva. Após algum tempo, percebeu que muitos deveriam ter uma segunda chance e aqueles a quem ainda não poderia perdoar totalmente, não mereciam o seu ressentimento...Após levantar-se, se sentiu um pouco mais leve e continuou a andar.
Num certo lugar resolveu sentar-se novamente, pois a carga ainda pesava. Agora pensava sobre a raiva e suas consequências emocionais e físicas. Levou minutos para concluir que não valia a pena e livrou-se dessa carga rapidinho. Afinal: raiva só gera mais raiva e pensamentos negativos. Ao levantar-se, percebeu que havia parado de chover e que caminhar estava sendo mais fácil...mais leve.
Andando e sempre refletindo, concluiu que as frustrações fazem parte da vida e que poderia trocar suas expectativas por outros sonhos e ter a esperança de um recomeço. Percebeu que cada vez mais sentia-se leve e que a paisagem ao seu redor estava se modificando e clareando.
Lembou-se de toda a humilhação pela qual passou e a vergonha que sentiu por causa da mesma...e percebeu que não foi ela a humilhar e, portanto, não deveria sentir vergonha. Nesse momento toda a leveza e o alívio invadiram o seu ser. Olhando em volta, viu que estava num campo florido...percebeu que havia esperanças e de que somente ela mesma poderia fazer as suas conquistas, carregando o perdão...a paz...a harmonia...e o amor.
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