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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Prostituição / Paulo Novaes Silva

Como toda atividade clandestina e ilegal, a prostituição infantil sempre foi acobertada, talvez isso ocorra porque este tipo de negócio transformou-se no terceiro mais rentável comércio mundial, atrás apenas da indústria de armas e do narcotráfico.

Acreditava-se que a maioria dos principais clientes que procuram por este tipo de serviço se tratavam apenas de turistas estrangeiros, que vêem ao país e se encantam com a beleza das mulheres em seus minúsculos trajes nas praias brasileiras, ou mesmo, nas ruas. No entanto, o trabalho da polícia mostra que a maioria dos clientes é de brasileiros, em sua maioria motoristas de caminhão, senhores de classe média alta e rica, empresários bem sucedidos, aparentemente bem casados.

Por outro lado, as meninas, na maioria mulheres, são pobres e que moram em uma total miséria na periferia. A primeira relação sexual pode ter ocorrido com o próprio pai, padrasto ou até mesmo seu responsável por volta dos oito anos. Por este motivo as pesquisas demonstram que a garota até poderia tolerar por mais tempo a pobreza e a miséria, mas o que ela encontra em casa é a violência, o abandono e a degradação familiar. Para elas, talvez, seja mais fácil encontrar as dificuldades da prostituição nas ruas do que enfrentar os distúrbios de homens, que ao invés de dar-lhes proteção, abusam delas sexualmente.

Em alguns casos, os próprios pais as levam para se prostituírem. É um trabalho rentável e que gera lucro à toda família, sendo a garota a única prejudicada. Assim, as meninas prostituídas passam a fazer uso de entorpecentes, contraindo doenças venéreas, além de desenvolverem distúrbios emocionais e psíquicos.

Um fato incontestável é que a rede de prostituição infantil no Brasil continua sem solução. Este é um daqueles temas que houve-se muito, mas sabe-se pouco. Não é por menos que é problema que vem preocupando, não só o governo brasileiro, mas também do mundo inteiro.

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