A cada 15 segundos, uma mulher é violentada no Brasil.
Diga não à violência contra a mulher!
Hoje, dia 25 de novembro, é o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta Contra a Violência Contra a Mulher. Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, vimos a publico expressar a nossa indignação frente à persistência e à crueldade da violência contra a mulher e a falta de empenho e compromisso dos governos e
Diga não à violência contra a mulher!
Hoje, dia 25 de novembro, é o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta Contra a Violência Contra a Mulher. Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, vimos a publico expressar a nossa indignação frente à persistência e à crueldade da violência contra a mulher e a falta de empenho e compromisso dos governos e
órgãos competentes para reverter esta situação.
A violência contra a mulher é a maior expressão das desigualdades vividas entre homens e mulheres na sociedade. A raiz desta violência está no sistema patriarcal e é agravada no sistema capitalista, que impõe uma necessidade de controle, apropriação e exploração do corpo, da vida e da sexualidade das mulheres.
A violência marca o cotidiano de milhares de mulheres que têm suas integridades físicas e psicológicas violadas, a sexualidade controlada, receosas em espaços públicos, com sua liberdade de ir e vir cerceada, e suas vidas profissionais, limitadas. Hoje, outras formas de expressão do machismo e misoginia têm se intensificado na sociedade, como a mercantilização do corpo e da vida das mulheres, com a imposição de padrões estéticos e de beleza baseados na magreza e na eterna juventude. Essa imposição reforça o consumo exacerbado e fútil, ao mesmo tempo em que mina o amor próprio das mulheres.
A violência se intensifica quando aliada ao racismo, que tem feito das jovens, principalmente negras, as maiores vítimas do tráfico de mulheres e do aliciamento à prostituição, que alimenta o capital de grandes empresas e máfias pelo Brasil e mundo afora.
Os crimes de ódio e a banalização da violência têm sido tristes marcas do último período, com a morte de Eliza Samudio, em Minas Gerais, e de Mércia Nakashima, em Guarulhos. São exemplos que se ressaltam pelo nível da crueldade e banalização destas vidas, além do descaso, pois elas já haviam denunciado a situação.
Há mais de quatro décadas o movimento feminista brasileiro vem lutando para que a violência sexista seja compreendida como um problema político e social, fundado nas relações de poder entre homens e mulheres. Mas que por se dar, na maioria das vezes, nas relações familiares e afetivas, a sociedade tenta naturalizar ou tratar como algo privado e sem relevância social. Neste sentido, a criação da lei Maria da Penha contribuiu para desnaturalizar e tipificar a violência contra a mulher como um crime. O grande desafio após seis anos da lei é implementá-la na pratica em todas as suas dimensões. Os obstáculos estão fundados na omissão de muitos governos estaduais e municipais, que se somam ao machismo impregnado no sistema judiciário e órgãos afins, para que a lei Maria da Penha se transforme em letra morta. Sabemos que, para superar de fato a violência contra a mulher, são necessárias políticas estruturais que alterem o status da mulher na sociedade, e políticas públicas de apoio e prevenção à violência. Mas não abrimos mão de que também haja punição, pois a impunidade dos agressores é que lhes dá a certeza de continuar praticando a violência. Recai sobre a mulher todo o estigma da violência, enquanto o agressor é poupado e preservado em sua cidadania.
Nós acreditamos que só as mulheres organizadas em luta poderão transformar essa realidade, por isso, neste, 25 de novembro de 2012, estamos nas ruas denunciando a violência, pois queremos que ela seja considerada algo inaceitável por todas à sociedade.
VOCÊ SABIA QUE...
... uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil e que o Brasil é 12° no ranking mundial de assassinatos de mulheres?
... que 40% dessas mulheres têm entre 18 e 30 anos?
... a maioria das vítimas é morta por parentes, maridos, namorados, ex-companheiros ou homens que foram rejeitados por elas?
A violência contra a mulher é a maior expressão das desigualdades vividas entre homens e mulheres na sociedade. A raiz desta violência está no sistema patriarcal e é agravada no sistema capitalista, que impõe uma necessidade de controle, apropriação e exploração do corpo, da vida e da sexualidade das mulheres.
A violência marca o cotidiano de milhares de mulheres que têm suas integridades físicas e psicológicas violadas, a sexualidade controlada, receosas em espaços públicos, com sua liberdade de ir e vir cerceada, e suas vidas profissionais, limitadas. Hoje, outras formas de expressão do machismo e misoginia têm se intensificado na sociedade, como a mercantilização do corpo e da vida das mulheres, com a imposição de padrões estéticos e de beleza baseados na magreza e na eterna juventude. Essa imposição reforça o consumo exacerbado e fútil, ao mesmo tempo em que mina o amor próprio das mulheres.
A violência se intensifica quando aliada ao racismo, que tem feito das jovens, principalmente negras, as maiores vítimas do tráfico de mulheres e do aliciamento à prostituição, que alimenta o capital de grandes empresas e máfias pelo Brasil e mundo afora.
Os crimes de ódio e a banalização da violência têm sido tristes marcas do último período, com a morte de Eliza Samudio, em Minas Gerais, e de Mércia Nakashima, em Guarulhos. São exemplos que se ressaltam pelo nível da crueldade e banalização destas vidas, além do descaso, pois elas já haviam denunciado a situação.
Há mais de quatro décadas o movimento feminista brasileiro vem lutando para que a violência sexista seja compreendida como um problema político e social, fundado nas relações de poder entre homens e mulheres. Mas que por se dar, na maioria das vezes, nas relações familiares e afetivas, a sociedade tenta naturalizar ou tratar como algo privado e sem relevância social. Neste sentido, a criação da lei Maria da Penha contribuiu para desnaturalizar e tipificar a violência contra a mulher como um crime. O grande desafio após seis anos da lei é implementá-la na pratica em todas as suas dimensões. Os obstáculos estão fundados na omissão de muitos governos estaduais e municipais, que se somam ao machismo impregnado no sistema judiciário e órgãos afins, para que a lei Maria da Penha se transforme em letra morta. Sabemos que, para superar de fato a violência contra a mulher, são necessárias políticas estruturais que alterem o status da mulher na sociedade, e políticas públicas de apoio e prevenção à violência. Mas não abrimos mão de que também haja punição, pois a impunidade dos agressores é que lhes dá a certeza de continuar praticando a violência. Recai sobre a mulher todo o estigma da violência, enquanto o agressor é poupado e preservado em sua cidadania.
Nós acreditamos que só as mulheres organizadas em luta poderão transformar essa realidade, por isso, neste, 25 de novembro de 2012, estamos nas ruas denunciando a violência, pois queremos que ela seja considerada algo inaceitável por todas à sociedade.
VOCÊ SABIA QUE...
... uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil e que o Brasil é 12° no ranking mundial de assassinatos de mulheres?
... que 40% dessas mulheres têm entre 18 e 30 anos?
... a maioria das vítimas é morta por parentes, maridos, namorados, ex-companheiros ou homens que foram rejeitados por elas?
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