Felizmente, os danos físicos permanentes como consequência do abuso
sexual são mais raros. A recuperação emocional dependerá, em grande
parte, da resposta familiar ao incidente. As reações das crianças ao
abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem
como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas
(raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que
parecem muito sérias para seus pais.
O período de readaptação
depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos
jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas,
podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e
evitando voltar à escola.
As
principais sequelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um
relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com
problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a
comportamento sexual inapropriado para idade e nível de
desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e
adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sociocultural sem
história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da
personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros
sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos
relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à
baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline
de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Em relação a quadros
psiquiátricos francos, o abuso sexual infantil se relaciona com o
Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções
sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos
(histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia,
medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e
bulimia, ansiedade e fobias."
Autor Desconhecido
Danusa
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