Nathaniel Branden (1997), ph.D. em Psicologia, explica que autoestima é a confiança em nossa capacidade de pensar, em nossa habilidade de dar conta dos desafios básicos da vida e confiança em nosso direito de vencer e sermos felizes; a sensação de que temos valor, de que merecemos e podemos afirmar nossas necessidades e as metas que queremos alcançar, colhendo os frutos de nossos esforços.
A autoestima é formada por fatores internos que nós mesmos geramos, tais como crenças, ideias e comportamentos ou fatores externos provenientes do meio em que vivemos.
Quem tem uma autoestima saudável persiste diante das dificuldades, não se abate facilmente diante de problemas e obstáculos. Apresenta maior flexibilidade, criatividade, autonomia, habilidade para lidar com mudanças, disponibilidade para admitir (e corrigir) erros, benevolência e cooperação.
Por outro lado, a baixa autoestima relaciona-se a uma certa cegueira diante da realidade, rigidez, medo do novo e do não familiar, conformismo ou rebeldia impróprios; postura defensiva, comportamento por demais submisso ou supercontrolador, medo dos outros ou hostilidade em relação a eles.
Um homem e uma mulher que acreditam que o outro pode melhorar sua autoestima, se unem e acabam buscando no outro a extensão de seus próprios selfs. Com isso, acreditam que o outro é quem irá fazer por eles aquilo que eles mesmos não se sentem capazes de fazer.
De acordo com a terapeuta familiar Virginia Satir, “No contexto do casal, inconscientemente, cada um dos membros ajuda o outro a fazer o que estiver fazendo”. Ela ainda esclarece que “esse diálogo interno destrutivo muitas vezes se traduz em conflitos, que não passam de transações defensivas ligadas ao baixo nível de autoestima.” (SATIR, 1995, p.34).
Relacionamentos nos quais os dois envolvidos possuem baixa autoestima tornam-se mais frágeis. Geralmente o relacionamento vive de altos e baixos de forma contínua. O problema amplia quando acreditam que ter filhos é a solução. Pelo contrário, os conflitos tendem a aumentar, pois agora eles estarão também influenciando na autoestima da criança.
Quando os pais divergem nos desejos para os filhos, aí a situação pode ser ainda pior: o filho se vê no meio da relação e ficará extremamente angustiado com qualquer atitude, já que estará desagradando a um dos pais em prol do outro.
Um erro muito comum naqueles que tentam melhorar sua autoestima é passar a pronunciar mantras para si, geralmente repletos de frases daquilo que gostariam de ser. O problema é que isso pode gerar ainda mais frustração, já que você pode sentir-se mal por dizer ou se forçar a ser algo que ainda não se permite ou não aceita. Um exemplo é alguém que está acima do peso, se incomoda com isso e passa a dizer a si mesmo que está magro. Há uma incongruência que certamente irá incomodar seu eu interno.
O primeiro passo para melhorar a sua autoestima é começar a adotar atitudes práticas para mudar seu padrão de funcionamento. Se mirar no passado ou deixar que ele o defina, apenas se sentirá mais frustrado, pois o que está lá atrás não pode ser alterado. Independentemente do que passou, é possível mudar sua atitude no aqui e agora.
Defina para si o que precisa mudar, o que pode ser descartado da sua vida que fará você se sentir melhor. Trace pequenas metas e inclua na sua rotina novos rituais baseados em suas metas. Quando começar a caminhar, certamente se sentirá melhor e passará a valorizar suas pequenas conquistas. Lembre-se sempre de que grandes mudanças começam com pequenos passos. Que tal começar agora?
Referências:
BRANDEN, Nathaniel. Auto-estima e os seus seis pilares. São Paulo: Saraiva. 3.ed. 1997. 398p.
SATIR, Virginia. Terapia do grupo familiar. Rio de Janeiro: F.Alves. 1993. 296p.
BRANDEN, Nathaniel. Auto-estima e os seus seis pilares. São Paulo: Saraiva. 3.ed. 1997. 398p.
SATIR, Virginia. Terapia do grupo familiar. Rio de Janeiro: F.Alves. 1993. 296p.
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