Ante os impactos emocionais do cotidiano, estimarias construir a segurança íntima, a fim de que a serenidade se faça constante cidadela defensiva e podes, indiscutivelmente, construir semelhante refúgio.
Inicia a edificação da própria paz, observando que todos necessitamos pensar por nós mesmos, embora sabendo que somos influenciáveis pelas idéias alheias.
Aceitando-nos na condição da imensa família humana, verificamos que as nossas dificuldades não são maiores que as dos outros.
Integrando a comunidade terrestre, suscetível de adotar numerosos enganos em raão de aprendizado em que nos encontramos, somos impelidos a entender que não estamos isentos de cometer determinados erros e que isso é compreensível, à maneira do sinal vermelho, no trânsito comum, convidando-nos a parar, de modo a seguirmos adiante, em espaço imune de riscos.
Alertados pelo impositivo de atender ao caminho que nos seja próprio, aprenderemos que a estrada dos entes mais queridos pode ser muito diferente da nossa.
Admitindo cada criatura por transeunte ou viajor no carro da própria existência
saberemos zelar por nossas diretrizes, sem interferir na condução do próximo.
Partilhando a realidade de todos, sernos-á fácil reconhecer que os contratempos, que nos ocorram, talvez igualmente aconteçam na marcha dos seres que amamos, competindo-nos auxiliá-los, tanto quanto desejamos ser auxiliados na solução de nossos problemas.
A convicção de que todos nos achamos em caminho, buscando realizações mais ou menos idênticas entre si, sob riscos análogos, nos podará qualquer impressão de privilégio, à frente dos companheiros da Humanidade, com os quais precisamos estar em paz, na garantia da própria segurança.
Reflete nisso e concluirás que esse ou aquele viajor no mundo tem necessidade de proteger a viatura que lhe diga respeito, de maneira a não suscitar desastres que ameacem os outros e a si mesmo.
A serenidade habitará conosco, na Terra, quando aí compreendermos que toda criatura irmã tem o seu próprio com os sonhos, compromissos, realizações e iniciativas a que se associe, o que nos afastará dos julgamentos precipitados e das condenações indébitas, para que estejamos em plena vivência da regra áurea, cuja prática é o coração da felicidade, a fim de que estejamos na felicidade do coração.
LIVRO CALMA / FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
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