Todas e quaisquer condutas abusivas, humilhantes e constrangedoras, frequentes e no exercício das funções dos trabalhadores, as quais são manifestadas, sobretudo, através de comportamentos, palavras, atos, gestos e escritos que possam trazer danos psicológicos, danos na esfera social e danos físicos, pôr em perigo o emprego, ou degradar o ambiente de trabalho, diminuindo a produtividade e favorecendo o absenteísmo.
A prática do assédio moral nas organizações é cada vez mais freqüente, principalmente o praticado pelos superiores, seja por abuso de poder ou por simples prazer em ver as pessoas sofrendo através de manobras perversas utilizadas constantemente. Cada vez mais empregados sofrem devido ao assédio moral, sem mesmo saber do que se trata, sem nunca terem ouvido falar nesta expressão. Muitas vítimas ficam com a saúde e a condição psicológica comprometida durante a fase de sofrimento e após a saída da empresa. Em alguns casos há a prática do suicídio. A saúde e o respeito pelos empregados é algo prioritário, que deve merecer, principalmente por parte da empresa, grande atenção. Não basta assegurar somente condições logísticas e financeiras às pessoas; é preciso que as mesmas encontrem condições humanas e sociais no meio em que atuam. As organizações precisam ficar mais atentas a estas relações perversas entre os superiores e os subordinados e a própria gestão instituída. Caso a organização faça questão de manter a gestão perversa, não dando valor ao sofrimento da vítima, cabe à mesma reunir provas e processar a empresa. A introdução de medidas preventivas para extinguir essa prática é mais que necessária.
O assédio moral nas organizações é caracterizado pela repetição, pela intencionalidade e pelo prolongamento. O agressor é perverso em todas as relações como pessoa. O aspecto mais marcante é a intencionalidade.
Daniela de Souza Ferreira
(Do livro Assédio Moral: Relações Desumanas nas Organizações)
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