Esse blog não trata só de abusos, principalmente sexual. Há um segundo blog com os depoimentos. É claro que o tema é relevante, mas o blog trata de outros temas diversos, principalmente culturais.
sábado, 27 de março de 2010
Dica Cultural do mês de Março
A Educação e a Cultura
quarta-feira, 24 de março de 2010
Allan – O menino de ouro
Allan era sempre sorrisos. Sincero, cativante, simpático, tinha um astral maravilhoso. Trabalhava e estudava. Era amigo dos pais e, principalmente, da irmãzinha mais nova. Era amigo de todos! Era nosso amigo, apesar da diferença de idade. Era amigo dos nossos filhos. Ele era assim, menino de ouro. Com suas qualidades, com seus defeitos, era simplesmente o Allan.
No dia 22 de março, esse sorriso foi apagado. Digo que foi apagado, porque não foi ele que parou de sorrir. Fizeram isso... Juntamente com a negligencia médica, o Allan se foi. Mas o sorriso somente se apagou no seu corpo físico, porque ele continua irradiando dentro das nossas lembranças e dos nossos corações.
Com o tempo, a dor da perda vai diminuindo e a saudade diluindo. Mas o que vai ficar, para sempre nas nossas lembranças é esse sorriso sincero, expansivo, honesto. Obrigada, Allan, por compartilhar conosco a sua alegria. Obrigada, mesmo que por um momento curto, ter feito parte das nossas vidas. Quanta honra nossa!!! Que Deus te proteja e que você esteja em paz.
Todos os dias ouvimos falar da violência, que está sempre presente e sob qualquer forma, no nosso dia a dia. Já ficou uma coisa banal. Somente quando ela acontece no nosso círculo de amigos ou familiar, é que damos conta de como é dolorosa. Não se sabe direito o que aconteceu com o Allan. Isso ele levou consigo mesmo. Só se sabe que alguém bateu na traseira da sua moto violentamente e, com certeza, de propósito. O Allan voou e se chocou contra um muro. Ele literalmente voou, pois não teve escoriações pelo corpo quando alguém cai. Após, ele deve ter sido virado, pois roubaram o seu celular e sua carteira. Acredita-se, que ao mexerem no corpo, provocaram mais lesões gravíssimas. Levado ao hospital público, já que estava sem documentos e é esse o procedimento do resgate, foi negligenciado e a família não foi avisada que ele estava com traumatismo craniano encefálico. Ficou oito dias num leito, sem explicações algumas. Foi preciso a intervenção do meu médico, ex-aluno e grande amigo para dar a triste notícia da gravidade da situação. A essas alturas, ele já estava com febre, por tanto, com infecção. Um dia e meio após o diagnóstico correto, ele faleceu. Fica registrada a nossa dor e a nossa indignação com o descaso por uma vida humana. Allan estava com 20 anos e tinha muita vida pela frente. Amava e era amado. Apesar desse blog ser voltado para a violência sexual, não poderia de deixar de contar aos amigos sobre outros tipos de violência. Ela acontece todos os dias e, sinceramente, não tenho muitas esperanças que a situação melhore. Então resolvi compartilhar a minha dor. Dor de tantas pessoas, milhões que passam por isso no mundo inteiro. E só me resta dizer: que Deus proteja a todos nós.
sexta-feira, 19 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Carta de Protesto ao CQC
É um programa que com muito humor, cumpre o seu papel social.
Infelizmente, um fato chamou a minha atenção e da minha família: na entrevista que o Oscar Filho fez com prefeito Gilberto Kassab, bem no final, utilizou um gesto "afeminado" e descriminatório. Achei que foi falta de respeito.
Não moro no Estado de São Paulo e pouco conheço da trajetória do prefeito Kassab. Mas acredito, tentando ser imparcial, que devemos julgar a pessoa de acordo com as suas realizações políticas / sociais e, não, pelas suas opções sexuais.
Pelo que vejo ou leio sobre o Kassab, ele transmite ser uma pessoa culta, determinada e educada e, acredito, que merece respeito.
Tenho certeza que não foi o intuito do repórter de humilhar o prefeito, mas assim mesmo decepcionou.
No sentido de colaborar e também por conhecer muito bem o que é ser descriminada, espero com muito respeito e afeto, colocar o meu protesto, a minha cooperação e a minha crítica construtiva.
Parabenizo mais uma vez pelo trabalho maravilhoso de toda a equipe.
