Hoje perdi o Max pela segunda vez. A primeira, foi quando precisei deixá-lo no sítio de amigos, em Porto Velho, RO, junto com o seu filhote, Thor. Naquele dia eu sabia que era o adeus...Hoje fiquei sabendo da sua morte, morte de tristeza. Durante quase seis anos ele não saiu do meu lado. Foi um amigo, fiel, leal. Quando estive doente, ao ponto de ficar oito meses de cama, ele ficou ao meu lado. Não comia e nem bebia...era para não precisar pedir para sair para as necessidades. Ficava deitado ao meu lado, me lambendo / beijando em vez de quando...Meu primeiro cachorro, meu grande companheiro.
Ao decidirmos voltar para São Paulo, é lógico que resolvemos levar o Max, o Thor e a Will (nossa gata siamesa, que ficou "hospedada" com os donos do pet shop). Para tal, precisavamos de uma casa, com quintal. Por isso, as crianças e o Luis foram na frente, para preparar tudo. Infelizmente foi difícil achar uma casa em São Paulo. Fiquei dois meses sozinha com os pets em Porto Velho, numa casa enorme. Só consegui "sobreviver" graças ao amor dos meus bichos. Em uma semana emagreci oito quilos. Devido a forte fobia social e depressão, não conseguia sair de casa, nem para atravessar a rua e comer no restaurante da frente, nem para visitar os conhecidos, nem ir ao mercado a um quarteirão...no entanto nunca faltou ração aos pets, eu podia não sair por mim, mas saía por eles. Durante dois meses aguentei a saudade da família, mas sabia que era a coisa certa, pois eles eram parte dessa família.
Com graves problemas de quiemadas na região norte e aumento da minha depressão, resolvi voltar e ajudar a achar a casa. Minha grande preocupação foi o Max, por isso decidi que ele não poderia ficar separado do seu filhote. Arranjar um lugar para os dois foi difícil, mas consegui que um casal de amigos os levassem ao seu sítio, com muito espaço. Esse casal tem outros cachorros, eles adoram animais e sempre trataram muito bem dos meus. Mas como explicar a um bicho que não era para sempre a separação? Que eu queria somente o melhor?
Vim embora, e resolvi vir para Ribeirão Preto, terra do meu pai e cidade que amo muito. As crianças vieram junto e consegui uma casa, para qual estaremos nós mudando na segunda feira (fiquei um tempo morando com minha mãe). O Luis continuará morando e trabalhando em São Paulo e virá todo final de semana...A nossa primeira preocupação, principalmente das crianças, era que a casa tivesse um bom quintal para os pets. Já imaginava o reencontro...e hoje, quando o Luis ligou para os amigos para tratar da vinda dos cachorros, recebeu a notícia da morte do Max. Morreu de tristeza, de solidão. Não quis saber mais do Thor e nem dos outros cachorros. Deixou de comer. Nós deixou...
Que saudade, que tristeza. Não sei se poderia ter feito mais, mas sei que fizemos tudo para garantir o bem estar deles. O que me deixa mais desolada é ter a consciência que nunca mais vou sentir a sua lambida, ver a sua cara de "pidão", conversar com ele, sentir o seu corpo junto ao meu, me "protegendo" dos meus medos e anseios...
Fique com Deus, Max. Que o Plano Espiritual esteja com vc, te protegendo...Amamos e amaremos você para todo o sempre, nosso querido Max!
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