Debrucei-me na janela
E o rosto da manhã,
Com seus cabelos dourados de sol,
Me acenou, sorrindo.
Senti o perfume inebriante
Das flores silvestres.
Abelhas colhiam o néctar matinal,
Orvalhado pela madrugada.
Eu estava triste,
Enclausurada nas minhas mágoas,
Perdida nos meus cismares.
Mas, o sentir toda beleza fulgente do dia,
Fugi da minha dor interior
E corri feliz para o jardim.
E o rosto da manha
Jogou sobre mim
O dourado de novas esperanças.
O vento me abraçou
Embalando galhos tenros.
E eu me senti nos seus braços,
Meu Deus!
Integrada à vida
E dos meus sonhos.
Amanheci em mim
Psicografia de Shyrlene Soares Campos
Fonte Livro "O Canto da Cotovia"
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