Atenciosamente, Beatriz Albuquerque.
Arco Vida - Webert Gomes
terça-feira, 9 de março de 2010
Abuso Sexual
segunda-feira, 8 de março de 2010
“12 Anos, a Liberdade“ – Luis Antonio C.C. Fróes.
Pela legislação em rigor, a partir dos doze anos não é mais necessária a permissão dos responsáveis para viajar no país, seja por via aérea, terrestre ou marítima / fluvial. Realmente é tudo muito bonito do ponto de vista dos menores, que passam a ter uma liberdade imensa tratando-se de um país enorme como o Brasil, e onde o controle ao acesso às fronteiras terrestres é muito baixo. Eu na minha juventude curti muito este direito; quantas vezes viajei de São Paulo para o interior do estado de ônibus ou trem, para a fazenda de um amigo, sendo que algumas vezes sem o conhecimento dos meus pais. Era tudo muito legal, mas esquecia de ver o lado dos pais.
Quero é chamar atenção para o fato de que esta dita liberdade é a causa de muitos desaparecimentos de menores, que são seqüestrados, violentados, vítimas de trafego para fora do país, de pedófilos, prostituição de menores, fornecedores de órgãos e outros. Gente mal intencionada há em qualquer lugar, pronta para fazer de vítimas estes menores que estão curtindo a sua “liberdade”, e como é característico da idade, detestam ser contestados e adoram contestar os pais ou responsáveis. Mas estes casos acontecem e não são poucos, mesmo com o advento do celular, que serve para mantermos o contato, mas não nos dão o paradeiro real do menor.
O que chamo atenção é o fato de tantas crianças circularem pelo país sem nenhum controle dos pais ou responsáveis, muito menos das autoridades estaduais e federais.
Também não há por parte das empresas de transporte nenhum controle e interesse, pois não lhes interessa a burocracia, já que esta aumentaria os seus custos, o que não lhes interessa de modo algum. Exemplo disto é um caso ocorrido há dois anos, se não me engano, de duas adolescentes de São Paulo que foram ao cinema e apareceram alguns dias depois em uma localidade do sul. Pegaram vários ônibus, e andaram por várias cidades até serem reconhecidas graças à divulgação da mídia. A princípio, não aconteceu nada, mas poderia ter acontecido.
Pelo Código da Criança e do Adolescente, os pais ou responsáveis respondem em parte pelos atos dos menores de idade. Mas não tem nenhum meio ou ferramenta para restringir esta liberdade de locomoção, além de muita orientação e conversa entre pais e filhos. Sabemos que isso acontece em pouquíssimas famílias, que numa grande parte existe é o conflito de gerações.
Em minha opinião deve haver algum tipo de controle por parte das empresas, sejam elas terrestres, aéreas ou marítimas / fluviais, no controle de transporte destes menores. Sugiro que ao se vender um bilhete / passagem para um menor, seja fornecida uma autorização para ser escrita e assinada pelos pais ou responsáveis, e, esta ser entregue ao funcionário da empresa transportadora. Ao entrar no transporte devem-se conferir os documentos dos menores juntamente com a autorização. Sei que poderá ser burlado com facilidade, mas é mais um modo de dificultar. Mas as empresas passam a ter também a responsabilidade de checar a situação destes menores, podendo até em caso de desconfiança se recusar a embarcá-los, chamando ou pais ou responsáveis ou o conselho tutelar. É uma medida simples e sem grandes custos para estas empresas. As mesmas até podem por conta própria fazer este controle, o que seria até uma boa propaganda, sem ter obrigatoriedade da lei.
Outro ponto que chamo a atenção é para os menores em transito; nos aeroportos, portos, rodoviárias e estações de trem, que ficam em transito de suas conexões, de vez em quando por várias horas, livres e desacompanhados nos saguões destes, a mercê de qualquer indivíduo mal intencionado. Defendo sim, nestes casos, que haja nestes locais salas especiais para que estes possam esperar até embarcarem novamente e seguirem a viagem para os seus destinos.
Espero, com este texto, chamar a atenção da sociedade em geral, órgãos governamentais, Ongs, empresas envolvidas e aos próprios pais e responsáveis. Não que seja este fato a causa de tantos malefícios aos nossos jovens (menores), nem que vá acabar com tais acontecimentos, mas poderá ajudar a diminuí-los e dificultá-los.