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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Bipolaridade / Site "Pensamentos Filmados"



“Trata-se de um transtorno mental em que o humor assume autonomia, deixando de responder adequadamente ao que seria esperado, com variações diversas como euforia, agitação, aumento de energia, agressividade, ansiedade, explosividade, aumento de riscos e gastos, impulsividade e distração, entre outros sintomas do pólo positivo ou ‘para cima’, que se alternam ou se mesclam com apatia, desânimo, tristeza, ansiedade e falta de prazer do pólo negativo ou depressivo.
Nem sempre os sintomas maníacos ou depressivos são bem claros. Até mesmo quem convive com um paciente bipolar sente dificuldade em distinguir uma aflição comum da depressão, ou sua alegria da euforia patológica. A doença é de difícil diagnóstico, mesmo para profissionais da saúde, que acompanhem há um longo tempo o paciente.”

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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O QUE É HUMOR?

“Nosso humor é o que também chamamos de estado de espírito. O humor é maleável, ou seja, se modifica de acordo com o que acontece na nossa vida.
O humor tem como principal função servir de ‘termômetro’ do ambiente e influencia dramaticamente o modo como encaramos as situações.
A partir do ‘filtro do humor’ se define o quanto devemos ou não nos arriscar, ou seja, o nosso estado de humor define em grande parte nossa percepção de risco. O humor sadio mantém essa maleabilidade e suas flutuações são proporcionais aos fatos.
Quando algo de muito ruim ou muito bom acontece, o humor varia de acordo, mas em algumas horas ou poucos dias o humor volta ao padrão habitual. Além disso, o humor sadio é previsível.”

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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O QUE É UM TRANSTORNO DE HUMOR?

“É um estado em que o humor está reagindo de modo incompatível ou exagerado à situação. Essa desregulação pode se dar tanto para baixo (forma depressiva) quanto para cima (forma maníaca). Há também estados em que o humor está particularmente agitado e turbulento (forma mista).
Como o humor define nossa percepção de risco, quando está exageradamente elevado (eufórico) sem razões para tanto, é comum se expor ou se envolver em situações de maior risco. Por outro lado, os estados depressivos tendem ao retraimento e inibição apesar das condições reais não estarem tão adversas. Há também alterações de humor mais brandas, mas com oscilação clara, afetando a previsibilidade do humor.”

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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O ENFOQUE ATUAL DA BIPOLARIDADE

Se antes a bipolaridade era reconhecida somente nas suas versões mais evidentes e pronunciadas (chamada atualmente de tipo1 e antigamente de psicose maníaco-depressiva ou PMD), cada vez mais tem-se observado que uma parcela significativa da população sofre de oscilações de humor maiores do que o normal (cerca de 10% da população), com diferentes graus de prejuízo.
Em vez de serem reconhecidas e tratadas por apresentar formas atenuadas de bipolaridade, estas pessoas comumente recebem equivocadamente diagnósticos de depressão, ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade, abuso de drogas ou de transtornos de personalidade.
Considerando esse novo enfoque, é provável que a bipolaridade seja o transtorno psiquiátrico de maior impacto social e econômico da humanidade, ou seja, mais até do que a depressão unipolar.
A confusão com a depressão unipolar se dá pelo fato de que muitas pessoas com bipolaridade têm muito mais sintomas depressivos do que de humor elevado. A isso, se acrescente que o humor elevado muitas vezes não é reconhecido como alterado e nem é investigado por muitos profissionais de saúde. Como antidepressivos e psicoestimulantes podem agravar a bipolaridade, na dúvida do diagnóstico deve-se primeiro tratar com estabilizadores de humor, que não pioram os outros transtornos, como depressão e déficit de atenção.

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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EQUÍVOCOS COMUNS NO DIAGNÓSTICO DA BIPOLARIDADE

• Depressão unipolar (ao invés de depressão bipolar);
• Ansiedade (ao invés de humor misto ou turbulento);
• Déficit de atenção e hiperatividade (bipolares também são dispersivos e energéticos);
• Transtornos de personalidade (borderline, histriônica, narcisista, paranóide e antisocial);
• Drogadição (pela busca de sensações);
• Transtorno obsessivo-compulsivo (por serem pessoas de extremos e muito auto-exigentes);
• Fobias (por serem pessoas de extremos e reagirem intensamente).
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BIPOLARIDADE NA INFÂNCIA

Na infância a bipolaridade não se manifesta com episódios claros e demarcados de humor elevado ou deprimido, e sim com humor misto: alta oscilação, irritabilidade, turbulência, distração, impulsividade e condutas desafiadoras. Estes quadros podem ser confundidos com déficit de atenção e hiperatividade, mas o tratamento farmacológico é totalmente diferente, porque se deve usar estabilizadores de humor e evitar a Ritalina® (metilfenidato). A Ritalina em quem tem a bipolaridade costuma não funcionar ou deixar o humor mais elevado e confiante ou irritável.

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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TRATAMENTO

Como regra, quem tem bipolaridade do humor se beneficia enormemente do tratamento, que envolve uma combinação de abordagens, como a psicoeducação (conhecer o próprio temperamento, o seu padrão de humor e a bipolaridade), psicoterapia (para harmonizar os padrões de pensamento, de relacionamento e elaborar novas estratégias), bons hábitos de vida e tratamento farmacológico com estabilizadores de humor.
Os antidepressivos devem ser reservados para casos restritos porque muitas vezes desestabilizam ainda mais o humor.

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br

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ESTABILIZADORES DE HUMOR NÃO-FARMACOLÓGICOS

• Sono de 7 a 9 horas por dia;
• Exercício físico, principalmente aeróbico;
• Boas relações afetivas, ter um bom grupo social, ter um confidente;
• Artes, hobbies, esportes, meditação, animais de estimação;
• Alimentação saudável, particularmente peixe;
• Trabalhar com o que gosta de fazer;
• Primar pelo meio-termo e a ponderação nos momentos difíceis;
• Fé e espiritualidade.
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COMO CONTROLAR

• Acompanhamento médico e psicoterápico;
• Uso da medicação prescrita conforme recomendação médica;
• O uso da medicação é particularmente importante porque é muito comum o paciente de bipolaridade interromper a terapia medicamentosa. A interrupção no uso do medicamento recomendado, via de regra, desencadeia novos episódios da conduta característica a essa condição: estados de depressão mais intensa e maior exaltação na euforia;
• Restrição ao uso de álcool, drogas e cafeína;
• Vida saudável com horas de sono suficientes e em horário regular, alimentação equilibrada e atividade física adequada ;

Fonte: Diogo Lara, psiquiatra com doutorado em Neurociência www.bipolaridade.com.br






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